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És a nossa Fé!

Rescaldo do jogo de ontem

Não gostei

 

 

Do empate em casa contra o Famalicão. Segundo consecutivo, o que já não acontecia desde Janeiro: acabamos por perder quatro pontos nestas duas jornadas. Ontem o resultado (1-1) foi construído muito antes do intervalo, com um golo de Pedro Gonçalves aos 25' seguido de um lapso defensivo da nossa equipa que se deixou empatar dois minutos depois. No primeiro lance ofensivo da turma minhota, que só voltaria a rematar uma outra vez até ao fim da partida.

 

Da atitude dos nossos jogadores. Entre o golo marcado e os vinte minutos finais, em que acentuaram enfim a pressão sobre a baliza adversária, voltaram a abusar da "posse de bola" inconsequente, feita de saída a passo, sucessivas trocas entre os centrais, passes curtos no miolo do terreno, lateralizados e à retaguarda, sem variações de flanco, sem explorar as alas, sem arriscar no remate de meia-distância. Dando quase a sensação de que o empate já servia.

 

De Feddal. Talvez por falta de condição física, esteve irreconhecível. Logo aos 2', fez um atraso de bola inconcebível, gerando situação de perigo. Falha a cobertura no lance do golo do Famalicão. Foi substituído ao intervalo, dando lugar a Matheus Reis, que esteve num plano superior.

 

Da nossa ala esquerda. Toda confiada a Nuno Mendes, que vinha de lesão e foi incapaz de assegurar em simultâneo o vaivém que aquele dispositivo táctico lhe impunha. Com prejuízo evidente para as acções ofensivas. A prestação da equipa neste sector melhorou claramente com a entrada - demasiado tardia - de Nuno Santos, que aos 76' rendeu Tiago Tomás e se fixou como extremo no flanco esquerdo.

 

Da ausência de Gonçalo Inácio. Sofreu uma entorse num treino e ficou fora da convocatória. Fez falta. Neto, que jogou na sua posição, é incapaz de assegurar a saída com passe longo e preciso, como o jovem esquerdino faz. A equipa ressentiu-se desta ausência.

 

Dos golos desperdiçados. Só podemos queixar-nos de nós próprios: perdas escandalosas à boca da baliza, quase sempre por lapsos de ordem técnica que nem nos juvenis são toleráveis. Aos 56', Tiago Tomás falha a 10 metros da baliza, disparando para as nuvens. Aos 80', Porro prefere rematar de ângulo difícil, também a uns 10 metros da linha de meta, quando tinha um colega isolado em posição frontal, acabando por atirá-la para a bancada. Aos 90'+1, a perda mais escandalosa: Jovane, sem marcação a 5 metros da linha de golo, põe o pé de forma deficiente, conseguindo o mais difícil - atirar torto, muito ao lado. Assim, sem golos, não há vitórias. E sem vitórias a nossa distância torna-se menos dilatada. Já estivemos a dez pontos do segundo, agora vamos com mais seis.

 

Dos dois golos sofridos nestas duas jornadas. Mesmo assim continuamos, de longe, a ser a equipa menos batida do campeonato. Só vimos as nossas redes violadas 13 vezes em 26 jornadas.

 

De continuarmos sem derrotar o Famalicão. Desde que os minhotos regressaram à Liga 1, após longa ausência, fomos incapazes de os vencer.

 

 

Gostei

 

De Pedro Gonçalves. Surgiu com novo visual, que o torna inconfundível em campo, e talvez isso tenha contribuído para o devolver às boas exibições. Pareceu ocupar o campo todo, influente não só nas manobras ofensivas mas também no processo defensivo, fazendo jus ao facto de ser o nosso jogador menos posicional em campo. Voltou aos golos, marcando o seu 16.º neste campeonato, desta vez com assistência de Paulinho - o que o mantém na corrida pelo título de artilheiro da Liga 2020/2021. Um golo que começou a ser construído por ele, com uma excelente recuperação de bola.

 

De Coates. Nem sempre o passe longo lhe saiu com precisão, e não está isento de culpa no golo do Famalicão, à semelhança dos seus parceiros no eixo da defesa. Mas fez duas quase-assistências, servindo de forma exemplar Tiago Tomás aos 56' e Jovane aos 90'+1 em lances que os colegas desperdiçaram. E aos 88' protagonizou a habitual incursão pelo meio-campo ofensivo em forma de slalom, tirando vários adversários do caminho e mostrando aos companheiros qual é a atitude correcta a ter em campo.

 

De Daniel Bragança. Ajudou a dar equilíbrio e acutilância ao meio-campo leonino na segunda parte, quando o treinador o mandou render Palhinha, já amarelado. É um dos nossos jogadores tecnicamente mais evoluídos. E podia mesmo ter marcado, aos 90'+1. Mas o problema principal do Sporting não estava no corredor central, onde ele actua: estava nas alas.

 

Do regresso de Eduardo Quaresma. Voltou após longa ausência, entrando aos 76' para render Neto, que saiu com queixas físicas. Não tremeu nem comprometeu. 

 

De termos feito melhor do que na época passada. No campeonato 2019/2020 fomos derrotados em casa pelo Famalicão, num jogo que acabou 1-2. Já é um progresso.

 

De ver o Sporting ainda imbatível. Igualamos a nossa melhor série sem derrotas alguma vez alcançada num campeonato. O melhor registo, nunca repetido até agora, foi alcançado pelo Sporting campeão em 2001/2002, sob o comando de Laszlo Bölöni. É o que voltarmos a ter agora: 26 jogos consecutivos sem perder.

 

Dos 66 pontos já somados. Levamos seis de avanço face ao FC Porto de Sérgio Conceição, nove ao Benfica de Jorge Jesus e 12 ao Braga de Carlos Carvalhal. 

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