Quente & frio
Gostei muito da vitória do Sporting hoje em Alvalade, por 3-1, contra o Olympiacos. Um triunfo que nos coloca desde já na Liga Europa, enquanto mantemos intacta a esperança de lutar pelo acesso aos oitavos-de-final da Liga dos Campeões. Também gostei muito da exibição leonina: tranquila, segura, personalizada, com a equipa muito bem organizada, impondo-se com naturalidade perante a inócua turma grega. Balanço até agora muito positivo da nossa prestação na Champions: sete pontos, duas vitórias, um empate e duas derrotas tangenciais (frente ao Barcelona e à Juventus, colossos do futebol mundial).
Gostei do regresso de três jogadores que estavam lesionados: Piccini, Matthieu e William Carvalho - todos com boas prestações nesta partida. Também gostei do resultado ao intervalo (2-0). E dos golos. O primeiro por Bas Dost, aos 40', após grande trabalho individual de Piccini na ala direita seguido de assistência de Gelson Martins. O segundo, aos 43', por Bruno César, numa jogada de insistência coroada de êxito. O terceiro, novamente por Bas Dost, cabeceando à matador para o fundo das redes após um canto marcado aos 66' por Bruno Fernandes.
Gostei pouco de ver alguma impaciência dos adeptos nas bancadas, evidenciando um nervosismo para mim incompreensível. Não havia a menor necessidade, como a nossa equipa bem demonstrou.
Não gostei da ausência de dois titulares habituais do Sporting: Acuña, por lesão, e Coates, castigado. Mas foram ambos bem substituídos: o internacional argentino por Bruno César, que deu boa conta do recado, destacando-se com a marcação de mais um golo (já tinha marcado à Juventus); o internacional uruguaio por André Pinto, um dos melhores em campo neste desafio, em que aliás foi protagonista do primeiro lance de perigo construído pelo Sporting, logo aos 2', levando a bola a embater no poste.
Não gostei nada de ouvir novo coro de assobios ao Hino da Champions. Uma atitude incompreensível. Será que estes adeptos preferiam ver o Sporting excluído da principal montra do futebol mundial a nível de clubes? Sentir-se-ão incomodados por Alvalade receber jogos desta magnitude?