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És a nossa Fé!

Rescaldo do jogo de ontem

Não gostei
 

 

De termos cedido dois pontos em casa. Deixámo-nos empatar frente ao Rio Ave, segunda equipa com pior ataque do campeonato. Dois pontos perdidos, com um sabor muito amargo. Ainda por cima tivemos o jogo na mão: ao intervalo vencíamos por 1-0. Inexplicavelmente, entrámos muito mal no recomeço, cedendo terreno ao adversário, que se foi aproximando da nossa baliza e marcou aos 61'. Na meia hora final fomos incapazes de mostrar eficácia para operar a reviravolta.

 

De Rúben Amorim. No primeiro desafio desde que assumiu enfim o estatuto formal de técnico principal, por estar inscrito no curso de nível 4 da Federação Portuguesa de Futebol, o treinador montou um onze titular com manifestas lacunas. É verdade que não podia contar com Neto e Nuno Mendes, infectados com Covid-19, nem com Feddal, afastado por acumulação de cartões. Optou por Borja e Eduardo Quaresma para formarem o trio de centrais com Coates, quando tinha Gonçalo Inácio como alternativa viável ao colombiano, e podia ter apostado em Porro como central mais próximo da ala direita, fazendo entrar Matheus Nunes para médio-ala. Mais controversa ainda foi a sua aposta em Plata para fazer o corredor esquerdo, habitualmente entregue a Nuno Mendes: o jovem equatoriano falha clamorosamente nas missões defensivas e andou perdido na missão táctica que lhe cabia. Teria sido preferível pôr Nuno Santos nesse flanco, em posição mais recuada, com Jovane lá na frente frente, como interior esquerdo.

 

Das substituições. Tal como já sucedera contra o Marítimo, no desafio que nos pôs fora da Taça de Portugal, Amorim demorou a reagir - e só mexeu na equipa quando já precisava de correr atrás do prejuízo, após o golo do empate vilacondense. Começou por fazer entrar Tabata, fazendo sair Quaresma, sem produzir efeitos práticos. E só aos 78' trocou enfim Plata por Jovane, quando a equipa já estava partida e acusava forte quebra psicológica. Reacção tardia, difícil de entender. Tanto mais que tinha sido Jovane a confirmar a nossa vitória anterior, no épico jogo da Choupana, com um golo marcado três minutos depois de entrar.

 

Da falta de poder de fogo do Sporting. O nosso primeiro remate enquadrado ocorreu só aos 38', num pontapé de Palhinha que foi morrer às mãos do guarda-redes. Nuno Santos e Tabata, entre outros, abusaram dos pontapés disparatados, para bem longe da baliza. E só Tiago Tomás esteve perto de ampliar a nossa magra vantagem - aos 44', 78' e 85'. 

 

Do abuso de passes para o lado e para trás. Jogadores como Borja e Eduardo Quaresma, por exemplo, pareceram incapazes de fazer progredir o jogo leonino para linhas mais avançadas. A fluidez da nossa construção ofensiva começava a morrer nos pés deles. Prestação insuficiente de ambos: o colombiano continua sem dar a mínima prova de ser reforço digno desse nome - e já teve um ano para o demonstrar - e o jovem Eduardo teve uma estreia pouco auspiciosa na Liga 2020/2021. Melhores dias virão.

 

De ver Pedro Marques tão desaproveitado. O jovem avançado formado na nossa Academia desta vez até se sentou no banco. Mas voltou a não ter oportunidade de dar o seu contributo à equipa. E neste jogo bem precisaríamos dele, dada a inoperância ofensiva global do onze leonino. Não é fácil perceber porque continua sem calçar. Alguma espécie de punição por ter marcado dois golos ao Sacavenense?

 

Do bom desempenho de jogadores ex-Sporting. Carlos Mané, Francisco Geraldes e Gelson Dala foram protagonistas do golo do Rio Ave que nos roubou dois pontos esta noite em Alvalade. Parece ser sina nossa: dispensar profissionais que brilham quando voltam a enfrentar-nos, já ao serviço de outros emblemas.

 

Do árbitro Helder Malheiro. Este cavalheiro entrou em campo disposto a estragar o espectáculo e a inclinar o campo. Aos 7' exibiu um amarelo a Plata num lance em que não houve qualquer falta do nosso jogador: o internacional equatoriano fez um corte limpo, tendo sido brindado de forma inaceitável com aquele cartão, passando a jogar condicionado. Aos 24', num lance casual, também João Mário - um dos jogadores mais correctos do nosso campeonato - viu o amarelo, exibido por este apitador medíocre. Com árbitros destes, nunca o futebol português poderá evoluir para novos patamares de qualidade.

 

 

Gostei 

 

Do golo de Pedro Gonçalves. Bom lance de futebol colectivo, iniciado com um magnífico passe lateral de Porro que atravessou toda a largura do terreno e prosseguido por Plata, com um centro ao primeiro toque. A bola sofreu um ligeiro desvio por embater num defensor do Rio Ave e o nosso n.º 28, com reflexos muito rápidos, evoluiu na área e meteu-a lá dentro, estavam decorridos 42 minutos. Confirmando assim o seu estatuto como goleador máximo da Liga: 12 golos (e duas assistências) em 13 jogos. Motivo suficiente para designá-lo o melhor do Sporting em campo. 

 

De Palhinha. Muito combativo, uma vez mais. Compensa a inferioridade numérica da equipa no meio-campo com uma admirável entrega ao jogo, nunca desistindo de disputar a bola. Grandes recuperações aos 17' e aos 28'. O nosso primeiro remate enquadrado sai dos pés dele. E é também ele quem começa a construir dois lances de muito perigo, aos 44' e aos 45'+1, a que só faltou o golo.

 

De ver Coates, Palhinha e Nuno Santos poupados ao amarelo. Os três andam há várias jornadas tapados com cartões, mas ainda não foi desta que ficaram impedidos de alinhar no desafio seguinte. 

 

De mantermos a liderança intocável. Somamos agora 36 pontos, em 42 possíveis. Há 17 jogos que não perdemos em casa para a Liga. Estamos há oito jornadas consecutivas no primeiro posto. E conservamos a vantagem pontual face aos segundos classificados, FC Porto e Benfica, que esta noite empataram 1-1 no Dragão, permanecendo ambos a quatro pontos do Sporting.

 

De continuarmos invictos. Somos a única equipa da Liga que prossegue sem derrotas. E marcámos golos em todos os jogos já disputados para o campeonato nacional 2020/2021. São motivos mais que suficientes para incutir moral aos nossos jogadores. esperemos que esta quebra de forma seja apenas momentânea. Queremos que regressem rapidamente às boas exibições. E às vitórias, acima de tudo.

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