Rescaldo do jogo de hoje
Gostei
De ver as bancadas cheias de gente no Sporting-Académica. Fomos mais de 36 mil espectadores hoje em Alvalade. E sempre a puxar pela equipa.
De Adrien. É sempre um prazer vê-lo jogar, mesmo quando não faz uma exibição perfeita. Voltou a ser assim hoje em Alvalade, criando desmarcações contínuas e inventando linhas de passe que mais ninguém consegue. Só é pena muitos dos seus lances não terem a melhor sequência.
De Cédric. Grande exibição do nosso lateral direito, incansável no apoio do ataque: os centros mais perigosos partiram dos pés dele. Está em excelente forma física.
Da entrada de Slimani. Substituiu André Martins aos 58' e começou a fazer a diferença logo nesse minuto, com um remate a ameaçar golo, a passe de Montero, salvo in extremis por um defesa da Académica. Foi a melhor oportunidade do Sporting.
De Jefferson. O nosso lateral esquerdo anda há muito tempo com vontade de marcar. E hoje esteve quase, logo no início do jogo, a passe de Carlos Mané: a bola foi à barra. Saiu lesionado, aos 63', após carga duríssima de um jogador coimbrão que nem sequer foi sancionado com cartão amarelo. Todos esperamos que recupere a tempo do clássico a disputar na Luz.
De Eric Dier. Substituiu Jefferson. E esteve em evidência não apenas nas acções defensivas, onde voltou a evidenciar segurança, mas sobretudo na construção de lances ofensivos, com passes bem medidos. Sempre muito concentrado, foi um dos sportinguistas mais inconformados com o empate.
De saber que continuamos com o melhor ataque e a melhor defesa do campeonato. Temos mais três golos marcados do que o SLB e o FCP. E menos dois golos do que o Porto e menos três do que o Benfica.
Do protesto contra as péssimas arbitragens. Durante três minutos, virámos costas ao relvado. Pela verdade desportiva nos estádios portugueses.
Não gostei
Que tivéssemos perdido uma excelente hipótese de ascender à liderança. Ganhámos um ponto ao Porto nesta jornada e mantemos o segundo lugar no campeonato mas podíamos (e devíamos) ter feito mais.
Da primeira parte. Jogada com excesso de calculismo da nossa parte, com pouca velocidade e manifesta falta de ligação eficaz entre as linhas. Não havia motivo para recear tanto a Académica, que ainda só conseguiu marcar três golos fora de casa neste campeonato.
Da oportunidade desperdiçada por Carlos Mané. O jovem extremo mereceu a confiança de Leonardo Jardim, que lhe ofereceu a titularidade neste encontro. Prometeu bastante nos minutos iniciais, mas foi-se apagando durante o encontro. Saiu muitas vezes da posição, desconcentrou-se. Devia ter sido substituído na segunda parte.
Que Montero continue sem marcar. E vão quase dois meses sem fazer o gosto ao pé. O colombiano bem tentou, culminando boas jogadas colectivas aos 28' e aos 52', mas sem conseguir.
Do cartão amarelo a William Carvalho. Não havia a menor necessidade, num lance disputado a meio do terreno já em tempo extra da segunda parte, sem qualquer contacto violento entre os jogadores: houve claro excesso de rigor do árbitro Paulo Baptista. Assim não poderemos contar com William daqui a uma semana, no jogo contra o Benfica. Mas tenho a certeza que Dier dará boa conta do recado.
Do antijogo da Académica. Cantos que demoravam uma eternidade a ser marcados, reposições de bola pela linha lateral em câmara lenta, substituições feitas a passo de caracol: valeu quase tudo para deixar correr os ponteiros do relógio.
Que a tradição se mantivesse. Nos últimos quatro anos só vencemos uma vez a Académica em Alvalade (2-0, em 2010/11).
Foto minha, esta tarde, durante o jogo