Reflexões sobre o Sporting (23)
Autor convidado: Luís Francisco
Conselho Consultivo Leonino
O Sporting tem cada vez mais de deixar de ser um clube elitista, passando em vez disso a ser um clube representativo, pensado e participado pelo universo dos seus representantes.
É inegável o orgulho que o Sporting sente pela sua universalidade espalhada por Portugal e pelo mundo. Infelizmente muitas vezes fica-se simplesmente por aí, no orgulho e nada mais.
Semana após semana são várias as equipas do Sporting a competir pelo País. Era imperioso que antes dessas competições houvesse um diálogo permanente com o universo do Sporting para que a mobilização acontecesse em pleno. Grande parte deste universo - e que tem claramente opinião - está longe de Alvalade. As verdadeiras claques são aquelas que albergam os grupos organizados de adeptos: estes são em grande parte o motor e alavanca, ao despertarem, ao dinamizarem e ao acompanharem as diversas equipas do Sporting.
Um presidente é um comandante, um líder, um agregador, um ouvinte, um gestor (de recursos, processos, pessoas e de sensibilidades). Acredito que, bem ou mal, cada um dos ex presidentes da história do Sporting deu em cada momento da sua governação o seu melhor pelo clube que ama. O Sporting Clube de Portugal é o clube mais eclético de Portugal, da Europa e do Mundo - desse facto todos nos orgulhamos. As modalidades são importantíssimas no nosso ADN, aliás o ecletismo desportivo é o ADN do Sporting.
Legitimamente e orgulhosamente se levanta a nossa bandeira da formação no futebol. A nossa Academia e o nosso Pólo do EUL são os exponentes máximos dessa formação. Não podemos deixar de ouvir as opiniões nem deixar de recolher as sugestões dos representantes destas estruturas. Os Cinquentenários, Stromp, Fundação Sporting e Leões de Portugal são organizações autónomas e fundamentais no desenvolvimento de diversas acções envolventes na sociedade que nos envolve.
Face ao exposto, considero uma enorme mais valia, a todos os níveis, que o universo sportinguista possa pronunciar-se através de opiniões e sugestões, mesmo sem carácter vinculativo e que este mesmo universo possa ser representado num órgão consultivo do presidente e da sua direcção mas nunca num órgão electivo e sempre com elevado sentido de confidencialidade.
Sugiro que seja esta a sua composição:
- 2 representantes dos Núcleos Nacionais
- 1 representante dos Núcleos Internacionais
- 1 representante das Delegações
- 1 representante das Filiais
- 1 representante das Claques
- 2 representantes das Modalidades
- Director da Academia de Alcochete
- Director do Pólo da EUL
- Ex- Presidentes da Direcção
- 1 representante do Grupo Stromp
- 1 representante dos Cinquentenários
- 1 representante da Fundação Sporting
- 1 representante dos Leões de Portugal
Esta é a minha opinião de fundo. Obviamente que a questão da universalidade poderá ser alterada acrescentando ou diminuindo a sua representatividade. Poderá também ser meramente um grupo ou órgão regimental ou regulamentar, podendo não existir a necessidade de figurar estatutariamente, mas considero que o respeito por todo o universo Leonino ficará salvaguardado neste modelo de auscultação.
LUÍS FRANCISCO
Sócio n.º 164.354-0