Rescaldo do jogo de hoje
Gostei
Da goleada em Penafiel. A segunda do campeonato, em sete jornadas. Quatro golos sem resposta.
Do regresso de Montero aos golos. Aconteceu quase dez meses depois. Marcou o terceiro, à ponta de lança, culminando da melhor maneira um cruzamento de Capel. E ainda fez uma assistência, para o golo de Nani.
De Slimani. Dois golos: o primeiro e o segundo. O primeiro após impecável cruzamento de Jefferson, o segundo correspondendo a uma assistência de Cédric. E tentou ainda mais. Promete ter uma época ainda com melhor rendimento do que a de 2013/14. O homem do jogo.
De Adrien. Hoje não foi titular: Marco Silva entendeu poupá-lo. Mas ao entrar em campo, aos 57', alterou profundamente a equipa. Para muito melhor. Tem mesmo de jogar de início.
De Nani. Voltou a ser um dos pilares da equipa. Sempre combativo, sempre inconformado. E marcou mais um golo - o último, o mais vistoso, com um grande pormenor técnico ao picar a bola frente ao guarda-redes adversário.
De Paulo Oliveira. Jogou pela primeira vez como titular, devido à lesão de Maurício. E cumpriu. Parece talhado para titular. Não lhe falta capacidade técnica, espírito competitivo e capacidade de luta.
De ver quatro golos em 17 minutos. Resultado da enorme dinâmica ofensiva revelada pelo Sporting na segunda parte.
Do minuto 57. Marco Silva deu a volta ao encontro quando parecia embrulhado ao fazer entrar Adrien para o lugar de William Carvalho e Montero para o lugar de André Martins. Era o momento de apostar tudo na vitória, reforçando o eixo central do nosso ataque. O treinador mexeu na equipa mais cedo do que é costume. E resultou.
Do espírito de equipa. Está ainda mais em alta depois das boas exibições frente ao FCP e ao Chelsea. Hoje ficou bem patente, uma vez mais, com o caloroso cumprimento de toda a equipa a Montero por ter quebrado o jejum de golos.
Não gostei
De esperar 69 minutos pelo primeiro golo. Não precisávamos de ter sofrido tanto.
Da primeira parte. Demasiados lances de ataque desperdiçados, demasiados pontapés ao lado, demasiados cruzamentos que não conduziram a lugar nenhum. Foi difícil desbloquear os caminhos para a baliza do Penafiel.
De André Martins. Marco Silva relançou-o como titular, mas a aposta saiu furada. Saiu aos 57', confirmando que precisa de uma longa experiência de banco.
De William Carvalho. Outra exibição apagadíssima. Foi bem substituído: até talvez devesse ter saído mais cedo. Anda também a precisar de uma "cura" no banco de suplentes.
De Sarr. Um corte defeituoso aos 16', em zona perigosa, podia ter gerado péssimas consequências para o Sporting. Parece jogar sobre brasas mesmo em jogos em que o adversário é medíocre, como foi o caso.
Do 'autocarro' penafidelense. O campeonato português está cada vez mais assimétrico: dividido entre equipas que fazem tudo para ganhar e outras que, mesmo jogando em casa, só jogam para não perder. Quem acaba por perder é o futebol.