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És a nossa Fé!

Recordar - Krasimir BALAKOV

 

"Búlgaro, mas não bulgar*"

 

"Ele rodopiava, ele saltava ao eixo entre oponentes que o apertavam, ele mantinha-se de pé, tal qual Maradona, mesmo quando carregado em falta. Ver Balakov jogar era como assistir a uma prova de 110 metros barreiras em que todos os obstáculos iam sendo fatalmente superados até à meta, o golo.

 

Assim foi certa noite de sonho no Bonfim, quando sozinho destruiu o Vitória(?) - deixando atónita a multidão nas bancadas - pegando na bola, com a sua abençoada canhota, ainda no seu meio-campo (iludindo logo aí dois oponentes), resistindo posteriormente a carga dura, não cedendo miraculosamente à já antecipada queda, antes de preparar nova diabrura, com troca de pés driblando dois adversários em simultâneo(!), passando entre eles, para, de seguida, contornar o desamparado guardião da virtude vitoriana, encostando suavemente para golo com o pé direito. Um monumento! Uma bala humana com um destino certo, a baliza. Aliás, "Bala" ficaria para sempre o seu epíteto, nas "cov(as)" ficavam os que ousavam tentar contrariá-lo.

 

De vez em quando amuava e "desaparecia" do jogo, queria o contrato melhorado. Mas, regressava ao seu nível (e que nível, senhores). Por vezes, sebastianicamente, como naquela noite de nevoeiro feito de fumos de claques, quando disparou um míssil de pé direito(!) - sim, embora esquerdino de Ouro, não era manco do outro pé - apontado directamente ao aungulo superior esquerdo da baliza do benfiquista Silvino Louro. Bem, nesse dia, louros só para Balakov -"que grande golo!" -, diria Sousa Cintra, em directo, ainda a procurar o seu lugar na Tribuna, aquando do golo madrugador que estreou uma nova forma de filmar os jogos de futebol em Portugal, com muitas câmaras e repetições de diversos ângulos, da SIC. Já para definir este búlgaro, só havia um ângulo, um encómio: genial."

 

*reacção de um portista ao ver Balakov jogar pela primeira vez...

 

IMG_4089.JPG

 

Balakov foi, provavelmente, o jogador mais genial que vestiu a camisola verde-e-branca do emblema do Leão rampante. Por motivos que a mim (e certamente a muitos de Vós) me escapam nunca foi campeão pelo Sporting, inclusivé quando jogou ao lado de Figo, Paulo Sousa e Cherbakov, num meio-campo que se dava ao luxo de "sentar" Peixe, Capucho, Filipe e Pacheco (outra equipa). Com este meu texto pretendi captar a genialidade deste búlgaro proveniente do ETAR Tarnovo, sendo certo que os genios não se circunscrevem a um rectângulo de papel, umas palavras. Se uma imagem vale mais que mil palavras, a genialidade valerá bem mais do que mil imagens. Os sportinguistas e o futebol muito devem a este ENORME jogador que, durante 5 anos, encantou as bancadas de Alvalade (e não só). Espero que tenham gostado!

 

Nota final: por lapso, na evocação de Uchoa não referi os nomes dos vencedores do Quiz(2) sobre esse jogador. Aqui ficam, com as minhas desculpas: Antonio Ramos (primeiro prémio) e João Santos (menção honrosa), os nossos leitores que acertaram.

2 comentários

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    Pedro Azevedo 05.08.2017

    Na génese de tudo isso esteve uma exibição muito infeliz, diria calamitosa, de Costinha em Salzburgo. Ironia do destino, ainda perdemos Cherbakov...
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