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És a nossa Fé!

Rescaldo do jogo de ontem

Gostei

 

Dos três pontos conquistados em Alvalade. Desta vez o triunfo ocorreu contra o Santa Clara. Começado a construir aos 22' e consumado já no tempo extra - uma vez mais - quando estava decorrido o penúltimo dos quatro minutos de compensação concedidos pelo árbitro. Desatando assim o empate que a equipa açoriana ameaçara impor aos 84'. Este Sporting soma e segue. Com estrelinha, sim. Mas não há campeões sem sorte, nunca houve. 

 

De Coates. Foi ele quem nos valeu esta vitória. Actuando novamente como se fosse ponta-de-lança - posição que continua por preencher neste Sporting 2020/2021. Num cabeceamento letal, correspondendo da melhor maneira a um cruzamento de João Mário. Já antes, aos 87', fizera um amortecimento impecável, também de cabeça, para servir Jovane em zona frontal da grande área e aos 89' cabeceara ao lado após um canto. Quando a equipa peca por excesso de juventude, entra ele em cena, impondo a maturidade. Voltou a acontecer. O melhor em campo.

 

De João Mário. Outro desempenho de grande nível do campeão europeu, titular indiscutível deste Sporting que ontem deu mais um passo decisivo para vencer o campeonato nacional. Esteve nos dois golos da equipa: aos 22', recuperando lá na frente, quase junto à linha direita, uma bola que parecia perdida e metendo-a com critério nos pés de Tabata, que assistiu Pedro Gonçalves; aos 90'+3, assistindo Coates com um cruzamento tenso e teleguiado. Recuperou muitas bolas a meio-campo e soube endossá-las aos colegas com superior qualidade técnica. Que diferença para a época passada, quando tínhamos um meio-campo povoado com Eduardos e Doumbias...

 

De Pedro Gonçalves. Até esteve apagado e algo errático. Mas no momento crucial a equipa voltou a contar com ele. Ao marcar o nosso primeiro golo, num remate cruzado, rasteiro, bem assistido por Tabata. Lidera cada vez mais isolado a lista dos marcadores da Liga. Já com 15 golos.

 

Das substituições feitas por Rúben Amorim. Uma vez mais, grande argúcia do treinador ao mexer na equipa. Matheus Reis (substituiu Nuno Mendes aos 57'), Nuno Santos (substituiu Tiago Tomás aos 70'), Daniel Bragança (substituiu Tabata aos 71') e Jovane (substituiu Feddal aos 86') mexeram com o jogo leonino, melhorando a nossa movimentação em campo. Matheus revelou muito mais acutilância no corredor esquerdo, Nuno foi vital no golo da vitória ao cruzar a toda a largura lá na frente para recepção de João Mário, Daniel destacou-se nas movimentações entre linhas e Jovane iniciou a construção do lance decisivo, culminado no cabeceamento de Coates que todos festejámos. Único reparo: o luso-caboverdiano, um dos maiores desequilibradores do plantel, devia ter entrado mais cedo.

 

Da eficácia da equipa. Ao primeiro remate, e único na primeira parte, marcámos o golo inicial, construindo o resultado que se mantinha ao intervalo. Seguiram-se mais três ocasiões, duas das quais desperdiçadas: Nuno Santos quase marcou aos 72' (defesa apertada do guarda-redes); Jovane atirou à figura aos 87' e Coates fez o 2-1 ao cair do pano. Quatro oportunidades, dois golos. Sorte? Sim. Mas talento e mérito também.

 

Do Santa Clara. Entrou muito bem no jogo, complicando a vida ao Sporting a pressionar alto e a condicionar a nossa saída de bola: aos 3', já tinha conquistado três cantos. Sem estacionar o autocarro, jogando de forma descomplexada. A equipa de São Miguel mereceu o golo marcado aos 84' (aproveitando um mau alívio de Feddal) e não teria sido injusto se tivesse saído de Alvalade com um empate. Faltou-lhe a sorte que nós tivemos.

 

Da nossa reacção ao empate. Acelerámos o ritmo, impusemos enfim a nossa superioridade no plano técnico, demonstrámos saber jogar como equipa grande - o que não tinha acontecido até ao Santa Clara empatar. Foram dez minutos de pressão constante sobre a baliza açoriana, com bons lances colectivos e evidente «união de grupo», como acentuou o capitão Coates na zona das entrevistas rápidas após o fim da partida. Frase-chave para definir este Sporting.

 

Do árbitro. Actuação meritória do juiz da partida: Manuel Oliveira impôs um critério largo, coerente do princípio ao fim, numa partida facilitada pela atitude correcta dos jogadores de ambas as equipas. Demonstrando, a outros senhores do apito, que é possível arbitrar com isenção e competência. Fica o elogio, sem favor algum. 

 

De ver mais um recorde batido. Continuamos invictos à 22.ª jornada. Melhor desempenho de sempre do Sporting nesta fase, utrapassando o anterior máximo - 21 jogos seguidos sem derrotas num mesmo campeonato - estabelecido pela equipa campeã liderada por Malcolm Allison na saudosa época 1981/1982. Na Europa, só Rangers (30 jogos consecutivos sem perder) e Estrela Vermelha (23 jogos) estão melhores que nós neste aspecto.

 

De já somarmos 58 pontos. Correspondentes a 18 vitórias e quatro empates. Mais um do que o Benfica na época passada (19V - 0E -3D), mais quatro do que o FC Porto na temporada 2018/2019 (17V - 3E - 2D).

 

Que o Sporting continue a marcar, jogo após jogo. Ainda não ficámos em branco em nenhum dos jogos disputados no nosso estádio nesta Liga 2020/2021.

 

De continuarmos a ser, de longe, a equipa menos batida. Só onze golos sofridos em 22 jornadas. Média exacta: apenas meio golo por desafio. O equilíbrio defensivo é um dos segredos do nosso sucesso.

 

 

Não gostei
 

 

De Nuno Mendes. Talvez a pior exibição do jovem ala esquerdo na equipa principal. Totalmente desinspirado. Falhou passes, desperdiçou cruzamentos, foi incapaz de progredir no terreno, emperrou o jogo no seu corredor. O treinador deu-lhe ordem para sair, aos 57'. Ficou a sensação de que já saía tarde.

 

De Tiago Tomás. Outro jogador que passou ao lado da partida. Deixou-se condicionar pela marcação, foi facilmente anulado pelos centrais adversários e faltou-lhe engenho para vir buscar a bola mais atrás. Teve uma oportunidade soberana de visar as redes, aos 48', mas desperdiçou-a por deficiente recepção. Saiu aos 70', sem ter feito um só remate.

 

Da ausência de Porro. O internacional sub-21 ficou fora da convocatória, por lesão muscular. Matheus Nunes actuou no seu lugar, mas com bastante menos eficácia: foi uma solução de recurso que só confirmou como Porro é indispensável no onze titular e o recém-regressado João Pereira não chega a ser alternativa.

 

Da nossa apatia ofensiva. Tirando o lance do primeiro golo, só fizemos um segundo remate à baliza aos 72', por Nuno Santos. Cinquenta minutos sem tentar alvejar as redes adversárias. Como se a prioridade absoluta fosse defender a magra vantagem conseguida cedo. Jogo pastoso, desenrolado em poucos metros e abusando dos passes à queima para o guarda-redes Adán. Em vez de nos virarmos na direcção contrária.

 

De ouvir a Marcha do Sporting já com a voz póstuma de Maria José Valério. Se o Sporting for campeão, como quase todos desejamos, essa título deverá ser dedicado a ela.

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