Rumo ao Mundial (1)
CRISTIANO RONALDO
Passarei a fazer aqui, a um ritmo que pretendo regular, a análise dos jogadores que a meu ver merecem comparecer no Mundial do Brasil em representação de Portugal. E não poderia começar por outro: Cristiano Ronaldo, eleito há poucos meses melhor jogador do mundo, é o mais indiscutível dos titulares da selecção portuguesa. Aos 29 anos, prepara-se para jogar o seu terceiro Campeonato do Mundo. E todos esperamos que seja ainda mais influente do que foi na sua estreia no patamar máximo do desporto-rei mundial, em 2006, quando marcou apenas dois golos (ambos de penálti, contra o Irão e a Inglaterra) num certame de boa memória para nós: ficámos em quarto lugar, o melhor de sempre após a nossa subida ao pódio no inesquecível Mundial de 1966.
Esta poderá ser a grande oportunidade da carreira do madeirense ao nível da selecção: com um currículo impressionante nas competições de clubes, Cristiano Ronaldo precisa ainda de confirmar (ainda mais) o seu talento ao serviço das cores nacionais na fase final de um Campeonato do Mundo. Ele que, não esqueçamos, foi um elemento fundamental na fase de qualificação. Marcando três dos quatro golos da nossa vitória frente à Irlanda do Norte, em Belfast, e ao repetir a dose no decisivo embate do tira-teimas na Suécia, num dos jogos mais extraordinários alguma vez realizados pela selecção portuguesa de futebol.
Contamos com ele. Queremos ver mais golos de Ronaldo. Queremos ver mais lances magistrais de Ronaldo. Queremos vê-lo prolongar no Brasil as excelentes prestações que continuam a fazer dele um ídolo indiscutível do Real Madrid. Queremos que apareça aos olhos do mundo inteiro melhor que nunca. Queremos que nos faça ter mais orgulho de Portugal.