Rescaldo do jogo de ontem
Gostei
Da vitória concludente e tranquila do Sporting nesta primeira jornada da segunda volta. Triunfo sem discussão frente ao Aves, por 3-0. Somamos mais três pontos, permanecemos invictos nas competições nacionais e estamos provisoriamente na liderança do campeonato.
De Bas Dost. Começam a escassear os adjectivos para qualificar o ponta-de-lança holandês, o melhor em campo. Esta noite voltou a marcar os três golos da nossa equipa - repetindo a dose da jornada anterior, contra o Marítimo. Três golos diferentes: o primeiro de cabeça (31'), o segundo de grande penalidade (52') e o terceiro com o pé direito (90'), coroando da melhor maneira uma grande jogada de futebol ao primeiro toque. O estádio, apesar do frio da noite, aqueceu - e de que maneira - com os gritos "Bas Dost" ecoados por mais de 40 mil gargantas nas bancadas em Alvalade.
Dos números do nosso goleador máximo. Bas Dost, nesta segunda época ao serviço do Sporting, já marcou 53 golos em 49 jogos do campeonato. Na presente temporada leva 24 marcados - 19 dos quais na Liga. Prepara-se para ser novamente o maior goleador da principal competição portuguesa. Com todo o mérito.
Da estreia de Rúben Ribeiro. Não podia ter corrido melhor. Chegou quinta-feira a Alvalade, oriundo do Rio Ave, e no domingo já se estreava oficialmente com as nossas cores. Actuou com liberdade de movimentos no centro do terreno, entre o meio-campo e o ponta-de-lança, e protagonizou a mais vistosa jogada individual do desafio com uma assistência para o nosso primeiro golo. Notável a forma como temporizou, tirou do caminho o defesa que lhe surgiu pela frente e centrou para Bas Dost marcar. Quatro minutos depois, aos 35', serviu muito bem Bruno Fernandes num lance de que poderia ter resultado o nosso segundo golo. Quando foi substituído, aos 66', recebeu uma calorosa ovação dos adeptos, que conquistou à primeira: recém-chegado, até parece que joga há muito no Sporting.
De Bruno Fernandes. Disciplina táctica, visão de jogo, vigor físico, vontade de empurrar sempre a equipa para a frente: Bruno Fernandes, numa posição mais recuada do que tem vindo a ser habitual, confirmou todas as qualidades que já vinha demonstrando no Sporting. Faltou-lhe apenas o golo, que foi tentando do princípio ao fim, para ter uma exibição de cinco estrelas.
De Wiliam Carvalho. Naquele seu jeito de falso lento, correu quilómetros. Não houve praticamente uma jogada do Sporting que não passasse pelos pés dele. Pendular, seguro, contribuiu para a excelente organização colectiva da equipa ao assegurar a ligação entre os sectores. E arriscou avançar no terreno diversas vezes, em trocas posicionais com Bruno Fernandes, confirmando que é um elemento vital neste Sporting que sonha ser campeão.
De Fábio Coentrão. Grande partida do nosso lateral esquerdo, que em muitas fases do jogo parecia um extremo, compensando a apatia do apagado Acuña. Revela frescura física e uma entrega ao desafio verdadeiramente notáveis. A sua condição atlética deixou de ser uma preocupação para os adeptos.
De Piccini. Veio de uma lesão, mas ninguém diria. Boa parte do caudal ofensivo leonino ocorreu no seu corredor, tendo o italiano como protagonista. Notável de precisão o centro aos 90', que funcionou como assistência para o nosso terceiro golo. Está a tornar-se imprescindível no nosso onze titular.
De ter sido mais um jogo em que não sofremos golos. A marcar cada vez mais, a sofrer cada vez menos: 8-0 nas últimas duas partidas do campeonato. É este o caminho.
De dependermos só de nós. Estamos no comando da Liga, à condição. Se quisermos, ninguém nos trava o passo.
Não gostei
Daquela bola do Aves que bateu com estrondo na nossa barra. Iam decorridos 42 minutos de jogo e se tivesse sido golo a história desta partida talvez fosse diferente. A estrelinha de campeão já está a funcionar?
Do resultado tangencial ao intervalo. Aquele 1-0 sabia a pouco.
De Acuña. Outra partida muito fraca do extremo argentino, vários pontos abaixo da exibição média da equipa. É claramente um candidato ao banco de suplentes nos tempos mais próximos.