Rescaldo do jogo de hoje
Gostei
Da vitória. Derrotámos o Gil Vicente, de forma categórica. Regresso aos triunfos após dois empates no campeonato.
Do golo de Nani. Aos 69', o nosso extremo assinou uma obra de arte em Alvalade que fez levantar o numeroso público nas bancadas. Um disparo com o pé esquerdo, a 30 metros da baliza, que concorrerá justamente ao título de melhor golo deste campeonato. Um golo que basta para o classificar como melhor em campo, tanto mais que foi dele também a assistência para o primeiro, marcado por Tanaka. Estávamos a precisar de um Nani assim, regressando ao melhor nível.
De William Carvalho. Imprescindível. Pelos pés dele passaram praticamente todas as jogadas do Sporting. Voltou a ser fundamental na recuperação de bolas, travando as investidas do Gil Vicente, e ninguém passa tão bem como ele neste Sporting. Comporta-se como senhor absoluto na sua área de intervenção.
De João Mário. Outra partida de grande categoria. Enorme mobilidade, disponibilidade total para o jogo colectivo, um pulmão do tamanho do mundo. Desta vez sem o apoio de Adrien, que ficou no banco, agigantou-se como carregador de piano e pronto-socorro. Falta-lhe só ganhar confiança no disparo à baliza. Mas podia ter marcado se não tivesse sido carregado em falta dentro da grande área: um penálti evidente que só o árbitro não viu.
De Tanaka. Marco Silva apostou nele como ponta-de-lança titular, deixando Montero no banco. Aposta ganha: o japonês marcou o golo inaugural, aos 52', e esteve muito perto de marcar mais um, aos 85', proporcionando ao guarda-redes de Barcelos a defesa da noite. Já soma três golos no campeonato. Merece mais tempo de jogo, sem sombra de dúvida.
De Paulo Oliveira. Melhora de jogo para jogo. É já o patrão indiscutível da defesa. Hoje cortou tudo quanto passou por ele. Com uma segurança e uma autoridade dignas de registo.
Da aposta em Ryan Gauld. O treinador mandou entrar o jovem escocês aos 64', para o lugar de André Martins. Uma garantia de que confia nele. Gauld não sobressaiu mas ganhou rodagem e recebeu o claro incentivo das bancadas, o que também conta.
Do apoio do público. Éramos 42.098 hoje em Alvalade. Contrariando as carpideiras que já anteviam os adeptos de costas voltadas para a equipa, confundindo desejos com realidades.
De vencer também em número de portugueses. Jogámos com nove titulares nacionais. Jefferson (brasileiro) e Tanaka (japonês) eram as excepções.
De ver o Sporting marcar consecutivamente há 24 jogos. Totalizámos 52 golos de então para cá.
Não gostei
De André Martins. Jogou desta vez como titular: Marco Silva poupou Adrien (que já tinha quatro cartões amarelos) a pensar no jogo seguinte do campeonato, a disputar no Dragão. Mas o Sporting nada beneficiou com ele. Jogou para trás, complicou, nunca foi o motor de que a equipa precisava. Uma enorme decepção.
Da ausência de Cédric. O nosso lateral direito não jogou por castigo, mas voltará frente ao FCP. Ainda bem: precisamos dele nessa partida. O seu substituto, Miguel Lopes, é esforçado mas falta-lhe talento ao nível do titular. Centra muito mas raramente bem.
Dos remates falhados. Continuamos com um baixo índice de aproveitamento de remates. Aconteceu hoje, por exemplo, com Carlos Mané: por duas vezes, aos 23' e aos 32', teve oportunidades soberanas de marcar e acabou por desperdiçá-las.
Da primeira parte sem golos. O Sporting continua a transmitir a sensação de gostar de dar 45 minutos de tréguas aos adversários.
Do penálti que ficou por marcar. O árbitro Jorge Tavares fez vista grossa a um claro derrube de João Mário, logo aos 15'. Enquanto outros beneficiam do colinho, nós continuamos a ser vítimas da mais incompetente arbitragem portuguesa.
Fotografia minha, tirada ao fim da tarde de hoje em Alvalade