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És a nossa Fé!

Rescaldo do jogo de hoje

Não gostei

 
 

Da derrota em Braga. Segundo desaire frente à equipa braguista em menos de duas semanas. Como antevi aqui a 22 de Janeiro, o desaire sofrido frente ao mesmo adversário para a Taça da Liga constituiu «um péssimo ensaio geral» para o desafio de hoje: esta segunda volta do campeonato, com apenas três pontos em dois jogos, começa ainda pior do que a primeira, em que contabilizámos quatro pontos em seis possíveis. O facto de termos perdido por margem mínima, 0-1, com o golo sofrido só aos 76' e a nossa exibição ter sido superior à do Sporting-Braga que vencemos por 2-1 a 18 de Agosto, não serve de atenuante.

 

Das ausências. Este seria sempre um jogo de alto risco para o Sporting. Por ser o primeiro após a saída do capitão Bruno Fernandes, que nas últimas duas épocas funcionou como o pêndulo da equipa, onde era de longe o elemento mais qualificado. Por infortúnio, este rombo no plantel ocorreu imediatamente antes de enfrentarmos o Braga, na Cidade dos Arcebispos, para a Liga 2019/2020. Somado a isto, o facto de não termos podido contar também com Mathieu, pilar do nosso sistema defensivo. Num onze frágil e cheio de lacunas, como o nosso é, perder dois titulares num dos estádios mais difíceis do País bastaria para potenciar um mau desfecho. Assim aconteceu.

 

De ver Vietto como suplente. É verdade que veio de uma lesão, mas também é certo que estava recuperado - tanto assim que Silas o convocou para este jogo. Percebe-se muito mal, portanto, que tenha permanecido no banco de suplentes até ao minuto 66. Quando entrou, fez logo a diferença, causando sucessivos desequilíbrios com a sua excelente técnica e a sua competente visão de jogo. Erro manifesto do treinador.

 

De Ristovski.  Silas, aparentemente, deu-lhe o comando de todo o corredor direito - missão espinhosa, que o internacional macedónio cumpriu de forma deficiente, falhando o tempo de intervenção na manobra defensiva e apoiando mal o ataque. Pareceu tremer a cada investida braguista desde o apito inicial. Aos 20', já estava a ser amarelado - num lance em que poderia ter visto cartão vermelho. Na jogada do golo, abriu uma avenida a Galeno, que rematou totalmente à-vontade para defesa incompleta de Max a que se seguiu a recarga vitoriosa de Trincão. Silas deu-lhe ordem para sair aos 83', trocando-o por Plata. Que fez bem melhor em muito menos tempo.

 

Do sistema táctico. Silas organizou a equipa com um bloco defensivo de cinco elementos (Acuña, à esquerda, descia muito para compensar o desvio de Borja para terceiro central) e dois médios de contenção (Battaglia e Eduardo). Serviu para travar o fluxo ofensivo do Braga nos primeiros 20 minutos, aferrolhando as vias de acesso à nossa área, mas não funcionou para construir jogadas de ataque continuado: a equipa pareceu sempre descompensada no último terço do terreno, excepto no quarto de hora final quando o técnico - já a perder - trocou Camacho por Jovane (73') e Ristovski por Plata (83'), encostando o adversário ao seu reduto. Ficou a sensação de que Silas quis jogar para o empate. Acabou derrotado, como geralmente acontece em situações destas.

 

Da convocatória. Anedótica, a inclusão de Jesé, que o Sporting quis devolver à procedência em Janeiro (e que o PSG não aceitou de volta). Totalmente incompreensível, uma vez mais, a exclusão de Pedro Mendes - jogador por quem Silas, mais de uma vez, mostrou interesse antes de ter sido inscrito para as competições internas. Agora, que já consta da equipa principal, é remetido para a bancada. Quando temos novamente só um ponta-de-lança - o recém-chegado Sporar - devido à prolongada lesão de Luiz Phellype, que o inutiliza até ao fim da época.

 

Dos sete cartões aos nossos jogadores. Jorge Sousa, velho "amigo" do Sporting, desatou a amarelar a torto e a direito os nossos jogadores, dando ideia que se estava a registar uma batalha campal neste Braga-Sporting. Seguindo esta cadência: Coates aos 10', Ristovski aos 20', Wendel aos 45'+1, Battaglia aos 45'+1, Neto aos 45'+2, Acuña aos 51', Vietto aos 66'. O cartão exibido a este último foi anedótico: o argentino terá entrado em campo quando o seu compatriota Acuña ainda não tinha abandonado o terreno de jogo. Sem tocar na bola, já estava condicionado. Isto enquanto só três do Braga recebiam amarelos: Galeno, Paulinho e Fransérgio. Duplicidade de critério no capítulo disciplinar: nada que surpreenda neste árbitro. Galeno, que simulou faltas, protestou exuberantemente contra o árbitro e até derrubou um juiz auxiliar quando já tinha um amarelo, foi poupado a um segundo cartão mais que merecido. Com este árbitro, o campo está sempre inclinado contra nós.

 

De termos perdido o terceiro lugar. O Braga está agora um ponto à nossa frente. 

 

 

Gostei

 

De Max. O jovem guarda-redes formado na Academia leonina foi o nosso melhor em campo. Seguro e atento, sem qualquer responsabilidade no golo sofrido, fez três grandes defesas - aos 55', 60' e 63' - retardando o mais possível os três pontos que o Braga acabaria por conquistar.

 

De Sporar. Primeiro jogo completo ao serviço do Sporting. Não marcou, mas deu bons sinais: movimenta-se bem dentro da área, mostra agilidade e domínio técnico. Esteve muito perto de marcar em duas ocasiões nos primeiros dez minutos: primeiro aos 9', correspondendo a um centro de Acuña com recepção de bola no peito e remate de primeira defendido a custo pelo guardião Matheus; na segunda, no minuto seguinte, quando dispara duas vezes (com o pé e a cabeça), mas o lance é anulado por fora-de-jogo milimétrico. Parece um verdadeiro reforço.

 

Dos 15 minutos iniciais. Início muito pressionante do Sporting, com o meio-campo bem povoado e lances rápidos, de bola ao primeiro toque. Aos 20', o Braga já tinha equilibrado a partida, que foi dominando a espaços. Voltámos a ser melhores nos dez minutos finais, quando já se jogava muito mais com o coração do que com a cabeça. Pouco antes, Matheus impedira o golo a Wendel e a Jovane - em ambas as ocasiões aos 75', momentos antes do golo da equipa anfitriã, de algum modo contra a corrente de jogo. Aos 88', Vietto fez um forte remate cruzado, levando a bola a sobrevoar a barra. Aos 90'+2, um tiro de Jovane foi travado por Esgaio - jogador que formámos e que seria titular indiscutível neste Sporting, muito acima de Ristovski e do desaparecido Rosier.

 

De ver Bruno Fernandes no estádio. Agora titular do Manchester United - e melhor em campo no confronto de ontem com o Wolverhampton - o nosso ex-capitão assistiu ao desafio na tribuna do estádio bracarense, apoiando aqueles que até há muito pouco eram seus colegas de equipa. Provavelmente sentiu vontade de saltar lá para dentro. Infelizmente não contaremos mais com ele.

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