Rescaldo do jogo de hoje
Gostei
Do espectáculo em Alvalade. Duas grandes equipas defrontaram-se esta noite no nosso estádio proporcionando uma excelente partida a quem a viu, ao vivo ou através da televisão - sobretudo no segundo tempo, que foi de cinco estrelas. Uma daquelas partidas que fazem do futebol um festival de emoção e beleza.
Da nossa vitória. Ainda mais saborosa por ter sido tão disputada. A oitava seguida do Sporting, que só teve uma derrota no campeonato. Alguém aí falou em crise?
Dos primeiros 25 minutos da segunda parte. Foi um período em que o Sporting jogou a alta velocidade e com excelente desempenho técnico. Um dos melhores períodos da nossa equipa neste campeonato, justamente premiado com dois golos.
De Nani. Um golo marcado (o primeiro, com uma grande penalidade muito bem convertida aos 30') e uma assistência perfeita para outro (o terceiro, cruzando de pé direito para a grande área, onde apareceu João Mário a rematar com sucesso de cabeça). Continua a ser decisivo nos lances de ataque da equipa. Integra-se também no processo defensivo, sem tiques de vedeta.
De William Carvalho. Volta a estar ao nível a que nos habituou no ano passado. Uma espectacular recuperação de bola junto à linha final, aos 89', e o cruzamento que fez para Tanaka marcar o quarto golo definem bem a sua raça leonina. Foi crucial, em diversos lances, noutras recuperações e em passes milimétricos, colocando bolas à distância. Foi, para mim, o melhor jogador do Sporting numa partida que valeu mais pela prestação do conjunto do que pelos desempenhos individuais.
De João Mário. Melhorou muito de rendimento - como, aliás a totalidade da equipa - no segundo tempo, em que mostrou todos os seus recursos técnicos, nomeadamente a velocidade e o drible. Um período coroado justamente com o golo que marcou. De cabeça, a passe de Nani. Foi o terceiro do Sporting, aos 67'. E talvez o mais decisivo.
De Jefferson. Aos 92', já com o Sporting a ganhar 4-2, ainda fez um slalom de 70 metros com vontade de que a equipa ampliasse a vantagem. Outra excelente prestação do nosso lateral esquerdo, que aos 59' fez uma assistência para o segundo golo, marcado por Montero. Muito bem igualmente a defender: impediu dois iminentes golos do Rio Ave com cortes decisivos, aos 25' e aos 80'.
Da estreia de Tobias Figueiredo, aos 20 anos. Esteve globalmente bem neste seu primeiro jogo do campeonato nacional de futebol embora algo intranquilo, o que aliás se compreende. Bateu-se com brio mesmo nos momentos em que a nossa equipa se encontrava em inferioridade numérica, o que sucedeu com alguma frequência devido às rápidas incursões de Del Valle, Ukra e Hassan.
Da estreia de Ryan Gauld, aos 19 anos. Entrou aos 65', para o lugar de André Martins: outra estreia no campeonato português. Muito aplaudido pelo público, correspondeu da melhor maneira logo a seguir ao iniciar o lance do nosso terceiro golo, fazendo um "túnel" a Ukra e colocando a bola em Nani.
De Tanaka. Três golos em três jogos seguidos. Desta vez jogando apenas dez minutos, pois entrou aos 83', para o lugar de Montero. Marcou seis minutos depois, culminando da melhor maneira um lance de bola corrida, à ponta-de-lança. Um desmentido concludente aos que já garantiam que ele só sabia marcar de bola parada.
De ver nove portugueses a jogar hoje de verde e branco. Oito deles oriundos da nossa formação: Rui Patrício, Cédric, William, Tobias, João Mário, André Martins, Nani e Carlos Mané.
Não gostei
Da nossa falta de velocidade no primeiro tempo. O Rio Ave pressionou muito bem o Sporting aproveitando o ritmo lento a que os nossos jogadores trocavam a bola.
Das oportunidades de golo desperdiçadas. Contei seis do nosso lado. Em alta competição convém não haver tanto desperdício.
Dos dois golos na baliza leonina. Terminou assim um ciclo de seis jogos consecutivos sem sofrermos nenhum.