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És a nossa Fé!

Rescaldo do jogo de hoje

Não gostei

 

Da derrota em Braga. Tal como no ano passado, quando perdemos na Pedreira, repetimos hoje ali o resultado negativo, pelos mesmos números: 0-1. Um resultado que se adequa às expectativas: infelizmente, com o plantel curto que temos esta época e as lesões que vão afectando jogadores nucleares, não seria de aguardar muito melhor.

 

Das ausências de Bas Dost e Mathieu. Ficou ainda mais evidente, neste confronto com o Braga, como nos falta um avançado posicional na área. Sem o internacional holandês perdemos claramente poder ofensivo: Montero nem de perto se assemelha ao nosso ponta-de-lança titular, que permanece afastado por lesão. Também o ex-Barcelona é um elemento nuclear: a equipa ressente-se com a ausência dele. Aparentemente, estará fora das convocatórias durante um mês.

 

Da meia hora inicial. Nem um remate enquadrado com a baliza. Muita posse de bola, mas quase sempre inconsequente. Faltou poder de fogo, faltou capacidade de fazer rolar a bola com mais intensidade: a equipa bracarense entrou claramente melhor.

 

Da perda do combate no meio-campo. A partir dos 60', o treinador do Braga reforçou o miolo do terreno, alcançando supremacia sobre o Sporting. Mexeu mais cedo e mexeu melhor do que o técnico leonino. Com reflexos no resultado.

 

Do golo sofrido. Tinhamos superioridade na ala (dois contra um) e na grande área (quatro contra três). Mesmo assim, deixámos Eduardo e Dyego Sousa fazerem o que quiseram. Descalabro colectivo no lance que decidiu a partida. 

 

De Montero. Muitos dos nossos leitores vaticinaram que ele marcaria hoje na Pedreira. Pecaram todos por excesso de optimismo. A verdade é que o colombiano nem andou lá perto. Ainda tentou um remate de meia distância, no tempo extra da primeira parte, mas saiu-lhe frouxo, sem perigo algum. Andaremos muito mal se precisamos dele para conseguir vitórias.

 

De Castaignos. Aos 72', José Peseiro trocou Montero pelo avançado holandês. Que, para não variar, foi uma nulidade: continua totalmente divorciado dos golos e parece jogar com tijolos no lugar das chuteiras. 

 

Da entrada tardia de Jovane. Vai-me custando perceber por que motivo o jovem extremo caboverdiano permanece arredado do onze titular. Hoje entrou apenas aos 72': ficou a impressão de que o Sporting beneficiaria se tivesse contado com ele mais cedo. Não por acaso, Jovane protagonizou o melhor momento do desafio, aos 88', numa jogada individual em que vai fazendo sucessivas simulações, afastando três adversários do caminho, e remata para defesa apertada do guarda-redes Tiago Sá.

 

Da entrada tardia de Diaby. Pisou o relvado só a partir dos 85', substituindo o irregular Gudelj, quando Castaignos já estava havia 13 minutos em campo. Caso para nos questionarmos se não devia ter sido ele o primeiro avançado a sair do banco para mostrar enfim o que vale de verde e branco.

 

De ver ex-sportinguistas participarem na nossa derrota. Desde Abel Ferreira - um dos melhores técnicos da Liga portuguesa, afastado de Alvalade há dois anos por motivos nunca explicados - até jogadores como Esgaio e Wilson Eduardo: temos uma tendência incontrolável para pormos profissionais competentes à distância.

 

De ver o Sporting ultrapassado na classificação. Benfica, FC Porto e o próprio Braga já estão à nossa frente no campeonato.

 

 

Gostei

 

De Raphinha. Hoje não marcou, mas esteve muito próximo. Com dois disparos que rasaram o poste, aos 73' e aos 82'. Fez um excelente cruzamento aos 76' que Coates desperdiçou. E poderia ter marcado mesmo se Bruno Fernandes, em vez de ter optado por fazer tudo sozinho, lhe tivesse endossado a bola aos 75': Raphinha estava em posição frontal para a baliza e dificilmente falharia. 

 

Do grande remate de Nani. Cabeceamento perfeito do nosso capitão, na sequência de um livre apontado por Bruno Fernandes, aos 35'. A bola foi para o ângulo mais difícil, mas o guarda-redes, em voo, conseguiu desviá-la in extremis. Esteve quase a ocorrer um daqueles golos capazes de fazer levantar um estádio.

 

De Acuña. Adaptado a lateral esquerdo, em benefício da equipa, torna-se uma mais-valia. Não apenas na manobra ofensiva, onde mantém intactas as qualidades que já lhe conhecíamos, como sobretudo em missões defensivas, onde participa nas acções de cobertura com mais eficácia do que Jefferson - desde logo porque nunca desiste de um lance e tem um compromisso com a equipa claramente superior ao brasileiro.

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