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És a nossa Fé!

Rescaldo do jogo de ontem

Gostei

 

Dos três pontos arrancados em Faro. Contra a briosa equipa do Farense, nossa filial n.º 2, alcançámos uma vitória difícil mas mais que merecida. Num estádio onde o Benfica tropeçou, empatando a zero, e o FC Porto foi incapaz de fazer melhor que nós, vencendo também por 0-1

 

De Adán. Um dos dois melhores jogadores em campo (o outro foi Beto, guarda-redes do Farense). Magistral a defender a nossa baliza com duas intervenções dignas do saudoso Vítor Damas, aos 53' e aos 84' - além de outras duas, aos 29' e aos 79', em lances que acabariam por ser anulados por terem decorrido em fora-de-jogo. Ao ver a exibição do magnífico espanhol lembrei-me de Schmeichel, que foi baluarte do nosso título do ano 2000.

 

De Pedro Gonçalves. Temi o pior, na jornada anterior, ao vê-lo surgir em campo de cabelo oxigenado: em regra, é mau sinal quando os jogadores andam a exibir penteados ridículos e tatuagens fajutas. Receios infundados: segunda jornada consecutiva com o nosso n.º 28 a dar nas vistas não apenas pelo amarelo do cabelo mas também pelos golos que vai marcando. Ontem, mais um, aos 35': valeu-nos três pontos. E recupera a liderança da lista dos goleadores da Liga 2020/2021. Já soma 17 na sua conta.

 

De João Mário. Alguns adeptos do Sporting embirram com ele, alegando que "não corre". Já diziam isso de Pedro Barbosa, Nani e William Carvalho, entre tantos outros. Mas o campeão europeu - único que resta nas fileiras leoninas - é o que melhor temporiza, transporta e segura a bola neste onze titular. Foi o primeiro a ameaçar as redes adversárias, aos 9': só Beto o impediu de inaugurar o marcador. Aos 31', excelente condução de lance ofensivo que merecia melhor desfecho. Aos 57', ofereceu um golo a Paulinho que Beto evitou com defesa monstruosa. Quando saiu, aos 71', a equipa perdeu discernimento e lucidez.

 

De Matheus Reis. Alinhou pela primeira vez de início, como central mais encostado à esquerda. Preenchendo a vaga de Feddal, ausente por lesão. Cumpriu a missão, no essencial, apesar de estar rotinado como lateral esquerdo. E não descurou a construção ofensiva.

 

De Beto e Ryan Gauld. Dois jogadores que já passaram pelo Sporting: por motivos diferentes, não houve lugar para eles. Destacaram-se, por mérito próprio, neste confronto algarvio. Vestidos de branco. Mas eu preferia vê-los de verde e branco.

 

Do árbitro Hugo Miguel. Deixou jogar, com critério largo, sem incentivar a ronha dos jogadores que adoram deixar-se cair simulando faltas. Precisamente o desempenho que tanto elogiamos em árbitros estrangeiros, designadamente em Inglaterra. O futebol português precisava de outros como ele.

 

De ver o Sporting com novo recorde batido. Superámos a marca estabelecida em 2002, quando fomos pela última vez campeões, sob o comando de Laszlo Bölöni: vamos agora em 27 jogos seguidos sem perder. Registo nunca antes alcançado, numa mesma prova desportiva, em 87 anos de participações da nossa equipa em campeonatos nacionais de futebol. 

 

Dos 69 pontos já somados. Para já, fica matematicamente garantido o quinto lugar da Liga 2020/2021. A sete jornadas do fim da prova. Ainda podemos totalizar 90 pontos, se vencermos todos os jogos até ao fim. À condição, levamos agora nove de avanço sobre o FC Porto, 12 sobre o Benfica e 15 sobre o Braga.

 

 

Não gostei

 

 

Dos golos desperdiçados. Beto fez pelo menos três enormes defesas, evitando que o Sporting marcasse: aos 9', negando o golo a João Mário num remate cruzado; aos 35', parando in extremis um cabeceamento letal de Coates na sequência de um canto; e aos 57', anulando um disparo de Paulinho. Três ocasiões perdidas para ampliarmos a vantagem. Outra aconteceu aos 50', quando Paulinho, em posição frontal, decidiu da pior maneira: lateralizou para o segundo poste, onde João Mário não poderia chegar. O ex-artilheiro do Braga tarda a impor-se como rematador no Sporting.

 

Do nervosismo de vários jogadores. Quase todos, valha a verdade - até alguns dos habituais melhores, como Coates e Palhinha. Perante o penúltimo classificado do campeonato. Passes falhados, perdas comprometedoras, remates disparatados a meia distância. Não havia necessidade. 

 

Do sistema táctico. Amorim voltou a prescindir do seu tradicional 3-4-3 para impor um 3-5-2 que a defender se transformava em 5-3-2. Os jogadores, menos rotinados neste sistema, acumulavam-se em zonas do terreno enquanto desguarneciam outras. As alas voltaram a não funcionar, sobretudo a direita, com um Porro irreconhecível. E abdicámos de extremos, agora que temos um ponta-de-lança, algo ainda mais difícil de entender.

 

Das substituições. Desta vez não resultaram: a equipa passou a jogar pior cada vez que o técnico fazia alterações. Tanto na troca de João Mário por Matheus Nunes, aos 71', como nas entradas de Nuno Santos para render Daniel Bragança e de Tiago Tomás para o lugar de Paulinho, ambas aos 83'. Matheus e Nuno não chegaram verdadeiramente a entrar no jogo. E perdemos os dois jogadores que melhor sabem segurar a bola na fase da partida em que mais precisávamos de estar com ela.

 

Da fraca produtividade lá na frente. Só cinco golos marcados nos últimos cinco jogos. Desta vez bastou para conseguir os três pontos. Mas há que melhorar a média ofensiva: não basta um remate enquadrado a cada quarto de hora.

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