Rescaldo do jogo de hoje
Gostei
De ver o Sporting vencer o Tondela esta noite em Alvalade. Após dois empates em casa frente a esta mesma equipa nas duas épocas anteriores (os dois pontos que deixámos fugir há dois anos ter-nos-iam valido o título de campeões nacionais), desta vez demos um pontapé nessa brevíssima e disparatadíssima tradição, superando outro obstáculo no caminho do título que queremos festejar em Maio. O triunfo, por 2-0, valeu-nos mais três pontos. E vão dezoito: seis jogos, seis vitórias.
De Bruno Fernandes. Outra excelente exibição do nosso médio ofensivo - talvez o mais vibrante jogador a actuar neste momento no campeonato português. Voto nele como melhor em campo. Não apenas pelo grande golo que marcou aos 72', num fortíssimo remate de meia-distância, mas por ter sido crucial na construção do nosso jogo ofensivo. Leva quatro jogos consecutivos a marcar.
De Mathieu. Partida quase perfeita do central francês, que hoje se estreou a marcar pelo Sporting, logo aos 12', na cobrança perfeita de um livre directo. Um míssil que saiu do seu pé esquerdo - indefensável para o guardião do Tondela. Na organização defensiva teve a influência a que nos vem habituando desde que começou a jogar de verde e branco.
De William Carvalho. Havia já por aí uns "analistas" da treta a especular sobre o estado anímico do melhor médio defensivo português, que - felizmente para nós - viu gorada a transferência para o West Ham. O nosso capitão responde em campo a esses tontos, desmentindo-os em toda a linha. Frente ao Tondela, ganhou quase todos os confrontos e chegou a recuperar bolas em três ocasiões fazendo frente a dois adversários em simultâneo. No passe ofensivo, a mesma eficácia: foi dele a assistência para o golo de Bruno Fernandes. E poderia até ter marcado, aos 83', quando rematou ao poste.
Do regresso de Fábio Coentrão. Com ele no onze titular, o nosso corredor esquerdo fica muito mais compacto. Foi o que aconteceu. Não por acaso, o Tondela acabou por canalizar o seu esporádico fluxo atacante quase sempre pela ala oposta. Falta agora a Coentrão aprimorar a condição física. De qualquer modo, quando foi substituído, aos 81', recebeu uma sentida e merecida ovação.
Da nossa eficácia nas bolas paradas. Noutros campeonatos, decorriam meses sem vermos o Sporting marcar um golo de livre ou surgido de um canto. O treino específico, nesta área, está a produzir bons resultados, como o golo marcado por Mathieu bem demonstrou.
De termos superado o "efeito Champions". Ao contrário do que sucedeu em anos anteriores, em que acusava o peso físico e anímico das competições europeias, a equipa não claudicou nem antes nem depois da partida disputada em Atenas.
Da mobilização nas bancadas. Estivemos 42.401 em Alvalade. Apoiando a equipa do princípio ao fim.
Da homenagem póstuma a Maria de Lourdes Borges de Castro. Um minuto de aplausos intensos, antes do apito inicial, à nossa sócia n.º 4, falecida há dias. Com 94 anos de vida e de associada.
De ver Cristiano Ronaldo hoje em Alvalade. O melhor jogador do mundo, adepto e sócio do Sporting, teve direito a um cântico das claques e ajudou a moralizar ainda mais a nossa equipa com a sua presença na tribuna.
Que o Sporting tenha de momento o melhor ataque do campeonato. Quinze golos marcados nestes seis jogos da Liga 2017/2018.
Do resultado ao intervalo. Ganhávamos por 1-0, o que nos sabia a pouco.
De Iuri Medeiros. Decepcionante estreia a titular neste campeonato, para o lugar habitualmente ocupado por Gelson Martins. Podia e devia ter feito muito melhor. Aos 24', bem assistido por Bas Dost e sem oposição da muralha defensiva do Tondela, teve uma das melhores oportunidades do jogo. Mas desperdiçou-a atirando ao lado.
De Alan Ruiz. Fez um bom remate à baliza, aos 40', que o guarda-redes defendeu em esforço. Mas continua a faltar-lhe intensidade e velocidade. Não aproveitou a segunda oportunidade como titular da equipa que o treinador lhe concedeu.
Do árbitro Manuel Oliveira. Foi complacente com o jogo duro e até violento do Tondela, nomeadamente com uma agressão a Alan Ruiz que merecia cartão vermelho e nem chegou a ser sancionada com falta. Fechou os olhos a múltiplas cargas sobre Acuña e Bruno Fernandes no limite da ameaça à integridade física dos nossos jogadores. E acabou por mostrar o primeiro cartão amarelo da partida, iam decorridos 74 minutos, precisamente a Bruno Fernandes - premiando assim, por contraste, o jogo faltoso da equipa beirã. Um critério disciplinar inaceitável.