Rescaldo do jogo de hoje
Gostei
Da vitória. Por números concludentes, perante um Marítimo que deu boa réplica na segunda parte. Num belo espectáculo, com muitos espectadores: éramos quase 38 mil esta tarde em Alvalade.
De ver Montero regressar aos golos em Alvalade. O colombiano marcou o quarto do Sporting - de longe o mais belo golo desta partida, com excelente recepção de bola no peito e disparando em semi-rotação, sem hipóteses para o guardião adversário.
De Nani. Voltou a ser elemento fundamental numa vitória leonina. É, sem dúvida, o melhor português a jogar neste campeonato. Toca violino e carrega piano ao mesmo tempo. Hoje fez um soberbo passe que deu origem ao segundo golo, marcou o canto que originou o terceiro e ainda serviu Capel, no minuto 90, para aquele que seria o quinto leonino, invalidado por fora de jogo do andaluz.
De João Mário. Outra exibição superlativa. Nunca desiste de uma bola: vai ao choque, cria linhas de passe, recupera lances que parecem perdidos. Prova evidente do seu talento foi o segundo golo do Sporting: rompeu a marcação, acreditou que marcaria - e marcou mesmo. Um golo muito festejado: foi o primeiro que assinou de leão ao peito no campeonato, à ponta-de-lança.
De Adrien. A qualidade do meio-campo leonino passa muito pelos pés e pelo talento deste médio que continua a ser um poço de energia em campo. Fez um passe soberbo para o golo de Montero, aos 66'. Substituído aos 87', exausto, sob enorme e merecida ovação dos adeptos.
De Paulo Oliveira. Irrepreensível no eixo da defesa: conquistou a titularidade. E também já goleador. Hoje estreou-se a marcar pelo Sporting, de cabeça, na sequência de um canto cobrado por Nani.
Da entrada de Miguel Lopes. Voltou a pisar o relvado de Alvalade, muitos meses depois, substituindo Jonathan aos 83'. Um regresso muito festejado. Porque se trata de um jogador que é também sportinguista do coração.
Da nossa primeira parte. A equipa marcou três golos e deu um festival de futebol. O Marítimo andou desaparecido nesses 45 minutos.
Não gostei
Da desconcentração da equipa no início da segunda parte. Sofremos dois golos em quatro minutos e o espectro do empate chegou a pairar em Alvalade até aos 60'. Convém nunca esquecer que os jogos duram hora e meia.
De três falhanços de Montero. O colombiano marcou um belo golo, mas desperdiçou três outros, que lhe foram servidos de bandeja. Não se pode falhar tanto.
Da entrada tardia de Tanaka. Só o vimos em campo a partir do minuto 87. Soube a muito pouco.
Da ausência de Slimani. O argelino, que não foi convocado por lesão, faz muita falta à equipa. Nenhum outro jogador leonino tem o instinto de matador que ele tem.
De Jonathan Silva. Desposicionou-se com frequência - e a equipa tremeu por causa disso. Os dois golos do Marítimo, marcados por Maazou, nascem do seu flanco, que estava desguarnecido.
Fotografia minha, tirada esta noite em Alvalade