Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]

És a nossa Fé!

Rescaldo do jogo de ontem

 

Não gostei

 

Do empate. Tivemos o pássaro na mão e deixámos fugir a vitória. Contra o Benfica, em Alvalade, repetindo o resultado da primeira volta (2-2). Com a diferença, desta vez, de termos sido totalmente dominantes na primeira parte, com reflexos no marcador: ao intervalo estava 2-0. Fez mal aos jogadores a prelecção do treinador no balneário. A nossa equipa entrou irreconhecível no segundo tempo, concedendo todo o domínio de jogo ao adversário. 

 

Das substituições. Em equipa que ganha não se mexe, diz o adágio futebolístico. Rúben Amorim não o seguiu: fez várias trocas, quando vencíamos por duas bolas de avanço, e a equipa foi piorando com todas elas. Recuando sempre, deixando de causar perigo, perdendo ligação entre os sectores, defendendo aflitivamente a vantagem - que começou por ser confortável, tornou-se tangencial e deixou de ser vantagem ao sofrermos o segundo golo, já no tempo extra.

 

Da entrega do meio-campo ao Benfica. Ao desfazer o duo Ugarte-Morita, que brilhara no primeiro tempo, Amorim abdicou do domínio dessa decisiva faixa de terreno, confiando-a à equipa visitante. Algo inexplicável, tal como ordenar a saída de Nuno Santos (79'), o nosso jogador que melhor cruza, quando tinha optado pouco antes por plantar um avançado de referência na área (Paulinho). O homólogo alemão, treinador dos encarnados, deve ter agradecido.

 

De dois golos desperdiçados à queima-roupa. Aos 21', Pedro Gonçalves imitou Bryan Ruiz, falhando a dois metros da baliza escancarada após centro perfeito de Esgaio. Aos 86', Paulinho limitou-se a ser Paulinho: mais um falhanço na sua longa lista, quando tinha tudo para a meter lá dentro, só com Vlachodimos de permeio. 

 

Da segunda parte de Diomande. Amorim apostou nele como titular, mas o jovem marfinense - um dos heróis da primeira parte - enterrou a equipa nos dois golos encarnados. No primeiro, aos 71', atirou-se para o chão e lá ficou, imóvel, aguardando a marcação de uma falta que não aconteceu e deixando a equipa em inferioridade numérica. No segundo, aos 90'+4, foi incapaz de aliviar a bola após sucessivos remates encarnados. Está ligado ao melhor e ao pior desta partida.

 

De termos dito adeus à Liga dos Campeões. O Braga empatou no Bessa, poderíamos ter reduzido distância, ainda com possibilidade aritmética de atingir a liga milionária. Mas voltámos a ser incapazes de aproveitar um tropeção da turma minhota. Permanecemos isolados no quarto lugar: resta-nos a Liga Europa.

 

De termos sido incapazes de vencer novamente o SLB em casa. Nas últimas doze épocas, já contando com estas, só triunfámos duas vezes como anfitriões neste dérbi lisboeta: em 2011/2012 (1-0, golo de Wolfswinkel, com Ricardo Sá Pinto) e em 2020/2021 (1-0, golo de Matheus Nunes, com Rúben Amorim).

 

De termos sido incapazes de vencer um só jogo contra os nossos maiores rivais. Dois empates com o Benfica, duas derrotas contra o FC Porto. Estes pormenores contam - e de que maneira - numa prova de continuidade como é o campeonato nacional de futebol. Dez pontos perdidos.

 

 

Gostei

 

Do nosso primeiro tempo. Marcámos dois (Trincão, 39', e Diomande, 44'), não sofremos nenhum. Demos espectáculo em Alvalade, perante 39 mil espectadores. Pressionámos o Benfica, impedimos a saída de bola adversária, neutralizámos jogadores como João Mário, Rafa e Gonçalo Ramos. Com fio de jogo, olhos na baliza, impecável organização colectiva. Remetendo o rival ao seu reduto defensivo. Uma das melhores primeiras parte do Sporting nesta temporada. Os números ajudam a compreender esta diferença: nove remates nossos, apenas dois do SLB. Há 22 anos que não chegávamos ao intervalo a vencer 2-0 num confronto com o Benfica para o campeonato.

 

De Ugarte. O melhor em campo. Impecável nas recuperações, funcionou como pêndulo da equipa não apenas na organização defensiva mas também na ligação com o sector ofensivo. Exímio no passe e nos confrontos individuais. Ninguém como ele merecia tanto a vitória que nos fugiu mesmo ao cair do pano.

 

Da primeira parte de Diomande. O jovem marfinense, que pegou de estaca como titular do trio de centrais, estreou-se como artilheiro de verde e branco. Num cabeceamento perfeito na sequência de um canto. Fez levantar os adeptos no estádio em celebração festiva, confirmando o domínio leonino na primeira parte. Pena tudo ter-se desmoronado no recomeço da partida. Aquele intervalo fez mal aos nossos jogadores. Diomande foi um dos mais afectados, como se viu.

 

De Nuno Santos. Exibição brilhante durante todo o primeiro tempo, vencendo todos os duelos com João Mário no nosso corredor esquerdo. Centrou várias vezes com qualidade. Fez duas assistências: é dele que sai a bola para o golo de Trincão, que supera António Silva e à segunda tentativa a mete lá dentro; foi também ele a marcar o canto de que resultou o golo de Diomande. Termina a época em excelente forma. Se sair, a equipa vai ressentir-se. Matheus Reis não tem a mesma energia, a mesma garra, a mesma entrega ao jogo.

 

De termos cumprido o 13.º jogo seguido sem perder. Se todo o nosso campeonato tivesse sido como está a ser esta segunda volta, agora quase no fim, teríamos garantido pelo menos o acesso à pré-eliminatória da Liga dos Campeões. Vencemos Chaves, Estoril, Portimonense, Boavista, Santa Clara, Casa Pia, V. Guimarães, Famalicão, Paços de Ferreira e Marítimo, empatámos com Gil Vicente, Arouca e ontem com o Benfica. 

 

Da homenagem inicial a Manuel Fernandes. Foi excelente vermos no relvado, além dele, vários outros nossos antigos capitães, desde Hilário a Nani. Passando por Carlos Xavier, Iordanov, Oceano, Pedro Barbosa e Daniel Carriço. E outros craques que jogaram com o "Manel" na década de 80: Litos, Nogueira, Barão e António Oliveira.

 

De ver Matheus Nunes e Pedro Porro na tribuna. É sempre bom recebermos as visitas de ex-campeões nossos. Estes saíram há pouco tempo e já temos saudades deles.

92 comentários

Comentar post

{ Blogue fundado em 2012. }

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Pesquisar

 

Arquivo

  1. 2024
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2023
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2022
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2021
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2020
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2019
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2018
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2017
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2016
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2015
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2014
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2013
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D
  157. 2012
  158. J
  159. F
  160. M
  161. A
  162. M
  163. J
  164. J
  165. A
  166. S
  167. O
  168. N
  169. D