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És a nossa Fé!

Rescaldo do jogo de ontem

 

Gostei

 

Da goleada no Estádio Algarve. Domínio absoluto do Sporting num jogo de sentido único em que o Farense não fez um só remate enquadrado à nossa baliza. A manobra ofensiva leonina era tão avassaladora que chegávamos a atacar com seis jogadores em simultãneo. Domínio traduzido em golos. Os três primeiros marcados por Gyökeres. O quarto, por Lucas Áfrico, defesa da turma de Faro marcando à ponta-de-lança na própria baliza após cruzamento muito tenso do reaparecido Nuno Santos. O quinto, que selou o resultado (0-5), foi de Edwards, também ele reaparecido - mas no reencontro com os golos.

 

De ver tantos sportinguistas nas bancadas. Oficialmente, para nós, o jogo era fora de casa. Mas ninguém diria, vendo as bancadas e o entusiasmo que delas transbordava em apoio às cores do Leão genuíno, o nosso. «Campeões! Nós somos campeões!» - foi este o cântico que mais se ouviu. Se tivesse decorrido no velho estádio de São Luís, em Faro, haveria três vezes menos espectadores e a desproporção de apoiantes das duas equipas seria muito menor.

 

De Gyökeres. O que dizer mais do fabuloso craque sueco? Apenas reafirmar isto: é um dos melhores avançados que vimos jogar desde sempre no Sporting. Já com seis golos marcados em três jogos da Liga. Cada vez que a bola lhe chega aos pés, cria perigo. E põe a equipa contrária em sobressalto. Ontem, mais três para a sua conta pessoal: fuzilou as redes algarvias aos 27', num oportuno pontapé de recarga; aos 41', na conversão dum penálti; e aos 66', após sentar Moreno e desfeitear Ricardo Velho. 

 

De Pedro Gonçalves. É ali mesmo que deve jogar, como interior esquerdo, movimentando-se entre linhas, indo buscar a bola atrás e conduzindo-a como a inspiração lhe impõe. Desta vez não marcou, mas deu duas vezes a marcar. Ao picar a bola para Daniel Bragança no primeiro golo e ao marcar o livre de que resultaria o autogolo farense, aos 69'. Foi também ele a gerar o lance do penálti numa das suas ousadas incursões na grande área, aos 37'. Rondou o golo aos 4' e aos 74'. Outra exibição superlativa.

 

De Daniel Bragança e Morita. Merecem alusão simultânea porque funcionaram como bloco coeso e muito eficaz. O internacional japonês dominando o corredor central, passando sempre com critério e apoiando a defesa em constantes movimentos de recuo que o punham a par de Diomande. O nosso capitão criando movimentos de ruptura, distribuindo jogo ofensivo (é dele a entrega a Pedro Gonçalves no lance do penálti) e criando ele próprio oportunidades de golo, como aquela em que só uma enorme defesa de Ricado Velho o impediu de a meter lá dentro, aos 27'. Ambos também muito influentes na recuperação e na pressão sobre o portador da bola, o que explica o facto de o Farense raras vezes ter conseguido chegar à nossa área.

 

Do golo de Edwards. Ele é mesmo assim: de repente, quase do nada, inventa um lance genial que leva as bancadas ao delírio. Aconteceu aos 81'. Havia entrado dez minutos antes, substituindo Daniel Bragança já com o resultado em 4-0, quando pega na bola a quase 60 metros da baliza, transporta-a com domínio perfeito e vai deixando para trás sucessivos adversários, numa cavalgada heróica que selou a goleada. Último e mais belo dos nossos golos. Este foi à Maradona, pondo fim a um jejum de sete meses.

 

De Gonçalo Inácio. Actuando com frequência como lateral esquerdo, projectado no terreno, foi igual à sua imagem de marca: discreto mas influente. Cortes preciosos aos 28' e 53'. Dois passes para golo: aos 66', servindo Gyökeres numa soberba variação de flanco, e aos 81', assistindo Edwards. Ostentou a braçadeira de capitão desde o minuto 71', quando Daniel foi substituído. Aos 86', com a saída de Diomande, tornou-se ele central ao meio. Esteve sempre bem.

 

De não termos sofrido golos. Quarto jogo oficial da temporada, primeiro em que mantivemos as nossas redes intactas. Evolução também neste capítulo. 

 

De ver quatro da nossa formação no onze inicial. Para alguns adeptos, isto nada conta. Não é o meu caso. Gostei que Rúben Amorim apostasse em Eduardo Quaresma, Gonçalo Inácio, Bragança e Quenda. E ainda entrou Dário, aos 86', quando o resultado já estava construído.

 

Da arbitragem. Actuação positiva de Tiago Martins: sempre em cima dos lances, apitando com critério, deixando jogar sem interromper a partida à mínima queda dos jogadores. Bom julgamento no lance mais controverso, aquele em que assinalou penálti, apesar das dúvidas suscitadas pelo video-árbitro Fábio Veríssimo.

 

De ver o Sporting marcar há 45 jogos seguidos. Sem falhar um, para desafios do campeonato, desde Abril de 2023, perante o Gil Vicente (0-0). Números impressionantes, próprios de um campeão em toda a linha.

 

De termos disputado 24 desafios consecutivos sem perder na Liga. Marca extraordinária: a nossa última derrota (1-2) aconteceu na distante jornada 13 do campeonato anterior, em Guimarães, a 9 de Dezembro. E vamos com 13 triunfos nas últimas 14 partidas disputadas para a maior competição do futebol português.

 

 

Não gostei

 

Do Farense. A tradição manteve-se: não nos ganha desde Janeiro de 2001, já lá vai quase um quarto de século. As arrogantes declarações do treinador José Mota, antes da partida, tornam-se agora ainda mais ridículas após ter sofrido esta goleada. Prometia «criar algumas dificuldades» ao Sporting. Afinal, nem uma para amostra.

 

Do péssimo estado do relvado. Chegava a ser inexistente numa das zonas centrais. Inacreditável, como é que a Liga autoriza a realização dum jogo do campeonato português neste estádio onde havia decorrido uma partida da Liga Conferência (entre o Lincoln Red Imps, de Gibraltar, e o Lame, da Irlanda do Norte), menos de 24 horas antes.

 

Da ausência de Morten. O médio defensivo titular permaneceu fora da convocatória por lesão. Mas Daniel Bragança e Morita têm-se completado tão bem que mal se sente a falta do talentoso internacional dinamarquês.

 

Do 2-0 que se registava ao intervalo. Sabia a pouco. Graças a Ricardo Velho, que evitou três golos. Por Pedro Gonçalves (4'), Gyökeres (16') e Daniel Bragança (27'). 

 

De ver um ex-Sporting a jogar contra nós. Desta vez foi Rafael Barbosa, que saltou do banco do Farense no reatamento, após o intervalo.

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