Rescaldo do jogo de hoje
Gostei
Da vitória. Passámos hoje para a próxima fase da Liga Europa, vencendo de forma categórica o Besiktas, que lidera o campeonato turco. Um triunfo que ninguém discute.
Da parada alta de Jorge Jesus. Não faltaram profetas da desgraça vaticinando que o treinador leonino iria fazer entrar em campo uma "segunda equipa" por não dar prioridade às competições europeias. Enganaram-se. O nosso técnico não poupou efectivos. Percebeu-se desde o início que só pensava em ganhar.
Das substituições. Gelson Martins, Teo Gutiérrez e Matheus Pereira saltaram do banco na segunda parte para dar mais dinâmica e eficácia à equipa. Prometiam e cumpriram: Jesus acertou em cheio.
Dos três golos em dez minutos. Primeiro Slimani, aos 67', após excelente passe de Bryan Ruiz, numa jogada de antecipação que colheu o guarda-redes adversário de surpresa. Depois Bryan, aos 72', num remate muito bem colocado, de inegável mestria técnica. Finalmente Teo, aos 77', servido por Gelson - num lance individual de excelente execução após driblar um defesa turco.
De Bryan Ruiz. Marcou em Istambul, marcou em Moscovo, voltou a marcar neste desafio. O capitão da selecção da Costa Rica foi uma vez mais decisivo numa partida internacional de verde e branco. Marcando e dando a marcar frente ao Besiktas.
De João Mário. Fez a diferença, uma vez mais, com a sua qualidade de passe. Melhora de jogo para jogo, tanto a jogar na ala como na posição de médio interior. Vê-se que tem progredido muito sob o comando de Jesus.
De Gelson Martins. Sacudiu o ataque leonino, fazendo esquecer de imediato o entorpecido Montero. Dinamizou a equipa, lançou-a para a frente e coroou a exibição com uma assistência para golo.
Da saúde psicológica da nossa equipa. Pelo segundo desafio consecutivo na Liga Europa, damos a volta com sucesso a uma situação de desvantagem no marcador. Demonstrando que não baixamos os braços e continuamos a lutar pela vitória mesmo quando estamos temporariamente a perder.
Não gostei
Da primeira parte. Apatia, lentidão, descoordenação: os primeiros 45 minutos não estiveram ao nível das aspirações leoninas. Adiámos tudo para o segundo tempo.
De João Pereira. Uma vez mais, o nosso lateral direito foi batido diversas vezes em velocidade na sua ala. E ofereceu de bandeja a bola aos adversários no lance que gerou o golo turco.
De Montero. Jorge Jesus apostou nele como titular mas cedo se arrependeu. O colombiano já não regressou para a segunda parte - em benefício da equipa. Foi uma nulidade.
Da infantilidade de Teo Gutiérrez. Mal marcou o golo correu para o árbitro e surripiou-lhe o spray para tentar pintar qualquer coisa no relvado. Um gesto disparatado que lhe valeu um cartão amarelo.