Reguardando os chiffres, 4
E lembrar-me de que ainda ninguém sabe o que vai passar-se!... Nem mesmo eu...
Lembrar-me.
Lembrarmo-nos.
Leio o que se foi escrevendo aqui.
Agora dizem (dizemos) todos:
"Já estávamos à espera..."
Estávamos à espera de quê?
De sermos roubados (perdão, furtados) de sermos mais furtados (não deixo de notar a ironia da semelhança fonética e gráfica entre fruto/fruta e furto; voucheirados?) que nunca? De sermos o único clube desde que o futebol começou a ser disputado, oficialmente, que é primeiro num campeonato, que joga em casa e apesar disso sofre três supostos penaltys em casa, é inédito, nem no campeonato da Jamaica há memória de um acontecimento igual.
Aconteceu na república portuguesa no tempo de Marcelo Rebelo de Sousa, presidente da república, Ferro Rodrigues (diz-se sportinguista) presidente da assembleia da república, António Costa, primeiro-ministro, Fernando Medina, presidente da câmara municipal de Lisboa, Fernando Gomes (não é o bi-bota) presidente da federação portuguesa de futebol, Fernando Santos, seleccionador nacional e Pedro Proença, presidente da liga, o árbitro de/em campo foi um tal Pinheiro (não tenho paciência para ir pesquisar os VARios que o deviam ter ajudado [ou que tentaram ajudar e não conseguiram, será que algum dia teremos acesso aos áudios? desesperadamente, diziam-lhe "vai ver" "não foi penalty" "teimosamente o tal Pinheiro nunca foi ver as imagens; como dizia Ivone Silva: "com um vestido preto, nunca me comprometo"]
Nota: as referências político/desportivas são para memória futura, como gostam de aparecer nas vitórias é bom que sejam recordados em episódios que envergonham o futebol português.
"Já em largo oceano navegavam", como dizia o outro (zarolho, como eu).
Eu sei, isto é uma análise da jornada, da jornada quatro.
Parabéns aos forasteiros, muito ajudados, ao Rio Ave e ao Benfica (grande Benfica, vencer fora com dois auto-golos) assim aconteça na "Champions".
Parabéns ao Porto, vencer em casa contra nove; uma táctica a aplicar na Liga Europa, obrigarem os adversários a jogarem só com nove.
Quanto ao resto, o lamento pelo despedimento dos treinadores do Paços de Ferreira, do Torre de Belém Futebol Clube (grande Silas, não merecias sair pela porta pequena) e de Marcel Keizer (escreverei, detalhadamente, sobre este assunto).
Por último (mas não menos importante) um grande abraço para Famalicão.
Primeiros (apesar de tanta batotice) é obra.
[faz lembrar o ciclismo, o Acácio da Silva, camisola amarela na volta à França, entretidos a roubar o Sporting, ninguém se lembrou de roubar o Famalicão]