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És a nossa Fé!

Rescaldo do jogo de ontem

Não gostei

 

Desta estreia em 2022 no nosso estádio com uma derrota. Saímos vencidos (1-2) frente ao Braga após uma segunda parte calamitosa e um tempo extra (quase 10') em que andámos de mal a pior. Perante a mais fraca equipa braguista dos últimos anos, classificada antes deste jogo 15 pontos abaixo da nossa, com o treinador Carlos Carvalhal ausente por castigo e desfalcada de vários jogadores (David Carmo, Paulo Oliveira, Iuri Medeiros). Fomos derrotados em campo e levámos um banho táctico, sobretudo após o intervalo, em que o onze leonino surgiu irreconhecível: desligado, desconcentrado e displicente.

 

De mais dois golos consentidos. Onde foi parar a muralha defensiva leonina, ainda há pouco tão elogiada pela sua segurança e consistência? Sete golos sofridos nos últimos quatro desafios do campeonato (dois contra o Portimonenses, três contra o Santa Clara, agora outros dois). Mais do que nas 15 partidas anteriores.

 

De Coates. Segundo jogo consecutivo com o nosso capitão em má forma. Na ronda anterior, perante o Vizela, viu-se forçado a fazer uma falta desnecessária logo aos 3' que lhe valeu o amarelo. Agora ia enterrando a equipa com uma entrega de bola em zona proibida aos 47' que só não deu golo por falha clamorosa do Braga. Nos 20 minutos finais, já em desespero, o treinador mandou-o avançar como ponta-de-lança improvisado, mas desta vez o pronto-socorro estacionou na berma: a eficácia não estava lá. Tapado com cartões, falha a próxima partida do campeonato.

 

De Gonçalo Inácio. A pior partida de Leão ao peito: exibição calamitosa do central que actua há demasiado tempo de pés trocados. Começou mal, oferecendo a bola ao adversário aos 3' e aos 9'. Errou passes, foi incapaz de construir com qualidade. Insistiu nos disparates aos 77' e aos 87', dando brindes ao Braga. Anda a precisar de uma pausa urgente no banco leonino. Mas onde está o suplente se ele próprio já funciona como uma adaptação?

 

Do golo aos 52'. De grande penalidade, muito duvidosa, assinalada pelo VAR João Pinheiro por alegado toque de Matheus Reis no pé de apoio de Galeno e após consulta às imagens pelo árbitro Hugo Miguel. O mesmo que aos 24' tinha "visto" uma alegada deslocação de Pedro Gonçalves no lance do legalíssimo golo leonino, felizmente revertida por intervenção do vídeo-árbitro. O penálti, justo ou injusto, foi convertido repondo o empate para o Braga. Depois tivemos mais de 40 minutos para virar o resultado, mas não fomos competentes para atingir tal fim. E ainda sofremos o segundo, aos 90'+7, marcado por Gorby, um miúdo em estreia absoluta pelos minhotos.

 

De Paulinho. Outro jogo sem marcar: já nem é notícia. Quando precisávamos dele dentro da área, para a meter lá dentro, andava colado à linha, na zona do meio-campo, como se fosse um ala, transmitindo a ideia de algum desnorte posicional. Aos 13', Palhinha ofereceu-lhe o golo: com um remate inútil, ele foi incapaz de fugir à marcação. Matheus Reis ofereceu-lhe outro, aos 60': o melhor que fez foi cabecear para que a bola rasasse o poste. No minuto seguinte Pedro Gonçalves serviu-o de bandeja com um cruzamento a partir da direita: ele ficou em posição de estátua, imóvel, permitindo que o defesa anulasse o lance. Aos 90'+7, novamente com a baliza à sua mercê, atirou para o lado. Volta a ser um avançado sem golo quando o primeiro que tem obrigação de marcar é ele.

 

Das substituições. Enquanto o treinador-adjunto do Braga, seguindo as  instruções do ausente Carvalhal, melhorava a equipa a cada troca de jogadores, no Sporting ia sucedendo ao contrário. Amorim não esgotou as substituições: deixou Daniel Bragança no banco mantendo um esgotado Matheus Nunes em campo, mandou sair Sarabia, trocando-o por Jovane, que não tocava na bola desde meados de Novembro. Tabata substituiu Feddal actuando como lateral com todo o corredor esquerdo a seu cargo mas minutos depois passou a ser ala-direito. Matheus Reis deslocou-se de lateral para central. Coates avançou para ponta-de-lança (estando Tiago Tomás no banco) e Ugarte, que rendeu Palhinha, passou a funcionar como central. Um caos em termos de organização que só conseguiu partir ainda mais o nosso jogo. Terminámos a partida com uma inútil linha avançada composta por cinco elementos, um meio-campo quase inexistente e... a sofrer o segundo golo. 

 

Do fim do toque de Midas. A "estrelinha" migrou para parte incerta: acabou-se a invencibilidade de Rúben Amorim nas partidas disputadas em casa. Foi bom enquanto durou: quase dois anos. Trinta e cinco jogos sem perder.

 

De vermos o título ainda mais longe. Já não dependíamos só de nós antes do apito inicial deste Sporting-Braga. Após esta segunda derrota em três desafios seguidos do campeonato, preparamo-nos para ver o FC Porto ainda mais longe: seis pontos de distância, se os portistas hoje ultrapassarem o Famalicão em casa. Teremos de vencer no Dragão, mas nem isso basta: há que aguardar por um tropeção dos azuis-e-brancos, que estão em muito melhor forma do que na época passada. E temos agora o fraco Benfica apenas a três pontos. 

 

Das ausências de Porro e Nuno Santos. O primeiro por lesão que tem vindo a prolongar-se, o segundo por castigo. Não há jogadores insubstituíveis, mas o Sporting tem melhor dinâmica colectiva com estes dois futebolistas em campo, dominando cada qual as suas alas, à direita e à esquerda. 

 

 

Gostei

 

Do resultado ao intervalo (1-0). Era até lisonjeiro para o Braga. Matheus Nunes comandou o meio-campo, transportando a bola com qualidade e assinando um passe magistral para o regresso de Pedro Gonçalves aos golos em Alvalade - não marcava desde a recepção ao Borussia Dortmund, em Novembro. Este golo relativamente madrugador, aos 24', abria boas perspectivas para um triunfo confortável. Que acabou por não acontecer.

 

De Pedro Gonçalves. Segundo jogo consecutivo a marcar, procurando compensar as insuficiências do nosso avançado-centro. Impecável gesto técnico na recepção da bola e um espectacular túnel ao guarda-redes Matheus, metendo-a lá dentro. Foi sempre o mais inconformado do onze leonino, mantendo acesa a chama até ao fim. Grandes cruzamentos aos 61' e 73'. Aos 90'+2, fez pontaria à baliza mas permitiu a defesa do guardião braguista. Dos nossos, foi o melhor. 

 

Da primeira parte de Matheus Nunes. Arrancou calorosos aplausos dos 26 mil adeptos que enfrentaram o frio no estádio com a sua dinâmica neste regresso ao onze titular. Queimando linhas, saindo com qualidade, desequilibrando, assistindo para o golo. Anulado na segunda parte: o Braga, com Al Musrati mandatado para esse efeito, cortou-lhe espaço. E o cansaço começou a pesar-lhe nas pernas, roubando-lhe discernimento.

 

De ver o Sporting marcar há 32 jornadas seguidas. Desta vez, infelizmente, serviu-nos de pouco. Ou nada.

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