Reforços precisam-se
Com Rúben Amorim, de época para época o modelo de jogo do Sporting sofre alterações, de acordo com a evolução da sua ideia de jogo, a maturidade do plantel dentro desse modelo e as características dos jogadores. O 3-4-3 de Amorim é apenas o ponto de partida para diferentes dinâmicas e posicionamentos ofensivos e defensivos.
Esta época a ideia de jogo parece ser atrair à pressão para atacar rápido, um pouco como no primeiro ano de Amorim. Através do recuo dos médios e dos interiores e um extremo ou falso ala de pé trocado bem projectado no corredor.
Catamo ou Quenda têm as características certas para ficarem esquecidos lá longe e depois aparecerem em velocidade a enfrentar o defesa, inflectir para dentro e rematar com o melhor pé. Para isso têm a cobertura do defesa desse lado (Quaresma ou St. Juste) e de Hjulmand, que cobre o espaço entre esse defesa e o defesa do meio.
Quanto ao atacar rápido isso tem muito a ver com as características dos avançados: Pedro Gonçalves, Gyökeres, Trincão, Edwards, todos mais confortáveis com espaço para correr, todos menos confortáveis a defrontar defesas bem fechadas.
O problema de jogar assim é que a posse de bola é menor, o desgaste maior, mais facilmente se perde o controlo do jogo e a defesa fica mais exposta. Dos cinco médios do plantel, apenas Hjulmand tem características para ir atrás de adversários em corrida e tentar o desarme sem falta metendo o corpo. Já com Essugo é falta e cartão: esse é o grande problema que ele ainda não conseguiu corrigir. Morita chega lá e faz falta. Bragança e Mateus correm atrás e apenas.
Por isso continuo a insistir no reforço da equipa no eixo central. Parece-me que faltam ali kgs e cms para compensar os levezinhos talentosos do plantel. Faltam ali outros Palhinhas, Ugartes ou Matheus Nunes.
Nesse contexto, e apenas considerando o perfil técnico dos jogadores, não percebo porque é que Koindredi, Tanlongo e Sotiris continuam a treinar à parte...
SL