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És a nossa Fé!

Rescaldo do jogo de ontem

Gostei

 

De vencer o Casa Pia. Em jogo disputado no municipal de Rio Maior (e porque não no municipal de Leiria, que leva muito mais gente?), por escolha do chamado clube anfitrião, trouxemos de lá três pontos. Frente à mesma equipa que na época passada venceu o FC Porto e impôs um empate ao Braga na pedreira.

 

De Paulinho. Está em grande, o nosso ponta-de-lança, fazendo enfim jus à posição agora que tem Gyökeres como parceiro lá na frente. Figura do jogo, melhor em campo. Devemos-lhe estes três pontos: foi ele a bisar no 2-1 em Rio Maior. Remate de primeira, sem deixar a bola ir ao chão, metendo-a lá dentro logo ao terceiro minuto (assistência de Esgaio). Fixou o resultado com igual eficácia logo aos 61' (assistência de Nuno Santos). Cedeu lugar a Trincão, aos 87', sob merecida ovação. Já leva três golos marcados - marca só alcançada, no campeonato anterior, à 23.ª jornada.

 

De Gyökeres. Claro que é reforço, não restam dúvidas a ninguém. Incansável nos duelos, na procura de espaços, na abertura de linhas. Mandou a bola à barra (29'), fê-la rasar o poste (63'). Excelente trabalho na grande área (66'). Esteve quase a concluir com êxito um dos nossos melhores ataques rápidos (79'). Viu o árbitro anular-lhe muito mal, por falta inexistente, uma das suas acções no reduto dos "gansos". Combativo do princípio ao fim.

 

De Morita. Novamente um todo-o-terreno. Parece actuar no campo todo, dando luta sem fraquejar. Não apenas no meio-campo, onde foi o patrulheiro de serviço, mas em apoio à defesa sem descurar a ligação ao ataque. Todas as grandes equipas têm o seu "carregador de piano": o internacional nipónico cumpre essa missão neste Sporting 23/24.

 

Da estreia de Morten. O dinamarquês recém-chegado do Lecce (16.º classificado da Liga italiana na época anterior) apresentou-se pela primeira vez de verde e branco a partir dos 75', rendendo Edwards. Jogou 22 minutos, contando com o tempo extra. Exibiu segurança na posse de bola, abrindo linhas de passe. Vai ser-nos muito útil como médio defensivo titular preenchendo a vaga aberta desde a saída de Ugarte.

 

Do regresso de Nuno Santos. O ala esquerdo veio de lesão, não fez partida exuberante mas cumpriu no essencial ao assistir no segundo golo - replicando o que o ala direito, Esgaio, fizera no primeiro. Substituído aos 64' por Matheus Reis, saiu certamente com esta certeza: missão cumprida.

 

Do resultado ao intervalo. Vencíamos 1-0, com domínio total em campo. Uma bola à barra, uma grande oportunidade de Paulinho além do golo que marcou, boa adaptação da equipa ao novo sistema dos dois avançados que se vão revezando frente à baliza.

 

De Rúben Amorim. Tem melhorado a equipa, leu bem o jogo, acertou nas substituições. Mas merece este destaque pela sua honestidade intelectual ao reconhecer, logo nas entrevistas rápidas subsequentes ao apito final, que o Sporting foi indevidamente beneficiado pela validação do primeiro golo, em micro fora-de-jogo. O seu colega do Casa Pia, Filipe Martins, merece igualmente elogio ao não escudar-se nesse lance para justificar a derrota. Dois treinadores em bom nível. Evidenciando uma saudável forma de estar no futebol, em contraste absoluto com o técnico que ainda orienta o FC Porto.

 

De termos cumprido 16 jogos seguidos sem perder. Se somarmos o de ontem às 14 rondas finais da Liga 2022/2023 e à vitória na abertura do novo campeonato, é este o número de desafios que já levamos sem conhecer o mau sabor da derrota em jogos oficiais.

 

Da nossa supremacia total perante o Casa Pia. Vitórias leoninas nas últimas 17 partidas. É preciso recuar quase cem anos para registar um empate com esta equipa.

 

De olhar para a classificação e ver o Sporting em primeiro. Lideramos o campeonato no momento em que escrevo estas linhas. Dois jogos, seis pontos. No campeonato anterior, tínhamos apenas quatro à segunda jornada. 

 

 

Não gostei

 

Da vídeo-arbitragem. Má intervenção de Hugo Miguel, que quase em piloto automático validou o primeiro golo, em que parece ter havido microdeslocação de Paulinho (90 milímetros). Sempre defendi que estas microdeslocações não deviam ser assinaladas - já vimos um golo de Pedro Gonçalves, noutro campeonato, ser anulado por supostos 20 milímetros, algo que não é possível acontecer, por exemplo, na Premier League. Erro, no entanto, há que reconhecer - prejudicando também a actuação do árbitro Nuno Almeida. Tal como foi erro não ter sido assinalado um penálti cometido sobre Edwards, igualmente por responsabilidade suprema do vídeo-árbitro.

 

De sofrermos três golos em dois jogos. Dois contra o Vizela, um agora. Razão evidente, que os números confirmam, para termos ido buscar um médio defensivo rotinado na posição. Quando fomos campeões, em 2020/2021, exibimos na sólida organização defensiva o nosso principal trunfo. Temos de recuperá-lo com urgência.

 

De Coates. Responsabilidade no golo sofrido, com falha de marcação: deixou o avançado do Casa Pia progredir como quis no corredor central. Ficou tremido na fotografia, intranquilizando o próprio Adán, que saiu mal da baliza neste lance, aos 58'. O internacional uruguaio esteve também muito desastrado nos passes longos, sempre para fora do alcance dos colegas: aconteceu aos 34', 45'+2, 45'+7, 45'+11 e 73'. 

 

De Pedro Gonçalves. Pela segunda jornada consecutiva, passou ao lado da partida. Desligado dos companheiros, volta a falhar a parceria com Morita, deixando quase todo o desgaste nas pernas do japonês. Em largos momentos nem parecia estar em campo.

 

Da ausência de Daniel Bragança. O nosso médio criativo anda em maré de azar: após ter falhado toda a temporada 2022/2023 por grave lesão, desta vez nem foi convocado por se ressentir ainda do choque com Nuno Moreira na jornada inaugural. Só podemos desejar-lhe rápida recuperação: faz falta à equipa.

 

Da longa interrupção do jogo na primeira parte. Por grave indisposição do mais conhecido adepto sportinguista de Rio Maior: o antigo presidente da Câmara Municipal Silvino Sequeira, que assistia à partida mesmo atrás do banco leonino. Acometido de grave indisposição, que o deixou inconsciente, foi prontamente assistido por responsáveis clínicos das duas equipas, o que lhe terá salvo a vida. Conduzido de ambulância ao hospital, forçou a interrupção do jogo durante 11 minutos. Oxalá melhore e recupere, tão cedo quanto possível. Merece as nossas saudações leoninas.

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