Rescaldo do jogo de hoje
Gostei
De vencer em Setúbal. Algo que já não nos acontecia desde Dezembro de 2010 - ainda por cima triunfámos sem quatro titulares a actuar de início. Nas últimas três épocas tínhamos perdido duas vezes e empatado outra no Bonfim.
Das surpresas de Marco Silva no onze titular. Além de Carlos Mané, no lugar do castigado Nani, jogaram de início Rosell em vez de William Carvalho e Tanaka alinhando na frente do ataque, onde tem actuado Slimani. Apostas ganhas: basta mencionar que os nossos dois golos foram (muito bem) marcados por Carlos Mané e Tanaka.
De Adrien. O melhor em campo num jogo que não foi brilhante. Deu grande dinâmica ofensiva à nossa equipa, assumindo-se como protagonista na ligação entre a defesa e o ataque. Foi dele o soberbo passe de 40 metros que esteve na origem do segundo golo leonino. Mereceram aplauso diversos outros passes em profundidade, lançando Tanaka (68'), Jefferson (86') e Carrillo (90'), por exemplo.
De Miguel Lopes. Evidenciou-se novamente em dimensões importantes das tarefas que lhe são confiadas enquanto lateral direito: velocidade, capacidade de drible e qualidade de passe. Foi dele a assistência para o primeiro golo, marcado aos 38'. Baixou de rendimento na segunda parte, devido a aparentes problemas de ordem muscular, mas voltou a justificar a titularidade.
De Tanaka. Autor de um golo de excelente execução técnica, aos 44', o japonês provou que continua a merecer confiança do treinador, ultrapassando Montero como segunda opção na posição de ponta-de-lança. E reforçou a posição, no plantel principal, como jogador com melhor relação entre minutos de jogo e golos marcados.
De duas excelentes oportunidades, uma em cada metade do jogo, só travadas por grandes defesas de Raeder, o guardião sadino. Uma de cabeça, por Paulo Oliveira, após canto muito bem marcado por Jefferson (29'). Outra, um tiro disparado a meia-distância por Carrillo (72'). Ambos mereciam ver estas oportunidades concretizadas em golos.
De confirmar que não estamos dependentes de Nani. Jogámos sem ele em 15 dos 46 jogos disputados nesta temporada, perdendo apenas dois. Hoje, novamente sem Nani, o resultado voltou a ser positivo.
De manter os sete pontos de distância em relação ao Braga. Depois desta 28ª jornada, consolidámos a nossa terceira posição na tabela classificativa.
Não gostei
Do início da segunda parte. Perdemos a bola em zona proibida e permitimos à equipa sadina reduzir o resultado, que nos era favorável (2-0) ao intervalo.
De termos superioridade numérica só durante dois minutos. À expulsão de Frederico Venâncio, por acumulação de amarelos, seguiu-se logo a de Ewerton, aos 64', também devido a um segundo amarelo - decisão sem pés nem cabeça de Olegário Benquerença num desafio que foi globalmente correcto em termos disciplinares. Pseudo-justiça salomónica deste árbitro fiel à sua fama de esbanjador de cartões e pseudo-vedeta dos relvados.
Dos sete cartões amarelos exibidos pelo senhor Benquerença a jogadores do Sporting. Tanaka, 29'; Jefferson, 31'; Ewerton, 62'; Ewerton, 65'; Miguel Lopes, 74'; Carrillo, 82'; Rui Patrício, 90'+2. Este árbitro vai reformar-se em breve, dizem. Já vai tarde.