Rescaldo do jogo de hoje
Gostei
Da nossa vitória em Vila do Conde. Estreia auspiciosa do técnico holandês Marcel Keizer ao comando da equipa leonina no campeonato nacional. Num campo tradicionalmente muito difícil, frente a um bem organizado Rio Ave (sexto no campeonato), abrimos o marcador logo aos 8' e controlámos sempre a partida, impondo à turma anfitriã a primeira derrota em casa neste ano de 2018. Por 3-1 - golos de Bruno Fernandes, Bas Dost e Jovane. Desde 2004 que não vencíamos aqui por dois de diferença.
De Bruno Fernandes. Marcou o golo inicial do Sporting: e vão dez nesta temporada. Terceiro desafio consecutivo a facturar, após ter acertado contra o Lusitano Vildemoinhos e o Qarabag (dois). Foi o homem do jogo, tendo sido peça essencial no meio-campo leonino e autor da assistência para o terceiro golo. É um dos jogadores que mais têm subido de forma desde a chegada de Keizer a Alvalade.
De Nani. Outra exibição muito positiva. Assistiu Bruno Fernandes, com uma tabelinha, no golo inaugural. E é dos pés dele, com uma temporização perfeita aguardando a desmarcação de Acuña, que começa a ser desenhado o nosso segundo.
De Bas Dost. Não teve uma actuação brilhante, mas voltou a cumprir o essencial, marcando um golo. O nosso segundo e o sexto dele na Liga 2018/2019, aproveitando da melhor maneira, com um cabeceamento impecável, um cruzamento perfeito de Acuña aos 23'.
De Jovane. Como de costume, começou no banco. O treinador mandou-o entrar aos 69'. Três minutos depois, com um disparo de fora da área, marcou o terceiro golo leonino, de longe o melhor deste desafio e candidato a melhor golo da jornada. Um fortíssimo remate cruzado, ao ângulo mais distante da baliza do Rio Ave, sem hipóteses de defesa.
De Renan. Pareceu mal posicionado no lance de livre (aliás inexistente) de que resultou o golo da equipa vilacondense, aos 12'. Mas redimiu-se com um punhado de grandes defesas, impedindo o golo em três ocasiões: duas vezes aos 63', com poucos segundos de intervalo, e aos 88', travando um disparo quase à queima-roupa de Fábio Coentrão. Nota positiva para o guardião brasileiro.
Do nosso meio-campo. Domínio evidente do tridente formado por Gudelj, Bruno Fernandes e Wendel, superando as melhores expectativas de quem estava longe de supor que ao fim de apenas três jogos em conjunto este núcleo de profissionais leoninos já estivesse tão afinado. Grande mobilidade, rapidez na reacção à perda de bola e construção com processos simples, quase sempre ao primeiro toque, aproveitando situações de vantagem numérica.
Da nossa vocação ofensiva. Treze golos marcados nos últimos três desafios, todos já sob o comando do técnico holandês. Marcel Keizer não podia ter sonhado com melhor estreia no comando do Sporting: balanço muito positivo.
Dos aplausos dos adeptos leoninos a Coentrão. O ex-lateral esquerdo leonino recebeu uma calorosa ovação dos sportinguistas presentes no estádio dos Arcos e mostrou-se francamente sensibilizado. Depois, na entrevista rápida, afirmou convictamente: «Serei sempre do Sporting.» Exemplos evidentes de que nem sempre a gratidão está ausente do mundo do futebol.
Da nossa posição na tabela classificativa da Liga. Seguimos em segundo, a dois escassos pontos do FC Porto, continuando a depender só de nós. Tudo continua a ser possível.
Não gostei
De Diaby. Foi hoje o elemento menos em evidência no onze titular do Sporting, apesar de quase ter marcado um golo, aos 22'. Parece algo deslocado da ala direita, onde Raphinha e Jovane têm brilhado mais.
Do excesso de cartões a jogadores do Sporting. Carlos Xistra, que adora exibi-los, mostrou amarelos a Acuña, Gudelj, Coates, Bas Dost e Diaby. Como se tivesse havido ali uma batalha campal.
Da hora a que se disputou o jogo. O pontapé de saída ocorreu só às 20.15, em véspera de um dia de trabalho. Começa a ser uma tendência nada propícia a grande afluência aos estádios. Não haverá modo de dar a volta a isto?