Saltar para: Post [1], Comentar [2], Pesquisa e Arquivos [3]

És a nossa Fé!

Rescaldo do jogo de ontem

Gostei

 

Desta goleada em casa. Derrotámos por 4-0 o Tondela, equipa que nas cinco épocas anteriores viera empatar três vezes em Alvalade. Triunfo claro e sem a menor margem de discussão do onze leonino, que só peca pela escassez dos números: face às oportunidades criadas, com domínio total da nossa equipa, poderíamos ter vencido por sete ou oito. Não marcávamos quatro golos na Liga há 11 meses, desde a vitória frente ao Santa Clara, nos Açores, na primeira volta do campeonato anterior.

 

Da exibição. O Sporting não empolgou apenas pelo resultado, mas também pela exibição, a melhor desde que o actual técnico foi contratado. Conjunto organizado, com boas movimentações colectivas, simplicidade de processos e sem perder de vista a baliza adversária. Também a evoluir na condição física, após os percalços iniciais desta temporada. É uma equipa jovem, coesa, confiante, ambiciosa - e que promete ir longe, sob a condução de Rúben Amorim. Que hoje apostou num onze titular com nove jogadores que há um ano não integravam o plantel principal leonino: só Coates e Neto já cá estavam. Mas todos parecem jogar juntos há muito tempo. E mostram uma alegria em campo que vem contagiando os adeptos.

 

Das mudanças na equipa. Amorim deixou no banco Jovane, Matheus Nunes e Nuno Santos, por opção técnica, fazendo alinhar Sporar, João Mário e Tiago Tomás. Acerto do treinador, em termos globais: a equipa funcionou com mais acutilância do meio-campo para a frente, como os números bem demonstram.

 

De Pedro Gonçalves. Alguém tinha dúvidas de que era mesmo reforço? Se tinha, já as dissipou. O jovem ex-Famalicão marcou mais dois golos - os nossos primeiros nesta partida, aos 45' e aos 49', ambos à ponta-de-lança. Terceiro jogo consecutivo a facturar. Destaca-se já como o nosso artilheiro desta época, ainda no início: cinco golos só à sua conta. E continua em excelente nível nos duelos individuais. Volta a ser o melhor em campo.

 

De Sporar. Falhou algumas oportunidades claras nesta sua primeira actuação como titular em 2020/2021, mas foi sempre um elemento de grande utilidade no ataque leonino. Fez a assistência para o segundo golo com um cruzamento perfeito e marcou enfim, acreditando sempre, aos 90'+3. Era a referência no ataque posicional que estava a faltar ao jogo do Sporting. Útil também no trabalho sem bola, arrastando marcações e abrindo opções de passe. 

 

De Porro. Outro reforço que já ninguém se atreve a discutir. O jovem internacional sub-21 espanhol traz um evidente acréscimo de qualidade em relação às anteriores opções leoninas naquela posição - basta lembrar Bruno Gaspar, Ristovski e Rosier para se fazer a comparação. Hoje esteve em três dos quatro golos. No primeiro, centra com precisão milimétrica. No segundo, inicia o lance com um passe vertical de 40 metros junto à linha que Sporar recolheu lá à frente, livre de marcação. E o terceiro é dele, na sua estreia como goleador de verde-e-branco, com um remate de primeira aos 79', após centro de Nuno Santos. Excelente exibição - mais uma. 

 

De João Mário. Pura classe em campo. Faz toda a diferença termos de novo um campeão europeu na nossa equipa. Alinhando pela primeira vez a titular, desde o seu regresso ao Sporting, o médio criativo traz um futebol artístico mas também eficaz, imprimindo fluidez ao jogo leonino e funcionando como referência para os mais jovens, incutindo-lhes confiança e espírito de grupo. Tentou, sem conseguir, o golo de meia-distância. Mas foi dele a assistência para o quarto, no último minuto da partida, com um passe longo a isolar Sporar. É um prazer vê-lo de volta a uma casa onde foi muito feliz.

 

Da contínua aposta na formação. Outros prometeram sem cumprir, mas Amorim continua firme nas suas convicções nesta matéria. Entre titulares e suplentes, havia 11 elementos oriundos da Academia de Alcochete convocados para este Sporting-Tondela.

 

Da veia goleadora da equipa. Levamos 15 golos marcados à sexta jornada - tantos, até agora, como o Benfica e o FC Porto. Continuamos a marcar pelo menos dois em cada ronda do campeonato. E permanecemos invictos, com cinco vitórias e um empate.

 

De ver o Sporting em primeiro. Pelo menos por 24 horas, à condição, lideramos isolados a Liga 2020/2021. Algo que já não acontecia desde o início do campeonato 2016/2017. E levamos seis pontos de avanço ao FC Porto. Uma diferença inédita, à sexta ronda, desde que as vitórias passaram a valer três pontos, na já longínqua temporada 1995/1996.

 

 

Não gostei
 

 

Do tardio golo inicial. O marcador só foi inaugurado nos instantes finais da primeira parte, quando já tínhamos criado 12 oportunidades e pensávamos ir para o intervalo com o resultado ainda em branco. Muito desperdício, sobretudo nessa fase da partida. O remate vitorioso de Pedro Gonçalves acabou por funcionar como uma espécie de saca-rolhas, pondo fim à débil oposição do Tondela, que desta vez não nos causou qualquer verdadeiro problema em Alvalade. Se não marcámos mais cedo, foi só por alguma falta de pontaria - e graças à excelente exibição do guarda-redes Pedro Trigueira.

 

Dos cartões amarelos. É incompreensível que o Sporting, sendo apenas a 13.ª equipa mais faltosa da Liga portuguesa, seja a primeira em número de cartões. Desta vez o árbitro exibiu mais três - um a Palhinha, outro a Matheus Nunes (que rendeu o primeiro aos 66'), outro a Nuno Santos (em campo também desde os 66', tendo substituído Tiago Tomás). Balanço: 21 amarelos à sexta jornada. Parece uma turma de vândalos, mas nada pode estar mais distante da realidade. É apenas consequência do duvidoso critério dos senhores do apito, que teimam em inclinar o campo, sempre em benefício dos mesmos.

 

Do público mantido à distância. Continuamos escorraçados do nosso estádio. O mesmo estádio que, apesar da pandemia, chegou a ter cinco mil espectadores num recente Portugal-Suécia, disputado a 14 de Outubro, com organização da Federação Portuguesa de Futebol. Mas para o campeonato, prova organizada pela Liga, nem cinco são admitidos nas bancadas de Alvalade. Alguém consegue descortinar o menor sentido nesta absurda discriminação imposta pelas mesmas autoridades sanitárias que há poucos dias autorizaram 27 mil pessoas no autódromo de Portimão? Eu não. 

2 comentários

  • Imagem de perfil

    Pedro Correia 02.11.2020

    Nada pode justificar este "cordão sanitário" aos adeptos no mesmo estádio que há três semanas acolheu cinco mil espectadores para acompanharem ao vivo o Portugal-Suécia. Com a DGS a impor regras diferentes para situações similares: se é prova organizada pela FPF, autoriza; se é prova organizada pela Liga, proíbe.
    Na selecção, cinco mil. No campeonato, nem cinco.

    A mesma DGS que numa fase inicial autorizou mais de 40 mil espectadores no GP fórmula 1 em Portimão. E que mesmo assim permitiu ali a presença de 27 mil - que acabaram por ser muitos mais, como sabemos.

    Tamanha disparidade de critérios é intolerável.
    Não me cansarei de escrever isto, uma vez e outra e outra.
  • Comentar:

    Mais

    Se preenchido, o e-mail é usado apenas para notificação de respostas.

    Este blog tem comentários moderados.

    { Blogue fundado em 2012. }

    Siga o blog por e-mail

    A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

    Pesquisar

     

    Arquivo

    1. 2024
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    14. 2023
    15. J
    16. F
    17. M
    18. A
    19. M
    20. J
    21. J
    22. A
    23. S
    24. O
    25. N
    26. D
    27. 2022
    28. J
    29. F
    30. M
    31. A
    32. M
    33. J
    34. J
    35. A
    36. S
    37. O
    38. N
    39. D
    40. 2021
    41. J
    42. F
    43. M
    44. A
    45. M
    46. J
    47. J
    48. A
    49. S
    50. O
    51. N
    52. D
    53. 2020
    54. J
    55. F
    56. M
    57. A
    58. M
    59. J
    60. J
    61. A
    62. S
    63. O
    64. N
    65. D
    66. 2019
    67. J
    68. F
    69. M
    70. A
    71. M
    72. J
    73. J
    74. A
    75. S
    76. O
    77. N
    78. D
    79. 2018
    80. J
    81. F
    82. M
    83. A
    84. M
    85. J
    86. J
    87. A
    88. S
    89. O
    90. N
    91. D
    92. 2017
    93. J
    94. F
    95. M
    96. A
    97. M
    98. J
    99. J
    100. A
    101. S
    102. O
    103. N
    104. D
    105. 2016
    106. J
    107. F
    108. M
    109. A
    110. M
    111. J
    112. J
    113. A
    114. S
    115. O
    116. N
    117. D
    118. 2015
    119. J
    120. F
    121. M
    122. A
    123. M
    124. J
    125. J
    126. A
    127. S
    128. O
    129. N
    130. D
    131. 2014
    132. J
    133. F
    134. M
    135. A
    136. M
    137. J
    138. J
    139. A
    140. S
    141. O
    142. N
    143. D
    144. 2013
    145. J
    146. F
    147. M
    148. A
    149. M
    150. J
    151. J
    152. A
    153. S
    154. O
    155. N
    156. D
    157. 2012
    158. J
    159. F
    160. M
    161. A
    162. M
    163. J
    164. J
    165. A
    166. S
    167. O
    168. N
    169. D