Rescaldo do jogo de hoje
Gostei
Da vitória. Num jogo em que o Sporting dominou por completo a equipa adversária, ganhar por 3-0 acabou por ser um resultado escasso. O Vitória de Setúbal quase não fez um ataque digno desse nome.
De Montero. Jogou muito bem e fez jogar ainda melhor. Teve um papel determinante na primeira meia hora do Sporting, em que dispusemos de cinco ou seis oportunidades de golo. Mandou uma bola ao poste nesse período. E aos 63' acabou por marcar um golo extraordinário, com um disparo a 40 metros da baliza, que fez levantar o estádio. O melhor em campo.
De Slimani. Causa dores de cabeça permanentes à defesa adversária. Voltou a acontecer hoje contra o V. Setúbal: movimenta-se a todo o momento na grande área, fixando os centrais em alerta permanente e desgastando-os com as suas desmarcações. E na altura certa aparece a cumprir o essencial da sua missão: marcar golos. Foi o que fez esta noite, por duas vezes: aos 62', marcando o primeiro do Sporting a passe de Jefferson, e aos 90'+3, a passe de Carrillo.
De Carlos Mané. Grande exibição do jovem extremo, sobretudo na primeira parte, com incursões contínuas no reduto defensivo do V. Setúbal, ganhando sucessivos confrontos individuais e cada vez mais rigoroso nos cruzamentos. Percebe-se o efeito das sessões de treino no seu desempenho, para bem da equipa.
Do dispositivo táctico. Marco Silva surpreendeu Domingos Paciência, treinador do V. Setúbal, deixando João Mário no banco e apostando num 4-4-2 que na primeira meia hora quase sufocou os setubalenses, incapazes de progredir no terreno.
Da estrelinha do treinador. Os jogos também se ganham no banco. Foi o que sucedeu a Marco Silva: fez duas substituições aos 60' para desfazer o zero-a-zero (Adrien e Carlos Mané deram lugar a João Mário e Carrillho). Três minutos depois já o Sporting ganhava 2-0.
Da atitude da equipa. O Sporting pressionou o tempo todo, em toda a largura e comprimento do terreno, e deu um banho de bola ao V. Setúbal. Sem acusar qualquer desgaste pós-ronda europeia. Venceu e convenceu.
Deste ciclo vitorioso. Registámos hoje a terceira vitória consecutiva. Depois dos triunfos em Espinho (Taça de Portugal) e da vitória em casa frente ao Maribor (Liga dos Campeões). Balanço destes três embates: 11 golos marcados e apenas um sofrido. Alguém falou em crise?
Do calor humano. A noite estava fria, mas éramos 34 mil a puxar pela equipa em Alvalade.
Não gostei
Do resultado ao intervalo. O empate a zero era manifestamente injusto. Por não reflectir minimamente o que se passara no relvado.
Dos golos desperdiçados. Foram muitos - e para todos os gostos. Mas nenhum tão flagrante como o remate à barra de Capel, aos 87', após excelente passe de Carrillo, com a baliza toda escancarada escassos metros à sua frente. Não podemos continuar a falhar golos destes.
Da exibição do V. Setúbal. Prestação medíocre da turma sadina. Domingos tem uma tarefa difícil, exigente e talvez ingrata pela frente.
Fotografia minha, tirada esta noite em Alvalade