Rescaldo do jogo de hoje
Gostei
Da vitória em Alvalade frente ao Nacional. Foi o quinto triunfo consecutivo no nosso estádio. Há 20 jogos que não perdemos em casa.
Da segunda parte. Assim que o treinador mexeu na equipa, ao intervalo, o Sporting ganhou dinâmica, intensidade e circulação de bola. Com resultados visíveis: os dois golos ocorreram neste período. Por outras palavras: jogámos melhor com Adrien, Carrillo e João Mário do que com Capel, Rosell e Tanaka.
De Montero. Segundo jogo consecutivo como titular, quatro golos apontados. Voltou a fazer a diferença, creditando-se novamente como o melhor em campo. Soltou-se muito mais e mostrou-se ao melhor nível no sistema táctico da segunda parte, sobretudo aos 71', quando Marco Silva recuperou o 4-3-3 clássico da equipa. Mas já aos 20' tinha dado o primeiro sinal, rematando de cabeça na sequência de um canto com a bola quase a rasar o poste.
De Carrillo. Jogou toda a segunda parte e ajudou a fazer a diferença. Imprimindo velocidade, intensidade e qualidade ao nosso corredor direito. Foi dele a assistência (mais uma!) para o primeiro golo, aos 57', com Montero a corresponder da melhor maneira. Manteve sempre em sentido a defesa do Nacional.
De Cédric. Incansável a percorrer a sua ala - e sem oscilações, mantendo o bom nível exibicional do princípio ao fim. Falta-lhe melhorar no capítulo dos cruzamentos, o que se consegue com sessões específicas de treino. Percebe-se que luta com Miguel Lopes pela titularidade da lateral direita. E luta com as armas apropriadas a um Leão: mostra-se enérgico e audaz, contribuindo para o jogo colectivo. De cabeça bem levantada.
De Ewerton. Agarrou a titularidade. E continua a dar boas provas, de jogo para jogo. Atento, enquadrado, muito concentrado. Desarma os adversários com uma eficácia impressionante. Além disso é raro a bola não sair bem colocada dos pés dele, constituindo assim um pilar da defesa - e do início do processo ofensivo. Confirma-se: foi uma excelente contratação de Inverno.
De Carlos Mané. Algo intermitente, como já nos habituou. Mas estava lá no momento certo. Deu um suplemento de qualidade à equipa. Aos 77' fez levantar as bancadas em Alvalade com uma excelente jogada individual em que percorreu metade do terreno com a bola controlada. E foi dele o potente remate, no último minuto, que esteve na origem da recarga de Montero da qual nasceu o nosso segundo golo. No final da primeira parte foi carregado em falta, quase em cima da linha da grande área - falta clara, a que o árbitro Cosme Machado fez vista grossa.
Do entusiasmo no estádio. Quase 32 mil espectadores compareceram hoje em Alvalade. Confirmando a certas aves agoirentas que os adeptos continuam sem reservas ao lado da equipa.
Do terceiro lugar confirmado no campeonato. A matemática não engana: já ninguém nos tira o acesso às pré-eliminatórias da Liga dos Campeões.
Não gostei
Da nossa primeira parte. Marco Silva voltou a apostar no 4-4-2, com Montero e Tanaka na frente e um meio-campo constituído por Rosell, André Martins, Carlos Mané e Capel. A aposta desta vez não resultou. A bola era transportada com extrema lentidão e de forma deficiente, faltando um jogador que soubesse ligar bem os sectores.
De Capel. Segundo jogo a titular nesta temporada - e novamente uma profunda decepção. Falhou passes, não acrescentou profundidade ao nosso jogo, passou ao lado de uma grande oportunidade - talvez a última no Sporting. Foi bem substituído ao intervalo por Carrillo, enquanto Rosell dava lugar a Adrien. Em ambos os casos com notória vantagem para a equipa.
Que o "professor" Manuel Machado tenha deixado hoje o Ai Pode no bolso, não recorrendo a ele para justificar a derrota. Perdeu-se um novo momento de stand-up comedy na televisão.