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És a nossa Fé!

Rescaldo do jogo de ontem

Gostei

 

Do regresso às vitórias. O Sporting superou esta noite a turma do Marítimo, vencendo-a em Alvalade, embora por margem mínima: 1-0. Melhor do que o confronto da primeira volta, em que nos ficámos por um empate no Funchal, ainda com a equipa sob o comando de Marcel Keizer. Agora não só vencemos como dominámos sem discussão a partida - ao ponto de o Marítimo apenas ter feito um remate à nossa baliza na etapa complementar. E só por manifesto azar o nosso triunfo não foi mais dilatado: aos 70', com o seu pontapé-canhão, Bruno Fernandes levou a bola a embater com estrondo na barra.

 

De Borja. O lateral colombiano regressou à titularidade, aproveitando a ausência de Acuña, afastado por acumulação de cartões. Cumpriu com distinção a incumbência, não apenas no plano defensivo, com boas acções de cobertura, mas sobretudo nas movimentações ofensivas que culminaram com a sua estreia a marcar esta época ao serviço do Sporting, correspondendo da melhor maneira a um cruzamento de Jovane. Foi também dos pés dele que saiu o excelente centro para o golo de Rafael Camacho que viria a ser anulado por alegada falta anterior do estreante Sporar. Voto nele como o melhor em campo.

 

De Wendel. Muito influente na ligação entre linhas, destacou-se pela mobilidade e pela capacidade de luta a meio-campo, ganhando diversos confrontos individuais. Sempre muito activo, vai dando sinais de crescente robustez física e disciplina táctica.

 

De Jovane. Foi a arma secreta de Silas, bem utilizada após quatro meses exactos de afastamento por lesão: o último jogo em que tinha sido utilizado na equipa principal fora o Sporting-Rio Ave para a Taça da Liga, a 27 de Setembro. Entrou aos 71' e cinco minutos depois estava a fazer a assistência para o golo leonino. A sua entrada, para o lugar de Idrissa Doumbia, permitiu alargar a frente ofensiva. Aos 90'+1 esteve quase a marcar o segundo, num remate cruzado fortíssimo, do lado direito, desviado in extremis pelo guardião Amir para canto.

 

Da estreia de Sporar. O internacional esloveno - até agora único reforço do Sporting neste mercado de Inverno - esteve fora do onze inicial devido a uma indisposição intestinal. Mas acabou mesmo por entrar devido à lesão de Luiz Phellype, logo aos 15'. Só teve possibilidade de fazer três treinos pelo Sporting, vê-se que não tem rotinas com os colegas, mas deu alguns sinais interessantes: sabe desmarcar-se, arrastando os defesas, e utilizar a velocidade. Esteve a centímetros de marcar aos 76', correspondendo ao cruzamento de Jovane que viria a sobrar para Borja marcar o golo. Funcionou como talismã para a equipa: o nosso regresso às vitórias ocorreu com ele de verde e branco.

 

Da aposta na juventude. Terminamos este jogo com cinco jogadores muito jovens no onze, todos promissores e alguns com melhor desempenho global do que os colegas mais velhos: Max (21 anos), Wendel (22), Plata (19), Jovane (21) e Camacho (19). E três deles com formação na Academia leonina. Este tem de ser o caminho para reforçar a identidade do Sporting.

 

De não termos sofrido qualquer golo. Terminamos com a nossa baliza inviolada, o que só tinha acontecido em quatro ocasiões nesta Liga 2019/2020.

 

Da subida do Sporting ao terceiro lugar. Recuperámos o lugar no pódio do campeonato a que temos direito, beneficiando da derrota do Famalicão em casa frente ao Santa Clara, e vendo mais à distância o V. Guimarães, que perdeu também em casa contra o Rio Ave. Aguardemos agora pelo resultado do confronto de logo à noite entre o FC Porto e o Gil Vicente.

 

 

Não gostei

 
 

Do inútil Jesé. Silas insistiu em dar-lhe outra oportunidade como titular - algo que não acontecia desde 12 de Dezembro. Mas o espanhol voltou a ser incapaz de aproveitar a benevolência do técnico leonino, desperdiçando (pela última vez?) a hipótese de jogar pelo Sporting. Esteve 62 minutos em campo, confirmando ter sido um dos maiores barretes enfiados pelo duo Frederico Varandas-Hugo Viana, a par do brasileiro Fernando, já devolvido à procedência. A equipa melhorou muito quando o técnico decidiu enfim - com 62 minutos de atraso - remetê-lo ao balneário, trocando-o por Plata com inegável vantagem para a dinâmica ofensiva leonina.

 

Da lesão de Luiz Phellype. Titular na frente de ataque, o brasileiro foi azarado: saiu aos 11' lesionado, após um choque com um adversário que o árbitro Rui Costa nem assinalou com a falta que se impunha contra o Marítimo. A lesão parece ser complicada, acelerando a promoção do recém-chegado Sporar ao onze inicial já a partir do próximo confronto, com o Braga, na Cidade dos Arcebispos.

 

De três ausências. Acuña e Mathieu (a cumprir castigos) e Vietto (por lesão) estiveram fora dos convocados para esta partida. Num plantel tão desequilibrado como o nosso, é quanto basta para causar abalo. Felizmente dois deles estarão de volta já na próxima jornada. Espero que Pedro Mendes, face à lesão de Luiz Phellype, possa ao menos sentar-se no banco de suplentes, algo que desta vez não aconteceu, pois foi remetido para a bancada.

 

Do 0-0 ao intervalo. Resultado que não traduzia o domínio do Sporting na meia hora inicial e acentuava o receio de muitos adeptos para os 45 minutos seguintes. Felizmente os cenários pessimistas não se confirmaram.

 

De ver dois golos anulados ao Sporting. O primeiro, marcado aos 16' por Coates, num pontapé acrobático à meia-volta, foi invalidado por deslocação do central uruguaio. O segundo, marcado por Camacho aos 53', acabou por ficar sem efeito por suposto empurrão de Sporar a um defesa adversário que Rui Costa e o vídeo-árbitro demoraram três minutos a analisar.

 

Dos assobios à equipa. Estávamos no minuto 8 do jogo quando soaram nas bancadas as primeiras vaias - bem sonoras - aos nossos jogadores. Os imbecis do assobio imaginarão que assim conseguirão motivar alguém ou fazem isto só para incutir mais moral aos adversários que nos defrontam em Alvalade?

 

De ver as bancadas tão despidas. Apenas 12.788 espectadores em Alvalade numa noite fria e chuvosa de Inverno para assistirem a um jogo iniciado às 21.03. Muitos destes resistentes só chegaram a casa após a meia-noite. É um delito de lesa-futebol permitir jogos a esta hora tão tardia na véspera de um dia de trabalho, em ambiente de manifesto desconforto, sem a menor garantia de assistir a um bom espectáculo de futebol e perante a iminência de testemunhar "festivais de pirotecnia" dos javardos da curva sul. Enquanto a administração da SAD não se impuser perante a Liga para a alteração dos horários e continuar a permitir a entrada de artefactos pirotécnicos, verá clareiras tão grandes ou ainda maiores no nosso estádio. Que lhe faça bom proveito.

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