Rumo ao Mundial (15)
ADRIEN SILVA
É de verde e branco que gostamos de o ver jogar. Mas queremos vê-lo também com a camisola das quinas. Para que possa revelar todo o seu talento igualmente ao serviço da selecção nacional.
Adrien Sébastian Perruchet Silva - nascido há 25 anos na cidade francesa de Angoulême - só explodiu verdadeiramente esta temporada, sob o comando de Leonardo Jardim. Em jogos como o Benfica-Sporting para a Taça de Portugal em que foi considerado o melhor em campo, por unanimidade, na imprensa desportiva.
Produto da notável escola de formação do nosso clube, as suas exibições atraem cada vez mais os olheiros europeus. Não admira: ele é o patrão indiscutível do processo atacante da equipa leonina, senhor absoluto do meio-campo ofensivo, o maior construtor de jogadas que põem as equipas adversárias em estado de alarme. De uma eficácia impressionante na recuperação de bolas e de uma precisão milimétrica a distribuí-las. Com uma energia aparentemente inesgotável.
É ainda mais que isso: marcador exímio de penáltis, frequente autor de assistências para golo, criador de linhas de passe quase impossíveis.
E - não esqueçamos - é o terceiro maior goleador da equipa que surpreendeu os Rui Santos e os Joaquins Ritas do comentário ludopédico. Só Montero e Slimani marcaram mais.
Conquistou já, por mérito próprio, direito ao passaporte para o Mundial do Brasil. Vontade não lhe falta. E a nós também não.
É impensável que Paulo Bento não aposte nele.