Reflexões adicionais sobre o jogo de ontem
Entrámos em campo sem cinco dos habituais titulares (Rui Patrício, William Carvalho, Adrien, João Mário e Slimani) contra uma equipa da Liga dos Campeões.
O que menos importa é o resultado num caso destes.
A exibição foi mediana. Mas superior às dos restantes jogos da pré-temporada, valha ao menos isso.
Antes progredir do que regredir.
Preocupa-me pouco, confesso, a ausência do João Mário. Dou já por adquirido que o nosso médio criativo sairá para um dos maiores clubes europeus. O Sporting precisa de gerar receitas com os jogadores da sua formação. Não andamos a nadar em dinheiro, longe disso. E que melhor ocasião para vender do que esta, logo após a grande exibição dos nossos profissionais no palco do Euro 2016?
Preocupar-me-ia, isso sim, se saíssem os quatro.
Ou cinco, contando com Slimani.
João Mário seria o mais fácil de substituir porque temos soluções no plantel para a posição dele. Para os outros não temos - nem um guarda-redes que chegue aos calcanhares do Rui Patrício nem um avançado posicional com a fome de golo do nosso argelino.
O que me preocupa é a qualidade dos reforços - desde logo a do ausente Spalvis, que vai estar seis meses inactivo por lesão.
Petrovic, que se movimenta num espaço muito restrito e parece incapaz de fazer passes de ruptura, continua a não justificar a contratação.
Barcos, rotulado de "goleador", vai no nono jogo sem marcar.
Bruno Paulista continua a ser um enigma: nem ontem calçou.
Andamos a trazer jogadores sem que se perceba qual foi o critério da contratação. E continuamos sem uma segunda linha que nos permita encarar com confiança o desempenho nas competições europeias.
Alan Ruiz é a excepção à regra, como felizmente esta pré-temporada tem deixado à vista. Haja ao menos uma escolha que parece ter sido acertada.
Mas não chega, como é óbvio.