Record: quem te viu e quem te vê
Isto de se andar pelo Twitter tem que se lhe diga. Pelo menos dá matéria prima para umas linhas aqui, num sítio sério e recomendável.
Primeira situação- um jornalista do Record "twittou" o seguinte: "Excelentes arranques de #FCPorto e #Benfica. Vitórias justas, sem espinhas. Dragões arrasadores, águias sólidas. Temos campeonato. Cool!".
Claro que vários sportinguistas vieram a terreiro pelo que esse jornalista teve de justificar-se dizendo que só se referiu aos que jogaram hoje e, enfastiado, comentou com desagrado que "já não há pachorra". É verdade, mas enquanto os sportinguistas sentirem que o jornal, em muitas situações, é discriminatório e persecutório relativamente ao Sporting, usando dois pesos e duas medidas no tratamento jornalístico relativamente a outro(s) clube(s), até por questões comerciais pois embarcou na lenga lenga dos 6 milhões de adeptos e achando que assim vende mais umas centenas de jornais, só podemos estar atentos e críticos. E denunciar os atropelos sempre que a manipulação, tão em voga em certos jornais desportivos, nos atinja. Enquanto nos lembrarmos, entre outras coisas, disto:
Este apagar do símbolo do Sporting Clube de Portugal, intencional, legitima a desconfiança sobre os desígnios do jornal e dos seus responsáveis. Na altura (2011), apenas gerou uma desculpa esfarrapada do então diretor Alexandre Pais. Mas a desigualdade de tratamento desde então não melhorou, pelo contrário. Portanto, que os jornalistas do Record não se surpreendam quando os sportinguistas os criticam. Primeiro, porque não estão livres da crítica, como qualquer outro profissional, e depois porque existem razões fundadas para o fazermos. No caso dou o benefício da dúvida, mas elogiar o arranque de Porto e Benfica, sem falar na vitória do Sporting, a única fora na condição de visitante...
Segunda situação- num twitt do Record lê-se, a propósito do jogo com o Braga e a formação seixalíada: "Fotogalerias - Os jovens da formação lançados por Rui Vitória: Diogo Gonçalves aumenta a lista".
Patético título e enganador. Apenas porque faltou dizer que a jovem promessa do Seixal entrou aos 91 minutos, ou seja, nem deu para tocar na bola. Grande lançamento... ainda se deve estar a ouvir o estrondo da queda do rapaz. Isto é que é formação!