Rescaldo do jogo de hoje
Gostei
De vencer mais um clássico. Foi a nossa quinta vitória da temporada frente às duas outras equipas consideradas grandes do futebol português. Uma vitória categórica fora de casa frente ao FC Porto, por 3-1. Uma vitória que gelou o Dragão - onde não ganhávamos há nove anos para o campeonato.
De João Mário. Uma partida fantástica do nosso internacional que hoje jogou essencialmente como ala direito, confirmando-se como o melhor jogador jovem do campeonato português - e também o melhor em campo neste clássico. Fez duas excelentes assistências para golo: aos 23' (o primeiro) e aos 85' (o terceiro).
De Slimani. O grande artilheiro desta ponta final da Liga 2015/16, sem sombra de dúvida. Hoje voltou a marcar mais dois golos: o segundo, de cabeça, foi extraordinário. Já soma 26: é o segundo melhor marcador do Sporting deste século, só ultrapassado por Jardel em 2001/02. E promete não ficar por aqui.
De Adrien. Outra grande exibição, deixando já antever um promissor Campeonato da Europa em França, onde será certamente titular. Fez tudo bem, como obreiro essencial da nossa organização colectiva. E com uma forma física invejável.
De William Carvalho. Também ele contribuiu - e de que maneira - para o indiscutível domínio leonino na faixa central do terreno, complementando as actuações de Adrien e João Mário. Foi ali mesmo que o Sporting começou por vencer este desafio.
De Rui Patrício. Teve defesas decisivas ao longo da partida. Aos 7', após recarga. Aos 47', num remate à queima-roupa. Aos 74', travando muito bem um livre directo. Transmitiu confiança à equipa.
Da qualidade global do jogo. Foi um verdadeiro clássico, intenso e emotivo, disputado com grande velocidade. Um bom espectáculo de futebol.
Da superioridade leonina. Fomos superiores em quase todas as etapas do jogo, excepto nos dez minutos que se seguiram ao golo solitário do FC Porto, obtido de grande penalidade. Com determinação, força de vontade e clara supremacia técnica.
Do factor sorte. Desta vez esteve do nosso lado. Com uma bola do FCP ao poste (por Herrera aos 7') e outra à barra (por Sérgio Oliveira aos 51').
Do entusiástico apoio dos adeptos leoninos. Alguns milhares de espectadores pintaram de verde as bancadas do Dragão e nunca deixaram de puxar pela nossa equipa.
De termos conservado a distância de dois pontos em relação ao SLB. Ultrapassámos o obstáculo mais difícil desta recta final da Liga, mantendo intactas as nossas aspirações ao título. O campeonato vai disputar-se palmo a palmo até ao fim. É, desde já, um dos mais renhidos de sempre.
De termos superado mais um marco. Nunca tínhamos ganho dois clássicos fora no mesmo campeonato. Superámos mais esta barreira. Com cinco golos marcados (três ao SLB, dois ao FCP) e só um sofrido (hoje, de penálti).
Não gostei
Do cartão mostrado a Adrien aos 73'. Uma jogada casual, como há centenas de outras em todas as jornadas, foi sancionada com amarelo por Artur Soares Dias. Não havia necessidade.
Da descrença do público afecto ao FC Porto. Mal Bruno César marcou o terceiro golo do Sporting, iam decorridos 85 minutos, registou-se uma debanda geral no Dragão. Interrogo-me se entre esses adeptos estaria o Miguel Sousa Tavares, que há quatro dias garantia no jornal A Bola: "Sosseguem, benfiquistas, o FC Porto vai travar o Sporting."