Roma não pagou a traidores. Já nós...
Em 155 AC, quando os traidores de Viriato se refugiaram em Roma reclamando a recompensa prometida pela traição, as autoridades romanas ordenaram a sua execução em praça pública, onde os corpos ficaram expostos com a inscrição: "Roma não paga a traidores".
No Sporting, infelizmente, a traição foi recompensada e hoje quem traiu os dois presidentes que lhe deram a mão está no trono.
Varandas entra no clube por fruto da boa relação do seu irmão com a então direção leonina, comandada por Godinho Lopes. Em pouco tempo, o ex-médico dos juniores do Vitória de Setúbal atinge o topo da hierarquia do departamento clínico. Com a entrada de Bruno de Carvalho, Frederico Varandas continuou. Esta permanência, apesar da sua forte relação com a direção anterior, foi um reconhecimento e um voto de confiança da direção de BdC no trabalho do agora presidente do clube.
Durante os mandatos de Bruno de Carvalho, Frederico Varandas nunca se mostrou critico da política deste. Com BdC, foi principescamente pago, teve a oportunidade de estabelecer uma rede de contactos privilegiada e projetou-se mediaticamente. Os interesses de Varandas sobrepuseram-se sempre aos valores da retidão.
Varandas aceitou, com naturalidade, que quem lhe abriu as portas do clube fosse corrido e expulso de sócio. Nunca lhe ouvimos uma palavra na defesa do Eng. Godinho Lopes. Varandas aceitou, com naturalidade, todas as "loucuras" de Bruno de Carvalho sem nunca se opor, ficando sempre na sua zona de conforto, a servir-se do clube. Em ambos os casos, Varandas mostrou que de militar só tem a farda. Abandonou dois corpos feridos, deixando-os morrer. Frederico mostrou, nestes dois momentos, ser um homem rasteiro, sem valores e que o seu bem-estar se sobrepõem a tudo, inclusive ao Sporting.
A eleição de Frederico Varandas foi um prémio que Roma não aceitou pagar, já nós... enfim.