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És a nossa Fé!

Rescaldo do jogo de ontem

Gostei

 

Do nosso triunfo em casa frente ao velho rival. Derrotámos o Benfica por 1-0 (ao minuto 92, fatal para Jorge Jesus) num jogo que dominámos quase por inteiro. O SLB, com reforços de 100 milhões, foi levado ao tapete por um Sporting que gastou apenas cerca de 14 milhões para formar o plantel desta temporada. Comprovando-se, uma vez mais, que não basta contratar jogadores caros: é preciso haver também quem saiba orientá-los. No início da época, Jesus prometeu "arrasar": afinal a equipa dele é que está arrasada. 

 

De termos terminado um jejum de nove anos. Desde Abril de 2012 (Godinho Lopes era o presidente e Sá Pinto era o treinador) que não vencíamos o Benfica, em casa, para o campeonato. Tinham Nuno Mendes e Tiago Tomás apenas nove anos. Era mais que tempo de pôr fim a isto. E faço desde já votos para que um tão grande período sem derrotarmos as papoilas em Alvalade nunca mais volte a acontecer.

 

De Matheus Nunes. Há males que vêm por bem: a inacreditável sanção disciplinar a Palhinha no jogo anterior, decidida pelo árbitro Fábio Veríssimo, forçou Rúben Amorim a apostar no jovem luso-brasileiro como titular do nosso meio-campo defensivo. Aposta ganha: ele foi o melhor em campo. Não apenas por ter cumprido de modo exemplar a sua primeira missão, segurando muito bem a bola e transportando-a com qualidade e critério, como foi ele a fazer a diferença num espectacular mergulho em zona frontal a aproveitar um mau alívio do guarda-redes Vlachodimos. Assim surgiu o golo solitário que nos consolida no comando da Liga, com 42 pontos - mais nove do que o Benfica. Desde 1951 não havia uma diferença pontual tão grande entre as duas equipas nesta mesma fase do campeonato.

 

De Nuno Mendes. Outra excelente exibição do nosso ala esquerdo, que entrou em 2021 com o mesmo fulgor que já havia evidenciado no final da temporada anterior ao ser lançado por Amorim na equipa principal. Hoje ganhou sucessivos duelos a Gilberto, causou constantes desequilíbrios no seu corredor e aos 44' esteve a centímetros de marcar um golaço num chapéu que Vlachodimos só travou in extremis, em cima da linha da baliza.

 

De Coates. Revela segurança olímpica, controlo absoluto do sector defensivo e natural capacidade de comando junto dos companheiros que o complementam nessa missão, novamente coroada de sucesso. Excelente leitura de jogo, como se comprovou num corte magnífico feito aos 62'. Os números não enganam: o Sporting é - de longe - a defesa menos batida do campeonato, com apenas nove golos sofridos em 16 jogos. O capitão uruguaio é um dos grandes responsáveis por estes números que as outras equipas tanto nos invejam.

 

De Adán. Seguríssimo entre os postes. Atento aos cruzamentos. Antecipou-se sempre aos adversários, reduzindo (por exemplo) Darwin a uma inutilidade em campo. Confere tranquilidade a toda a equipa, até pela sua linguagem gestual. Um dos pilares deste Sporting que cada vez mais sonha com o título de campeão.

 

De Porro. Imprescindível neste onze titular, voltou a fazer a diferença em diversos lances - incluindo o momento decisivo da partida. Grande passe a isolar Tiago Tomás, aos 23'. Uma quase-assistência para Pedro Gonçalves, aos 31'. Autor de um disparo com selo de golo, aos 35', desviado no limite por Otamendi. Cereja em cima do bolo: é ele quem centra no lance que culmina no golo que nos valeu três pontos. Outra partida em grande nível.

 

De Tiago Tomás. Muito combativo, deu sempre imenso trabalho aos três centrais adversários (sistema agora implantado por Jesus no Benfica, copiando o que Amorim trouxe há quase um ano para o Sporting). Com um desvio de cabeça dentro da área, aos 40', ofereceu um golo que Neto desperdiçou. Atacou a profundidade com inegável competência, quase fazendo esquecer-nos que tem apenas 18 anos. 

 

De Rúben Amorim. Menos de um ano depois, já conseguiu silenciar todos os críticos. Até aqueles que não há muito tempo murmuravam que ele era incapaz de vencer as equipas situadas nos cinco primeiros lugares da tabela. Os factos só destas semanas mais recentes falam por si: derrotámos o FC Porto, derrotámos o Braga (duas vezes), derrotámos agora o Benfica, conquistámos a Taça da Liga. E não vamos parar aqui. Já com os críticos caladinhos.

 

De ver o Sporting ainda invicto. Extraordinário: somamos 16 jogos sem perder no campeonato. Estamos há dez jornadas consecutivas no primeiro posto. E continuamos a marcar em todos os jogos desta Liga 2020/2021, que comandamos com brilho e competência. Mérito do treinador e de toda a equipa de trabalho, que revela uma unidade inquebrantável.

 

 

Não gostei
 

 

Do Benfica. Péssimo a atacar, medíocre a defender, sem consistência, sem fio de jogo, sem uma verdadeira oportunidade de golo, estreando neste clássico o sistema de três centrais em que não está rotinado, numa demonstração evidente de temor reverencial pelo Sporting, esta equipa que agora segue em quarto no campeonato abandonou qualquer hipótese de conquistar o título - que agora vê à distância de 14 pontos (nove do Sporting e cinco do FC Porto). No início da época, Jesus tinha prometido aos adeptos jogar "três vezes mais". Mera publicidade enganosa, algo em que o veterano técnico é exímio, como nós infelizmente bem sabemos.

 

De todo o "folhetim" em torno do cartão a Palhinha. O jogador estava fora da convocatória, mas a meio da tarde soube-se que o Tribunal Administrativo Central do Sul autorizara uma providência cautelar que suspendia o efeito do castigo imposto pelo Conselho de Disciplina. Acabou convocado, entrando aos 60' para render João Mário. É um dos jogadores com mais talento do campeonato português, não merecia todo este injustíssimo desgaste em redor do seu nome. 

 

Da ausência de público. Os números trágicos da pandemia não permitem outro cenário senão o actual, mas voltou a ser profundamente triste ver o nosso Estádio José Alvalade palco do maior clássico do futebol português com todas as bancadas vazias. E nós, adeptos, acabámos por fazer a festa como foi possível, confinados mais que nunca, entre as quatro paredes domésticas. Festejo a sério, agora, só em sonhos.

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