Rescaldo do jogo de hoje
Gostei
Do regresso de William Carvalho à competição. Mereceu aplausos de pé, aos 69', a entrada em campo do nosso grande médio após três meses de paragem forçada por lesão.
De Slimani. Admirável entrega do argelino ao jogo, do primeiro ao último minuto. Foi sempre o mais inconformado dos nossos jogadores. Marcou um golo limpo, absurdamente ilegalizado pelo árbitro. E viu um cabeceamento à baliza desviado pela mão de um defesa do Boavista que o árbitro não sancionou com grande penalidade, como se impunha. O melhor em campo - até porque jogou sempre contra 12.
De Adrien. Desequilibrou no meio-campo, como já habituou os adeptos. É raro o lance individual que não ganha. Lutador com fibra, sempre com garra leonina. E sem perder a visão panorâmica do terreno.
Da nossa segunda parte. Bastante melhor do que a primeira, quando Jorge Jesus reforçou as alas para quebrar a muralha defensiva do Boavista. Só apetece questionar porque demorou tanto tempo a fazer esta alteração táctica. Quase funcionou: pelo menos revelámos mais objectividade e maior acutilância.
Do relvado do Bessa. Voltou a relva natural ao estádio, proporcionando melhor circulação de bola. Felizmente o sintético passou à história.
Que não tivéssemos sofrido golos. Segundo jogo consecutivo com a nossa baliza invicta.
Da classificação. Continuamos em primeiro, com 14 pontos, em igualdade com o FC Porto. Até agora tudo bem.
Não gostei
Do autocarro axadrezado. Petit mandou estacionar oito jogadores dentro da sua grande área. Quase nem pareceu um jogo de alta competição: isto explica grande parte da mediocridade do campeonato português.
Que tivéssemos terminado o jogo em branco. Foi a primeira vez que não marcámos desde o início da temporada.
Que tivéssemos perdido a hipótese de nos isolarmos na liderança do campeonato. Depois do empate de ontem do FCP em Moreira de Cónegos, uma vitória nossa hoje deixar-nos-ia sem par no topo da classificação.
Do golo anulado a Slimani. Aos 28' o argelino ergueu-se bem e cabeceou com êxito para o fundo das redes. O árbitro Artur Soares Dias anulou o golo por pretensa falta de Slimani que ninguém viu.
Do penálti perdoado ao Boavista. Minutos depois, novamente a remate de Slimani, o defesa Paulo Vinicius desviou com a mão a bola que se encaminhava para a baliza. O árbitro Soares Dias não viu este penálti mais que evidente.
De um fora-de-jogo mal assinalado a João Pereira. Iam decorridos 38' quando o nosso lateral direito ganha a bola e se dirige com ela rapidamente rumo à baliza. Jogada abortada por pretensa deslocação que nunca existiu. Outro erro grosseiro da equipa de arbitragem liderada por Soares Dias.
Do livre perigoso perdoado ao Boavista. Aos 59', um carrinho de Afonso Figueiredo ceifou Gelson Martins em cima da linha da grande área. Uma falta que todos viram excepto o árbitro Soares Dias.
Da arbitragem de Artur Soares Dias. Pelos motivos que expus acima.