Rescaldo do jogo de hoje
Não gostei
Da derrota. Acabou-se um mito: o de que Silas, o quinto treinador da era Varandas, não perdia para jogos do campeonato devido à estrelinha da sorte. O Sporting foi hoje levado ao tapete pelo Tondela, oitavo da tabela classificativa: perdemos 0-1, com o golo da equipa beirã a ser marcado aos 88', em lance de bola parada. Na nossa primeira derrota fora de casa nesta Liga 2019/2020.
Da exibição. Uma vez mais, os nossos jogadores arrastaram-se em campo - designadamente durante toda a primeira parte - sem intensidade, com extrema lentidão e movimentos mais que previsíveis. Perdi a conta à quantidade de vezes em que os centrais - hoje Ilori e Coates - trocaram a bola entre si, sem arriscarem um centímetro de organização ofensiva. A primeira defesa de Cláudio Ramos aconteceu só aos 57', de bola parada.
Do desperdício na linha de golo. Imperdoável, o falhanço de Miguel Luís aos 33': sem marcação, a dez metros da baliza, foi muito bem servido por Ristovski mas desperdiçou este lance atirando por cima da trave.
Das bolas atiradas para a bancada. Bruno Fernandes por duas vezes (84' e 86'), Vietto (74') e Miguel Luís (76') pareciam participantes num concurso para ver quem conseguia metê-la tão longe quanto possível da baliza, talvez até fazendo-a sair do estádio.
Da incompreensível troca de Luiz Phellype por Jesé. A precisar de vencer o jogo, Silas mandou sair o nosso único ponta-de-lança aos 63', trocando-o pelo inócuo "avançado-centro" espanhol. Passámos a jogar com menos presença na área quando se impunha precisamente o contrário.
Da nulidade ofensiva. Ao fim de 19 jogos seguidos a marcar, desta vez ficámos em branco.
Que o golo do Tondela tenha sido marcado por um jogador formado em Alcochete. O central Bruno Wilson - neto de Mário Wilson - apontou de cabeça, na sequência de um livre, sobrepondo-se a Ristovski e Rafael Camacho neste lance. Parece sina nossa, sofrermos golos marcados por profissionais que formámos.
Do balanço provisório desta temporada futebolística. Acumulamos sete derrotas e sete vitórias em jogos oficiais, com 12 golos sofridos em dez partidas do campeonato.
Gostei
Da hora do jogo. Enfim, iniciámos uma partida ainda antes do pôr do sol.
Do estado da relva. Apesar da chuva incessante que foi caindo, o tapete verde manteve-se globalmente em bom estado.
Do guarda-redes do Tondela, Cláudio Ramos. Aos 57' e 67', defendeu dois livre que levavam selo de golo. Marcados por Bruno Fernandes, o nosso jogador menos mau.
Da estatística de posse de bola. Esteve 64% em nosso poder. Mas sem produção ofensiva, como sucedeu, esta percentagem não serve para nada.
Do apoio dos adeptos. Grande parte dos mais de quatro mil espectadores estava de cachecol verde e branco. Não faltou incentivo à nossa equipa do princípio ao fim.