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Festa dos nossos jogadores em triunfo categórico na Dinamarca: goleada leva-nos aos oitavos

Foto: Bo Amstrop / EPA

 

Gostei muito da nossa goleada (0-4) na Dinamarca. Aqueles que já rasgavam as vestes, antecipando uma eliminação antecipada do Sporting nesta pré-eliminatória de acesso aos oitavos da Liga Europa, confirmaram que não nasceram para ser zandingas. Foi um dia chato para os profetas da desgraça: após o empate 1-1 em Alvalade, fomos a Herning golear a briosa equipa local, que também conta com um Paulinho no seu onze-base. Este Paulinho deu-nos muito jeito ao fazer-se expulsar por acumulação de cartões aos 38': passámos a jogar contra dez, o que nos facilitou a vida. Mas dominámos quase o tempo todo uma equipa que, sem o fulgor de uma semana antes em Lisboa, revelou ter uma defesa de papel - o autogolo deles, que fechou a conta aos 85', foi digno dos "apanhados": guarda-redes longe da baliza, defesa Gaternmann a centrar para o guardião que lá não estava, bola a entrar calmamente enquanto os nossos festejavam.

 

Gostei de Pedro Gonçalves - homem do jogo, herói da partida. Aos 50', marcou o segundo - um golaço que merece ser revisto várias vezes. Um minuto antes já ameaçara com um disparo colocadíssimo, forçando o guarda-redes adversário à defesa da noite. O terceiro, aos 77', também é dele, beneficiando de um ressalto na defesa que traiu o guardião. Se fosse preciso, teria ficado demonstrado anteontem, nesta partida que nos colocou nos oitavos da Liga Europa, que o ex-Famalicão deve jogar sempre no trio ofensivo, onde sabe colocar-se muito bem entre linhas com inegável faro de golo. Já leva 16 nesta temporada ainda longe de chegar ao fim - e contabiliza sete assistências. Melhor em campo, melhor do plantel leonino em 2022/2023, estreante de luxo como artilheiro na Liga Europa neste embate em que dois dos golos nasceram de pontapés de canto. Estamos a aproveitar bem os lances de "bola parada".

 

Gostei pouco de algumas exibições. Gonçalo Inácio, reconduzido à ala esquerda dos centrais, alterna a precisão dos passes longos com lapsos momentâneos que o levam a comprometer o equilíbrio defensivo. Edwards, quando os primeiros dribles não resultam, fica meio desligado do jogo, sem compromisso colectivo. Adán, com boas defesas aos 17' e 63', voltou a repor mal uma bola aos 90' por excesso de confiança: o fantasma de Alvalade, no desafio da primeira mão, pareceu pairar ali por momentos. Morita, regressado há dias após demorada ausência por fadiga muscular, ainda não aguenta os 90 minutos: saiu aos 53'. Mesmo assim o japonês teve intervenção decisiva no primeiro golo, ao desviar de cabeça a bola ao primeiro poste enquanto St. Juste o completava no segundo e Coates surgia no meio, de cabeça, aproveitando o ressalto para a meter lá dentro pelo segundo jogo consecutivo. Aconteceu aos 21': virámos aí a eliminatória a nosso favor. Momento decisivo, com o capitão leonino a mostrar como deve actuar um ponta-de-lança. Apesar de ser defesa.

 

Não gostei do amarelo que Ugarte viu aos 73', infantilmente, ao ceder à provocação de um adversário, empurrando-o. Se fosse no campeonato português, em vez do amarelo poderia ter recebido cartão de outra cor. Mesmo assim, por acumulação, isto basta para o deixar fora da próxima partida, no dia 9, contra o dificílimo Arsenal. Atitude imatura e irreflectida do brioso médio defensivo: estes nervos à flor da pele, sempre prontos a estalar à mínima faísca, em nada contribuem para a estabilidade da equipa numa época que tem corrido muito abaixo do que todos pretendíamos. Sem novidade, voltei a não gostar de Paulinho: exibição apagadíssima, sem se libertar das marcações nem intervenção em qualquer dos golos. O melhor que conseguiu foi tocar com a ponta da bota, sem préstimo, num lance em que Nuno Santos o isolou com um passe quase milimétrico aos 67'. Outro jogo em branco, o que deixou de ser notícia.

 

Não gostei nada de Trincão. Continua a mostrar-se como uma espécie de corpo estranho no colectivo leonino. Rúben Amorim teve o bom senso de não o incluir no onze titular, onde Arthur figurou como ala esquerdo (e participação nos dois primeiros golos, num deles com assistência) e Esgaio foi ala direito (corte providencial, corrigindo erro de Coates, aos 32') na primeira parte, dando lugar a Bellerín no segundo tempo por já estar amarelado. O ex-Braga entrou aos 65', rendendo Edwards: teve quase meia hora para um passe de ruptura, uma tentativa de assistência, um remate, um lance que desse nas vistas. Nada. Parece atravessar uma fase de desmoralização total que o vai divorciando dos adeptos. 

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