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És a nossa Fé!

Rescaldo do jogo de ontem

Gostei

 

Do regresso às vitórias. Estava a ficar difícil: apenas um triunfo nos cinco desafios anteriores. Quebrámos o enguiço, mas só na segunda parte do jogo de ontem contra o Arouca, perante 25 mil espectadores que assistiram ao vivo em Alvalade, e após o treinador ter feito algo muito raro: mudar três futebolistas ao intervalo. Mudanças que dinamizaram o onze leonino, projectando-o para a frente, depois de 45 minutos oferecidos à equipa adversária.

 

De Slimani. Como sempre acontece no Sporting, onde nunca falta quem se apresse a contestar qualquer acto de gestão desportiva, seja qual for, multiplicaram-se as críticas ao regresso do argelino. Nem vale a pena perder tempo a observar como essas críticas eram injustas. Basta anotar isto: o craque volta a marcar neste seu segundo jogo como titular. E agora bisou, algo que não lhe acontecia com a camisola verde e branca desde 30 de Abril de 2016. Recém-chegado à Liga 2021/2022, com cerca de 250 minutos em campo, já leva três golos marcados. Ontem batalhou do princípio ao fim, revelando excelente condição física. E fez jus aos seus dotes como ponta-de-lança, metendo-a lá dentro aos 46' e aos 52' - com ele, até parece fácil. Desfez o nulo inicial e valeu-nos três pontos: temos agora 61. O melhor em campo.

 

De Porro. Com ele, tudo melhora. Amorim manteve-no no banco durante toda a primeira parte, talvez para o poupar com vista ao embate em Manchester na quarta-feira para a Liga dos Campeões. Mas como persistia o empate inicial, deu-lhe ordem para entrar logo após o intervalo. Uma decisão muito acertada. Logo no primeiro minuto do segundo tempo, o internacional espanhol justificou a entrada em cena na impecável marcação de um canto que funcionou como assistência para a cabeça de Slimani. Sempre batalhador, nunca dá um lance por perdido. Com louvável intensidade competitiva. 

 

Da estreia de Dário como titular. Ainda júnior, foi o mais jovem de sempre a  começar no onze inicial leonino - com apenas 16 anos, 11 meses e 17 dias. Boas movimentações em campo, na recuperação e na pressão da saída de bola do Arouca. Recebeu um amarelo injusto aos 26' por um desarme limpo: o cartão acabou por condicioná-lo na manobra como médio defensivo. Fez bem o treinador em retirá-lo ao intervalo, mas o miúdo justificou os aplausos recebidos.

 

De Ugarte. O jovem internacional uruguaio fez todo o segundo tempo, no lugar de Dário, e justificou a chamada. Merece nota alta pela intensidade e pela qualidade técnica das suas intervenções, tanto a cortar linhas de passe como a sair com bola. Vai evoluindo de jogo para jogo, assumindo-se como o sucessor natural de João Palhinha.

 

De Adán. Quando é preciso, está lá. Por vezes com intervenções que valem pontos. Aconteceu ontem aos 37', com uma espectacular defesa em voo evitando que a bola violasse as nossas redes em lance de bola parada. Se entrasse, o Arouca passaria a vencer 0-1 e tudo se tornaria mais complicado para nós. Graças em grande parte ao guardião espanhol, reforçamos o nosso estatuto de equipa menos batida: apenas 16 sofridos em 25 desafios na Liga. Somos o emblema do campeonato que há mais tempo não sofre golos em casa.

 

De Neto. Entrou aos 63', quando Gonçalo Inácio começava a revelar desgaste muscular, e cumpriu bem a missão, confirmando que não se deixa afectar por ser suplente dum jogador bastante mais jovem. Grandes acções defensivas aos 90'+3 e aos 90'+4, protagonizando cortes arriscados mas limpos. E até ousou ir lá à frente, conduzindo a bola. Um exemplo para muitos.

 

De Rúben Amorim. A efeméride terá passado despercebida, até porque ontem também se disputaram eleições para a presidência do Sporting, mas neste sábado cumpriram-se dois anos da chegada do actual treinador a Alvalade. Dois anos de conquistas, de reencontro com os adeptos, de valorização global do plantel, de profunda modificação dos processos de jogo, de recuperação do Sporting como candidato ao triunfo em todas as competições nacionais, de contínua valorização do nosso emblema junto dos mais jovens. Amorim esteve muito bem na leitura deste Sporting-Arouca ao trocar Esgaio, Dário e Vinagre por Porro, Ugarte e Paulinho, dando acutilância e dimensão ofensiva ao colectivo leonino.

 

Da segunda parte. Foi a antítese da primeira. Marcámos dois e ficaram pelo menos mais dois por marcar. Matheus Nunes (aos 72') e Slimani (75') andaram lá perto.

 

Do estádio. Cadeiras todas verdes, pondo-se fim àquela inenarrável "paleta" taveiresca, e relvado em óptimas condições. Dois motivos para elogiar.

 

 

Não gostei

 

Da primeira parte. Após dez minutos iniciais prometedores, voltámos ao ritmo lento, arrastado, pastoso e previsível que havia caracterizado várias fases das anteriores partidas. Deixando até que o Arouca começasse a tomar a iniciativa do jogo. Isto porque as alas não funcionavam, os passes erravam a pontaria e a bola circulava com dificuldade de pé para pé. O melhor, neste período, foi mais um espectacular golo de Sarabia, servido por Matheus Nunes, logo aos 9'. Infelizmente, seria anulado após intervenção do vídeo-árbitro, por suposto adiantamento de 10 centímetros. Esta regra tem de ser revista com urgência: deslocações milimétricas, amputando a dimensão atacante do futebol, ferem a verdade desportiva. Até porque ninguém pode jurar, em momento algum, que naquele micro-segundo de captação de uma imagem fixa exista realmente uma situação de fora-de-jogo.

 

De Vinagre. Quatro meses depois, Amorim voltou a apostar nele como titular. E, uma vez mais, esta aposta foi condenada ao fracasso. Adensa-se o mistério: por que motivo terá o técnico insistido nesta aquisição, já em vias de se tornar definitiva? O jogador emprestado pelo Wolverhampton foi anulado por Tiago Esgaio, seu opositor no corredor esquerdo, e mostrou-se incapaz de municiar o ataque e até de fazer um cruzamento digno de registo nos 45 minutos em que esteve em campo. Bem substituído ao intervalo: foi outra oportunidade falhada.

 

De Esgaio. Cometeu lapsos simétricos aos de Vinagre no flanco oposto. Errando passes, falhando centros, incapaz de actuar com a dinâmica exigida numa equipa que é campeã em título. Na segunda parte Porro mostrou-lhe por que motivo é o titular da posição como lateral direito. 

 

De ver o Sporting entrar sem cinco titulares. Pedro Gonçalves e Palhinha por lesões, Feddal, Porro e Paulinho por opção inicial. Também Daniel Bragança está lesionado. São consequências, em parte, dos numerosos jogos já disputados nesta temporada. 

 

De novo remate de Paulinho aos ferros. Parece sina: a pontaria do ex-atacante do Braga é tanta que continua a levar a bola a embater nos postes ou na barra. Desta vez aconteceu aos 50', disparando contra a trave. Isolado aos 61', decidiu mal. E, aos 90'+5, atirou muito por cima. Mas teve intervenção decisiva no nosso segundo golo ao colocar bem a bola nos pés de Nuno Santos, que viria a assistir para Slimani.

 

Do regresso de Alan Ruiz. Entrou aos 75', curiosamente menos pesado do que quando o conhecemos nas duas épocas em que prestou serviço no Sporting, entre 2016 e 2018, com um registo de sete golos em 34 jogos. Mas agora actua de amarelo, pelo Arouca. Deu mais nas vistas aos 83', quando recebeu um vermelho directo por carga sobre Porro - bem revertido para amarelo após intervenção do VAR.

 

Dos assobios no fim da primeira parte. Não foram muitos, mas deu para escutá-los enquanto os jogadores recolhiam ao balneário. Insisto: os espectadores que agem deste modo só demonstram a sua imensa estupidez.

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