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És a nossa Fé!

Rescaldo do jogo de hoje

Gostei

 

Da vitória contra o FCP. Há quatro anos que não ganhávamos aos portistas no campeonato: o triunfo anterior remontava a 28 de Fevereiro de 2010. São estatísticas do passado: este Sporting renascido, com Bruno de Carvalho e Leonardo Jardim, teima em superar todas as marcas negativas.

 

Da exibição. Não só vencemos o tricampeão nacional, mas convencemos neste jogo muito emotivo: o Porto ainda deu réplica na primeira parte, mas foi totalmente dominado no segundo tempo. Pela garra leonina. Pela crença na vitória. Pelo domínio técnico. E sobretudo pela superioridade psicológica dos nossos jogadores.

 

De William Carvalho. Novamente o melhor jogador do Sporting em campo. Insuperável na interceptação dos lances adversários, na recepção de bola e na qualidade de passe. Foi dele o lançamento inicial para a ala direita, em profundidade, do qual nasceria o golo da nossa equipa. Mereceu a monumental vénia que lhe foi tributada nas bancadas de Alvalade.

 

De Slimani. Quatro jogos consecutivos a marcar: agarrou a titularidade e ninguém duvida que vai mantê-la. Voltou a ser decisivo ao marcar o golo solitário da vitória leonina - de cabeça, como é costume. Podia ter marcado mais: sempre muito combativo, deu contínuas dores de cabeça aos defesas centrais da equipa adversária. Saiu em campo esgotado, aos 73', sob uma merecida ovação dos adeptos.

 

De Capel. Fez muito bem o treinador em fazê-lo jogar como titular. Capel foi o nosso jogador mais em evidência na primeira parte, em constantes aceleradelas nas alas em que foi jogando alternadamente. Pressionando sempre e ganhando muitos lances em velocidade. Saiu de campo também esgotado. Leonardo Jardim voltará a apostar nele no próximo encontro, a disputar na Madeira. O andaluz merece. Porque é Leão.

 

De Cédric. Também ele se bateu com garra leonina com o mais perigoso jogador do FCP, Ricardo Quaresma. Perdeu alguns lances, na primeira parte, mas nunca se deu por vencido. E acabou por vencer este duelo já na etapa complementar mostrando ao adversário que não lhe falta também qualidade técnica. Combativo do princípio ao fim.

 

De Eric Dier. Em excelente forma. Bateu-se muito bem, neutralizando Jackson Martínez. Conseguiu fazer esquecer Maurício, que hoje não pôde jogar por estar castigado, completando muito bem a actuação de Rojo, que voltou a estar em grande nível. Jogue quem jogar, a defesa do Sporting continua seguríssima.

 

Da classificação. Consolidámos o segundo lugar, agora com mais cinco pontos do que o FCP e a quatro do Benfica, que só joga amanhã. Há um ano, convém lembrar, seguíamos por esta altura 30 pontos atrás do Porto.

 

Do calor humano nas bancadas. Mais de 36 mil espectadores em Alvalade, um ambiente extraordinário de incentivo à nossa equipa. Uma atmosfera digna de um grande clássico, como este prometia ser. E foi.

 

Dos aplausos a Helton. O guarda-redes portista lesionou-se com gravidade e saiu do campo em maca, perante os aplausos de milhares de adeptos leoninos. Um bonito gesto de desportivismo que devia ser mais frequente nos estádios portugueses.

 

 

Não gostei

 

Da primeira meia hora. Aos 30 minutos o FCP já tinha criado duas grandes oportunidades (e atirado uma bola à barra, por Quaresma) perante alguma apatia do Sporting. Com André Martins e Carlos Mané bastante apagados. O intervalo fez-lhes bem. Partiu até de André o bom cruzamento para a cabeça de Slimani do qual resultaria o nosso golo, aos 52'. A repetição das imagens televisivas permite vislumbrar que nesta jogada, muito rápida, o nosso nº 8 parte de posição ligeiramente deslocada. A equipa de arbitragem liderada por Pedro Proença não se apercebeu disso, tal como a esmagadora maioria dos espectadores no estádio.

 

Dos nervos em franja no banco portista. Todos sabemos que o FCP tem mau perder. Hoje voltou a confirmar-se perante a superior capacidade do Sporting, que dominou por completo a segunda parte - que foi decisiva.

 

Dos isqueiros atirados a Quaresma por alguns adeptos. São atitudes reprováveis, que não podem acontecer sem uma palavra inequívoca de protesto.

10 comentários

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    Pedro Correia 18.03.2014

    Só por má fé se pode considerar erro grosseiro a ligeira deslocação de André Martins, que no máximo estará adiantado um metro face ao defesa adversário, ainda por cima numa jogada desenrolada a grande velocidade e que na altura não mereceu a menor contestação dos jogadores portistas.

    Grato pelos parabéns. E, ao contrário do que diz, pode crer que os adeptos não são todos iguais. Se fossem, o Helton não teria recebido aquela estrondosa ovação dos adeptos leoninos no momento em que deixava o relvado, em maca. Foi um bonito momento de futebol. Porque o desporto não se desenrola só dentro das quatro linhas.
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    Anónimo Desconhecido 18.03.2014

    Eu sei, basicamente os erros grosseiros são os que nos prejudicam, os desculpáveis são os que nos beneficiam, tanto que na semana passada o golo do Setúbal é em escandaloso fora de jogo, ao contrário deste que quando muito está um metro....
    O gesto dos adeptos foi bonito, e confirma que no fundo são todos iguais, pois tanto desrespeitam o minuto de silêncio a Mario Coluna, como são solidários com o infortúnio de um jogador. Isso felizmente é mais comum do que o que querem fazer crer.
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    Pedro Correia 18.03.2014

    Lamento, mas nunca me referi a esse lance. Indignei-me, isso sim, por ver anulado um golo de Adrien "limpinho limpinho" e por ver o árbitro marcar um penálti por pretensa falta de Maurício que nem chega a tocar no jogador setubalense Zequinha.
    Já bastaram estes dois para estragar um jogo que foi manchado pela vergonhosa arbitragem, como todos os comentadoes (sem excepção) reconheceram.
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    Anónimo Desconhecido 18.03.2014

    Só reforça a minha opinião, essa dos comentadores e do tribunal do jogo é para se ir usando conforme dá jeito, mas não critico, os adeptos são todos iguais. Em Setúbal aconteceram 4 golos ilegais, mas só dois são grosseiros, os do Setúbal, claro que no primeiro golo do Sporting se vê a bola a entrar nitidamente na baliza do Setúbal e no penalty o Capel é rasteirado claramente quando ia para a baliza :)

    Cumprimentos
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    Pedro Correia 18.03.2014

    Você esquece-se propositadamente do erro mais grosseiro de todos no jogo de Setúbal: o golo mal assinalado a Adrien por fora de jogo que nunca existiu. Tão grosseiro aliás que ninguém, mesmo ninguém, admitiu que o golo foi bem invalidado.

    Lá me obriga a ir ao tira-teimas (se conhece outro melhor é favor que mo indique):
    Coroado: «Adrien não estava em posição irregular.»
    Henriques: «Golo mal anulado.»
    Leirós: «freitas [árbitro assistente] voltou a errar.»

    Quanto aos lances que refere como "erros grosseiros" em benefício do Sporting, e socorrendo-me da mesma fonte, passo a citar:
    1. Golo do Slimani: «Benefício da dúvida para a indicação do assistente, que estava bem colocado» (Pedro Henriques).
    2. Penálti sobre o Capel: «Pedro Queirós, de forma negligente, acaba port tocar e derrubar dentro da área Capel, infracção passível de grande penalidade, que foi correctamente assinalada» (Pedro Henriques).
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    Anónimo Desconhecido 18.03.2014

    Não seja assim, eu já disse noutro comentário que o unico golo legal em Setúbal, quanto a mim, foi precisamente o que foi anulado a Adrien . O resto, o tribunal do Jogo é para ser usado Q.B., ao gosto de cada um, eu sei o que vejo, talvez consiga ser um pouco menos tendencioso do que o Pedro, mas não consigo evitar, felizmente, de analisar as coisas de uma perspectiva de adepto Benfiquista. Reafirmo, os adeptos são todos iguais na essência, uns gostam de arbitragens "limpinhas, limpinhas" outros de "Arbitragens positivas", só muda o sotaque :)
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    Pedro Correia 18.03.2014

    Mas claro que estas perspectivas de adepto, e estas clivagens entre adeptos, são interessantes e estimulantes e constituem em grande parte o sal e a razão de ser do futebol. Se todos puxássemos para o mesmo lado e todos andássemos a marchar na mesma cadência, como lá os da Coreia do Norte onde há eleições com 100% de votos, isto não teria piada nenhuma. As divergências são sintoma de uma sociedade saudável, não de uma sociedade doente.
    Tudo isto, claro, desde que não confundamos clubismo com fanatismo. Daí o meu aplauso, que aqui ficou registado, a esses dois grandes nomes do futebol português que foram Eusébio da Silva Ferreira e Mário Esteves Coluna.
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    Anónimo Desconhecido 18.03.2014

    Tento não misturar as coisas, eleições na Coreia com futebol, uma coisa num lado outro no outro :)
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    Pedro Correia 18.03.2014

    Sim, também eu. Também nós aqui, como é visível. Aliás sempre fui muito crítico da mistura entre política e futebol - e sobretudo daqueles políticos que tentam utilizar o futebol para efeitos eleitorais.
    A alusão à Coreia funcionou como metáfora da unanimidade. Ou melhor: do unanimismo. Prefiro sempre as mais acentuadas divergências à aparente placidez do unanimismo. Tanto na política como no futebol.
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