Rescaldo do jogo de hoje
Gostei
Da vitória. Num campo em péssimas condições, sob chuva copiosa, a equipa cumpriu o essencial que os adeptos lhe pediam: ultrapassar mais este obstáculo, nada fácil. Basta lembrar que apenas há cinco semanas o Arouca impôs ao Benfica um empate na Luz.
De ver novamente o Sporting no topo da classificação. Pelo menos durante 24 horas, enquanto não se realiza o Benfica-Marítimo.
De Rojo. Marcou o golo inaugural do Sporting - após canto muito bem marcado por Adrien - sem descurar a organização defensiva, onde é uma peça essencial. Só foi pena a desconcentração no lance que lhe valeu o segundo cartão amarelo e consequente expulsão quando a nossa equipa tinha mais um jogador em campo.
De Adrien. Sempre eficaz, sempre influente, sempre lutador. Dotado de grande capacidade técnica e de uma enorme concentração competitiva, foi o principal responsável pelo lançamento dos nossos ataques com um futebol prático e directo: o campo não dava para mais.
De Slimani, que fez a diferença. O argelino veio dar densidade, profundidade e perigo ao ataque leonino mal entrou, aos 53'. E resolveu a partida, marcando o golo decisivo, após excelente cruzamento de Jefferson. É cada vez mais legítimo questionarmo-nos se não merece ser titular.
Da intervenção de Leonardo Jardim. O técnico leonino soube transmitir aos jogadores, durante o intervalo, a mensagem de mudança que se impunha: o Sporting da segunda parte foi muito superior ao da primeira. E acertou também nas substituições, nomeadamente ao fazer entrar Slimani para o lugar de Capel.
Que tivéssemos demonstrado a certas aves agoirentas que não receamos a chuva nem terrenos enlameados. O espectáculo fica prejudicado, certamente. Mas a equipa não quebra.
Que à 16ª jornada tenhamos já onze vitórias. Tantas como as obtidas ao longo de todo o campeonato anterior.
Não gostei
Da primeira parte do Sporting. Os nossos jogadores cometeram demasiados erros e concederam espaço em excesso ao Arouca, que foi sempre uma equipa combativa e esforçada.
Do estado do terreno. Aquilo não parecia um relvado: era mais um lamaçal. Impossível desenvolver ali lances em futebol apoiado, como este Sporting tão bem sabe fazer.
Da chuva de cartões amarelos. Rivalizou com a outra, a que ensopou os jogadores.
Da ausência de Cédric, por castigo. Ficou hoje ainda mais evidente que o defesa direito titular do Sporting é imprescindível na nossa equipa.