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És a nossa Fé!

Quente & frio

Gostei muito da reacção calorosa e vibrante da massa adepta leonina no final deste Sporting-Manchester City. Grande ambiente. Comunhão plena com jogadores e equipa técnica mesmo após termos sido goleados em casa frente àquele que é hoje talvez o mais temível adversário que pode ser encontrado num estádio de futebol no continente europeu. Este é o verdadeiro espírito: para onde vai um, vão todos. Nos momentos maus como nos momentos bons. Os adeptos sabem que, apesar dos tropeções e das quedas, os jogadores campeões nacionais comandados por Rúben Amorim mantêm enorme crédito. E continuam a merecer aplausos, já a pensar no desafio seguinte.

 

Gostei de ver o nosso estádio quase com lotação esgotada: 48.129 espectadores - uma das melhores casas de sempre em Alvalade. Nisto, pelo menos, foi uma grande noite europeia. Pena só ter sido nisto.

 

Gostei pouco que tivéssemos chegado aos oitavos-de-final da Liga dos Campeões para tombarmos logo na primeira mão desta eliminatória com um resultado tão negativo como foi o Sporting-Bayern de má memória, em Fevereiro de 2009, quando Paulo Bento comandava a nossa equipa. 

 

Não gostei que Rúben Amorim tivesse mantido inalterado o seu habitual sistema de jogo, planeando o embate com o City como se estivesse a enfrentar o Vizela ou o Tondela na noite de ontem. Nem da justificação que deu após a derrota, em conferência de imprensa: «Eu não quis tirar as rotinas aos jogadores.» Se há desafio que não podia ser encarado como rotineiro, à semelhança de mais um dia no escritório, era precisamente este, contra um dos maiores colossos do futebol europeu e mundial. Também não gostei do onze inicial, com Esgaio claramente deslocado como lateral esquerdo sem ser canhoto, perdendo quase todos os confrontos com Mahrez e cruzando lá na frente de forma defeituosa. Nem que o treinador tivesse feito apenas uma substituição (troca de Pote por Ugarte) antes do minuto 75, quando já perdia 0-5. Nem das exibições desastrosas de alguns jogadores, como Pedro Gonçalves, incapaz de travar João Cancelo ou Bernardo Silva, incapaz de fazer um passe bem medido. Toda a equipa derrapou perante o City - de Adán a Paulinho. O menos mau acabou por ser Porro, que ensaiou alguns lances ofensivos no seu corredor, ainda no primeiro tempo.

 

Não gostei nada que tivéssemos chegado ao intervalo com apenas três faltas cometidas e ao fim do jogo com nove: a estatística parece demonstrar que queríamos facilitar a vida ao adversário. Quando soou o apito final, não tínhamos um só remate enquadrado nem sequer conquistado um pontapé de canto. Na baliza do City, o ex-benfiquista Ederson foi mero espectador, sem nunca ter sido solicitado: neste capítulo, não cumprimos os mínimos. Na defesa, outro descalabro - pior ainda que na goleada em casa contra o Ajax, que se deveu em larga medida a erros individuais de Vinagre na ala esquerda. Desta vez o falhanço foi colectivo. Coates, Gonçalo Inácio e Matheus Reis, que compunham a linha de três centrais, estiveram irreconhecíveis. Adán tremeu em duas ocasiões. E Neto, que entrou aos 82' para render Porro, ia marcando um autogolo, evitado in extremis pelo guarda-redes três minutos depois. Se as "bombas" de Bernardo Silva aos 17' (golo 2) e de Sterling aos 58' (golo 5) eram absolutamente indefensáveis em qualquer estádio, Mahrez dispôs de imenso espaço para a meter lá dentro aos 7' (golo 1) enquanto Reis e Esgaio paravam de braço no ar alegando fora-de-jogo, o mesmo jogador centrou sem que Esgaio, Reis e Coates conseguissem interceptar a bola, empurrada por Foden em zona frontal aos 32' (golo 3) e Bernardo, novamente, viu Sterling chegar à linha de fundo e servi-lo sem que ambos tivessem sido importunados aos 44' (golo 4).

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