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És a nossa Fé!

Quente & frio

Gostei muito da nossa primeira goleada da época. Num dos mais belos estádios da Europa - o do Restelo, infelizmente há muito arredado de grandes confrontos futebolísticos. Casa do Belenenses verdadeiro, não dessa contrafacção que anda aí a tentar usurpar-lhe o nome. Bom relvado, bancadas com mais de 12 mil adeptos dos dois clubes, atmosfera entusiástica, verdadeira festa do futebol. Com um onze composto por seis suplentes, o Sporting impôs hoje a sua superioridade desde o minuto 2, quando Tiago Tomás inaugurou o marcador, e controlou sempre a partida. Resultado: triunfo por quatro golos sem resposta. As nossas redes voltaram a ficar invictas. Os três outros golos foram marcados por TT, bisando aos 68', Jovane (77') e Nuno Santos (80'), os dois últimos na conversão de grandes penalidades.

 

Gostei de algumas exibições. Começando pela de Rúben Vinagre, que regressou ao onze titular após a malograda actuação frente ao Ajax em Alvalade. Esta é uma das melhores notícias da noite: temos o jogador recuperado. Foi, para mim, o melhor Leão em campo. Assistiu TT no golo inicial e serviu-lhe a bola de bandeja aos 79' no lance que originou o segundo penálti a nosso favor - e o quarto golo do Sporting. Excelentes cruzamentos de Vinagre também aos 14', 53' e 62' - infelizmente desperdiçados pelos colegas. Tiago Tomás também merece destaque, naturalmente, pelos dois golos que marcou: concorre cada vez mais com Paulinho para ponta-de-lança titular. Também gostei dos regressos de Pedro Gonçalves (substituído aos 63' por Nuno Santos) e Gonçalo Inácio (que fez de Coates e esteve em campo até aos 83'), ambos recuperados de lesões. Destaque ainda para as boas estreias de Gonçalo Esteves (como ala direito titular: aos 17 anos, promete ser craque), João Virgínia (substituindo Adán na baliza, sem muito trabalho) e João Goulart (central, capitão da nossa equipa B, entrando aos 83' para render Gonçalo Inácio).

 

Gostei pouco de termos chegado ao intervalo a vencer só por 1-0 no Restelo. E do festival de golos desperdiçados (quase todos devido à excelente intervenção do guarda-redes azul Marcelo Valverde, o melhor em campo). Anotei estes: Jovane aos 14', Feddal aos 24', Pedro Gonçalves aos 36', Gonçalo Inácio aos 44', Nuno Santos aos 89', Tiago Tomás aos 43', 86' e 90'+3. Apesar da goleada, frente a uma equipa do quarto escalão do futebol português, continuamos a pecar no capítulo da finalização.

 

Não gostei de continuar a ver um defeito que venho notando neste Sporting 2021/2022: escassa presença na área em momentos decisivos. Excepto em lances de bola parada, muitas vezes mantínhamos apenas Tiago Tomás naquela zona. Não faltaram centros bem medidos que acabaram por não ter desfecho positivo devido à ausência de um elemento que pressionasse  junto ao segundo poste. Demasiada contenção ofensiva, que o resultado de algum modo disfarça por termos beneficiado de dois penáltis - o primeiro, quanto a mim, algo forçado. Se há coisa de que não podemos queixar-nos, em tempos recentes, é de falta de grandes penalidades a nosso favor.

 

Não gostei nada da entrada assassina de um jogador do Belenenses chamado Frias. Aplicou uma tesoura na tibiotársica de Pedro Porro, que entrara minutos antes em campo e saiu de maca, contorcendo-se com dores, ao minuto 75. Provável lesão grave do internacional espanhol que poderá afastá-lo dos relvados durante algumas semanas. Começando já no desafio de terça-feira, frente ao Besiktas, para a Liga dos Campeões. O tal sujeito, espantosamente, nem levou vermelho directo nesse lance - como se impunha. Viu-o pouco depois, ao fazer falta sobre Tiago Tomás, na jogada que nos rendeu o segundo penálti. Mancha vergonhosa numa noite que devia ser apenas de celebração e festa.

3 comentários

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    Pedro Correia 16.10.2021

    Discordo completamente dessa desvalorização do Esgaio, que voltou a sacrificar-se pela equipa jogando fora de posição, adaptando-se a central.
    Há certos adeptos que entram em êxtase com os "criativos", desvalorizando por completo os "operários". E que adoram elogiar os adversários do Sporting.
    É o seu caso.
    Espero que agora já não desvalorize tanto o João Mário, como fez na época passada, sabendo como ele tem estado em destaque no Benfica e na selecção.
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    Anónimo 16.10.2021

    Não me venha com a história dos operários. Não posso classificar um jogador apenas pela sua entrega. Por favor, poupe-me. Acho que é suficientemente sagaz para perceber que o facto de ser operário pode não chegar. Não confunda as coisas. Relativamente ao João Mário, que você trouxe à conversa desnecessariamente, toca num excelente ponto. Desvalorizei o João Mário porque sempre o achei pouco interventivo na fase atacante do Sporting. Raramente se aproximava da área, raramente, ou nunca, rematava. Marcou um golo pelo Sporting, se a memória não me falha. No clube da segunda circular parece que tem sido mais notado. Acho que até marcou dois golos. Provavelmente o problema não era tanto do jogador, mas do sistema de jogo do Amorim, que obedece ao lema "o que é preciso é não sofrer golos. Se marcarmos algum, tanto melhor". Assim como me critica por desvalorizar o João Mário, também deveria dar valor aos comentários sempre elogiosos que apresentei relativamente ao Matheus Nunes. Fui dos que mais fez força para o Matheus Nunes jogar mais. Hoje é o que se vê.
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