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És a nossa Fé!

Rescaldo do jogo de ontem

Não gostei
 
 

De encerrar a época com uma derrota. Começámos a perder na Supertaça, contra o SLB, e terminamos batidos pelo mesmo clube, ao cair do pano desta Liga 2019/2020, a mais comprida e para nós uma das mais penosas de sempre.

 

Dos erros individuais. Dois cantos, dois jogadores mal posicionados a colocar em jogo adversários em fracções de segundo, ditaram esta derrota por 2-1 frente ao Benfica na Luz. Aos 28', Sporar, desconcentrado, permite que Seferovic se movimente em posição legal; aos 88', Matheus Nunes, desatento, põe em jogo Vinicius, no lance capital da partida, que selou o desfecho. E que nos atirou para fora do pódio deste campeonato.

 

De Plata. Jogou só a primeira parte, mas esteve 45 minutos a mais em campo. Sem a menor articulação com Ristovski no pavoroso corredor direito leonino, errou passes, chegou tarde aos lances, perdeu sempre na disputa das bolas divididas e entregou-as de forma displicente aos adversários. Vem piorando de jogo para jogo, ao ponto de ser lícito questionar se não deverá ser emprestado para rodar noutra equipa da Liga.

 

De Eduardo Quaresma. O jovem defesa tem vindo a acusar pressão em excesso, o que o leva a cometer erros impensáveis quando o víamos actuar na Liga Revelação, há poucos meses. Desta vez sem ter a seu lado Coates, que costuma estar sempre atento às dobras, os seus deslizes tornaram-se mais preocupantes: aos 44', falhou uma recepção fácil de bola; aos 48', entregou-a a um adversário. Raras vezes saiu com ela dominada, raras vezes foi capaz de construir com qualidade. Uma noite para esquecer.

 

De Wendel. Noutras partidas funcionou como eficaz pêndulo da equipa, nesta mostrou-se como pêndulo avariado, tantos foram os erros cometidos. Apático, inerte, causou perigo no sector defensivo aos 21'. Entregou a bola várias vezes à equipa contrária: aos 30', 49' e 76', por exemplo. Sem qualidade de passe nem ao menos demonstrar desta vez mais-valia no transporte. 

 

Da lesão de Coates. Como se já não bastasse termos perdido Bas Dost, Raphinha, Bruno Fernandes e Mathieu - jogadores decisivos - em momentos diferentes da época, o último jogo foi disputado com outra baixa, esta totalmente inesperada: Coates lesionou-se no aquecimento, momentos antes do apito inicial, e viu-se forçado a entregar a braçadeira de capitão a Acuña e a sua posição como defesa central na linha mais recuada a Neto, que se confirmou como pálido sucedâneo do internacional uruguaio. 

 

De ver Acuña como central. Há jogadores polivalentes, como o internacional argentino sem dúvida é, mas convém aproveitá-los sempre nas posições em que são capazes de render mais à equipa. Acuña começou no Sporting como ala-esquerdo, actuando várias vezes como extremo; depois recuou para lateral, desaproveitando-se assim boa parte do seu potencial atacante; agora recua ainda mais, fixando-se como o mais esquerdino (e mais baixo) dos três centrais. É um desperdício. Ou um erro de casting, como se diz no cinema.

 

Dos últimos três jogos. Em nove pontos possíveis, só conquistámos um: derrota no Dragão frente ao FC Porto (0-2), miserável empate caseiro com V. Setúbal (0-0) e derrota na Luz (1-2). Eis o Sporting de Rúben Amorim cada vez mais idêntico ao Sporting de Silas. Perdeu-se o efeito novidade, voltou-se à mediocridade anterior, agravada por uma arrepiante falta de poder de fogo: nos últimos cinco jogos, só conseguimos marcar dois golos.

 

Do balanço da temporada. Dezassete derrotas no conjunto das competições da época - novo recorde negativo registado pelo futebol do Sporting. Perdemos pontos em metade dos jogos da Liga 2019/2020, com seis empates e dez derrotas. Perdemos os cinco confrontos contra FCP e SLB (só dois golos marcados e 13 sofridos). E nem sequer conseguimos ganhar ao Rio Ave (5.º classificado) e ao Famalicão (6.º classificado). Talvez para compensar, tivemos quatro treinadores - tantos como o da nossa pior época de sempre, a de 2012/2013.

 

 

Gostei

 

De Tiago Tomás. Entrou na segunda parte, rendendo o péssimo Plata, e teve uma exibição muito positiva. Esteve nos dois melhores momentos da prestação leonina: aos 65', numa rápida incursão na grande área aproveitando um monumental lapso defensivo de Jardel, atirou a bola ao poste de um ângulo muito apertado; aos 69', fez um soberbo passe que funcionou como assistência para o golo de Sporar, que assim quebrou um ciclo de cinco jogos sem marcar. Destaco o jovem avançado, com apenas 18 anos, como o melhor do Sporting neste clássico.

 

De Nuno Mendes. Parece ser o mais regular e o mais competente dos cinco jovens que Rúben Amorim lançou na equipa principal desde o recomeço do campeonato. Pouco ousado na manobra atacante pelo seu flanco esquerdo, levou no entanto quase sempre perigo quando ultrapassava a linha do meio-campo, com mudanças de velocidade e a bola bem controlada. Foi ele a criar a nossa primeira oportunidade de golo, quando já estavam decorridos 52 minutos, numa tabelinha com Sporar. Também esteve bem na marcação de cantos. Incompreensível, a decisão do técnico de mandá-lo sair aos 82', trocando-o por Borja: estava a ser um dos nossos raros jogadores com exibição positiva.

 

De ter estado em terceiro no campeonato... até ao minuto 88. Foi bom enquanto durou. Pena ter durado tão pouco.

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