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És a nossa Fé!

Regresso às vitórias e reforço da liderança

Sporting, 3 - Estoril, 1

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Viktor Gyökeres: mais dois golos com garantia de futebol-espectáculo em Alvalade

Foto: António Cotrim / Lusa

 

Depois de três empates consecutivos no campeonato, uma vitória. Que nos soube a goleada. Em casa, contra o Estoril, uma das equipas-sensação da prova. Há oito rondas que eles não perdiam. Tropeçaram agora, em Alvalade. Mas merecem elogio por terem dado boa réplica, sobretudo na segunda parte.

Nos primeiros 45 minutos, não lhes demos qualquer hipótese. Domínio total, pressão constante com as nossas linhas subidas. Rui Borges, rendido às evidências e confrontado com imparável vaga de lesões, retomou há duas jornadas o 3-4-3 popularizado no Sporting por Ruben Amorim e que tão bons frutos rendeu - dois campeonatos, o de 2021 e o de 2024.

Valeu a pena. Mesmo com uma inédita linha de médios interiores composta por Debast e o jovem Felicíssimo em estreia absoluta como titular. Deram ambos conta do recado, o belga até com brilhantismo: esteve nas assistências aos dois golos do primeiro tempo. Primeiro na marcação de um livre lateral que parecia míssil teleguiado à cabeça de Gonçalo Inácio. O jovem capitão leonino não perdoou: deu o melhor caminho à bola. 

Estavam decorridos apenas cinco minutos.

 

Esta foi a primeira boa notícia da noite de segunda-feira, dia 3. Outra, que também muito cedo se detectou, foi o regresso de Gyökeres à sua melhor forma. O sueco voltou a "fazer piscinas", baralhando os defensores estorilistas, incapazes de acertarem as marcações naqueles rápidos ataques às suas costas.

Num deles nasceu o segundo golo do Sporting, aos 36'. Em lance de futebol-espectáculo, com o craque sueco dando a melhor sequência a um magnífico passe longo desenhado em diagonal pelo pé direito de Debast. Correu com ela dominada, sentou dois centrais e perguntou ao guarda-redes para que lado a queria, enviando-a para o lado oposto.

Celebração no estádio. Mais de 36 mil adeptos aqueciam na fria noite de Inverno. 

Assim chegámos ao intervalo. A vencer 2-0, sem consentir um só remate enquadrado do Estoril, que enfrentava duas sucessivas linhas defensivas nossas, sobretudo no lado direito, onde a parceria Esgaio-Fresneda funcionava como relógio suíço. Dois quase renegados que Rui Borges, em urgente carência de recursos humanos, sabiamente recuperou. 

 

A etapa complementar decorreu em toada menos veloz. Mas o Sporting continuava a controlar o jogo: concedia iniciativa ao adversário mas sem abdicar do contra-ataque, quase sempre em iniciativas protagonizadas por Gyökeres. Aprendemos com erros cometidos em partidas anteriores, sem nunca recuarmos demasiado as linhas.

Funcionou quase na perfeição. Pena um deslize momentâneo aos 84', quando o ex-Leão Gonçalo Costa, progredindo na ala esquerda e já com ângulo muito apertado, conseguiu marcar o tento de honra do Estoril. Em lance de que Rui Silva não está isento de responsabilidade: a bola passou-lhe entre as pernas.

Instalou-se o nervosismo nas bancadas: não faltou quem imaginasse um descalabro mesmo à beira do fim, como sucedera nos embates com o FC Porto no Dragão e o AVS em Vila das Aves. Aconteceu ao contrário: fomos nós a marcar, fechando a conta. Pelo suspeito do costume: Viktor Gyökeres, marcando um penálti que ele mesmo conquistou ao levar o antigo benfiquista João Carvalho a desviar a bola com o braço em zona proibida. 

Foi aos 90'+6 que a bola se anichou pela terceira vez nas redes estorilistas. A noite fria aqueceu ainda mais, a massa adepta celebrou com gosto o reforço da nossa liderança a dez jornadas do fim e Viktor voltou a fazer jus ao nome.

Vitórias é com ele. Para bem de todos nós.

 

Breve análise dos jogadores:

 

Rui Silva (4) - Confirma-se: tem presença na baliza. E joga bem com os pés. Pena ter falhado intervenção na única vez em que foi posto à prova (84').

Esgaio (7) - Exibição muito positiva. Como central adaptado, à direita. Eficiente nos cortes. Grande arrancada aos 30': ofereceu golo a Viktor, que desperdiçou.

Diomande (6) - Regressou ao onze após castigo. Contido nas palavras de protesto e nos gestos. Cumpriu a missão, bem articulado com os colegas. 

Gonçalo Inácio (7) - Capitão da equipa e patrão da defesa. Marcou de cabeça o primeiro golo (5'). Actuação quase sem falhas.

Fresneda (6) - Começou à direita, passou para ala esquerdo aos 58'. "Assistiu" Trincão aos 18'. Batido em duelo defensivo aos 76'.

Debast (8) - Alto nível, adaptado a médio de construção. Marcou livre que deu golo e assistiu com excelência no segundo. Mandou petardo ao ferro (63')

Felicíssimo (6) - Compôs eficaz duo com o belga no meio-campo nesta estreia a titular. Processos simples, notória qualidade técnica. 

Matheus Reis (6) - Subiu ocasionalmente no corredor esquerdo: grande centro aos 15'. Muito concentrado: bons cortes aos 26' e 29'. 

Trincão (5) - Acusa excesso de utilização: é o nosso jogador com mais minutos nesta época. Isolado, falhou golo cantado aos 18'. 

Quenda (4) - Talvez por cansaço, esteve muito apagado, falhando passes e revelando escasso compromisso defensivo. 

Gyökeres (8) - Melhor em campo: marcou dois golos, em bola corrida (36') e de penálti (90'+6). Sempre apontado como seta à baliza adversária.

Geny (4) - Substituiu Matheus Reis aos 58'. Sem influência. Mantém a irritante tendência de passar demasiado tempo no chão.

Harder (5) - Saltou do banco só aos 79' (substituiu Trincão). Com intervenção no lance que daria penálti sobre Gyökeres - e o terceiro golo.

Arreiol (5) - Rendeu Fresneda aos 79'. Ajudou a dar consistência ao nosso meio-campo interior, aproveitando para se mostrar.

José Silva (5). Entrou aos 79', substituindo Quenda na ala direita. Estreia absoluta na equipa A. Mostrou-se combativo.

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