Rescaldo do jogo de hoje
Gostei
De carimbar o acesso ao Jamor. Três anos depois, o Sporting volta a marcar presença na final da Taça de Portugal.
De ganhar. Mas cumpre reconhecer que o Nacional deu luta nas duas mãos. Lá, empatámos 2-2. Hoje a vitória foi tangencial, suada e tardia: só surgiu aos 85'.
De Ewerton. Autor do golo solitário, de cabeça, na sequência de um livre muito bem marcado por Jefferson. Confirma-se que foi um grande reforço para o Sporting: voltou a estar bem a defender, desta vez em parceria com Paulo Oliveira, revelando maturidade, segurança e qualidade de passe. Estreou-se a marcar pela nossa equipa. Golo merecido: é para mim o homem do jogo.
De Jefferson. Começou retraído, mas foi-se soltando à medida que o jogo progredia. Um dos melhores sportinguistas do segundo tempo, desequilibrando na sua ala em termos ofensivos. Participa na construção do golo: foi ele a marcar o livre ao qual Ewerton deu a melhor sequência.
De Carrillo. Muito batalhador, foi dos pés dele que saíram os melhores passes destinados a gerar golos, sobretudo na primeira parte. Serviu primorosamente Slimani aos 29', 33' e 60' - cruzamentos que infelizmente o argelino não aproveitou. Entendi mal a sua substituição por André Martins, aos 73': o peruano estava a ser um dos melhores em campo.
De Rui Patrício. Muito atento e seguro entre os postes. Fez três importantes defesas: aos 45'+1, 52' e 59'.
De ver os nossos jogadores com o equipamento Stromp. Salvo erro ainda não perdemos um jogo com esta bela camisola.
Que o Sporting permaneça invicto esta época no nosso estádio frente a equipas portuguesas. Até agora só o Chelsea venceu em Alvalade.
Não gostei
De sofrer tanto, uma vez mais. A tranquilidade só chegou aos 85'. A qualquer momento, se o Nacional marcasse num súbito contra-ataque, diríamos adeus à final no Jamor.
De tanta ansiedade da nossa equipa. Uma vez mais, muitas hipóteses de golos desperdiçadas (Slimani destacou-se hoje nesta matéria). Tivemos 17 cantos, mas fomos incapazes de aproveitar um só deles para nos adiantarmos no marcador. Houve mais coração do que razão.
Da falta de velocidade inicial. Quando acelerámos o jogo - no segundo tempo, enquanto permanecia o empate a zero - a diferença de classe entre o Sporting e o Nacional tornou-se logo mais notória. Podia e devia ter acontecido mais cedo.
De largos momentos do jogo. O Nacional soube anular algumas peças nucleares da nossa equipa - com destaque para William Carvalho e João Mário. Durante quase toda a primeira parte o nosso corredor direito mal funcionou. E no meio-campo sobraram passes falhados e faltou determinação nas recuperações de bola.
Do calendário da Taça de Portugal. A primeira mão desta meia-final tinha decorrido a 5 de Março. A segunda acabou de jogar-se mais de um mês depois. E só a 30 de Abril saberemos quem será o nosso adversário no Jamor: o Rio Ave-Sp. Braga disputa-se apenas nesse dia.