Rescaldo do jogo de hoje
Não gostei
Da derrota em Alvalade, por 1-3, de um Sporting irreconhecível frente ao Belenenses. Falhou tudo nos jogadores comandados por Jorge Jesus: energia, criatividade, talento, velocidade, ousadia, atitude, firmeza, vontade. Parabéns pela vitória à equipa liderada por Domingos Paciência. Há 62 anos que a turma de Belém não vencia no nosso estádio.
Do desempenho dos jogadores. De nenhum. O menos mau foi Bruno César por ter marcado o nosso golo solitário, aproveitando com felicidade um ressalto, "assistido" pela trave.
Da nossa defesa. Um susto, sobretudo na segunda metade do tempo complementar. A quantidade de vezes que é batida em lances de bola parada perante equipas que até parecem inofensivas, como foi hoje o caso, põe os nervos em franja ao mais calmo dos adeptos.
Do nosso ataque. Toda a primeira parte sem um só remate à baliza. Mesmo com um público entusiasta, que acorreu em grande número a Alvalade aproveitando o sol matutino (o jogo começou às 11.45) e o facto de ser dia das Mulheres com Garra, já com tradição leonina. O primeiro remate aconteceu só aos 52',na marcação do nosso único golo. E mesmo assim com bastante sorte à mistura. Fica quase tudo dito sobre o paupérrimo desempenho da linha atacante do Sporting.
Da nossa incapacidade de aproveitar as oportunidades. O FC Porto tinha cedido mais um empate, na véspera. Tínhamos uma hipótese soberana de encurtar distância em relação ao periclitante segundo lugar portista - afinal ficámos ainda mais longe dessa posição. Como se o treinador Jorge Jesus e os jogadores quisessem associar-se à celebração antecipada do título benfiquista.
Das ausências de Gelson Martins, Podence e Alan Ruiz - os primeiros por castigos, o último por lesão. Confirma-se: há mesmo jogadores insubstituíveis. Gelson acima de todos. Alguém tinha dúvidas?
Das substituições. Jesus mexeu mal na equipa - e mexeu mal, alterando o dispositivo táctico. Se até esse momento (em 4-3-3) o fio de jogo do Sporting era débil, a partir daí (em 4-4-2) tornou-se num desastre. Numa espécie de salve-se quem puder.
De Castaignos. Tinha pensado não destacar pela negativa nenhum jogador, pois foram todos maus, mas não resisto: quem foi o responsável pela contratação desta abécula anunciada como "reforço do nosso ataque" e que termina a época sem conseguir fazer sequer meio-golo? Hoje este holandês ainda conseguiu o prodígio de colocar em jogo um elemento adversário, possibilitando-lhe a marcação do terceiro golo azul.
Gostei
Da alegria das nossas jogadoras de râguebi, celebrando ao intervalo, no relvado, a conquista de um troféu. E foi só.