Quatro*
Quatro é um número curioso. Nos relógios que usam numeração romana até se escreve IIII em vez de IV, tem uma explicação qualquer que não é para aqui chamada, mas ajuda quando a gente quer responder a quem nos pergunta quantas derrotas seguidas tem o João Pereira à frente da equipa principal do Sporting. É que assim serve apenas uma das mãos, basta encolher o polegar, aquele que há um mês servia para "amandar um ganda fixe" quando nos perguntavam como estava o Sporting. Já viram se tivéssemos que responder "à romana", teria que ser com as duas mãos e o "pai de todos" não poderia ser mostrado com veemência aos que por ora nos vão gozando.
Quatro são também os lados de um losango, aquilo que tem sido o arremedo de "fio de jogo", ou falta dele, apresentado pelo aprendiz de treinador que em tão má hora o presidente decidiu promover a principal. Eu de Principal só gostava da Vitória, que como se constata pelo visto nos últimos quatro jogos, se pirou de Dallas, "pardá-las", as vitórias, aos nossos adversários.
Hoje até nem sequer se pode falar de falta de eficácia, aos seis minutos, ou VI se quiserem, já Geny num remate do Catamo a tinha mandado beijar o véu da noiva, mas depois aquilo deixou de carburar, tanto que até contagiou o VAR, pareceu-me. Também me pareceu que com os nossos a jogar sem treinador, ou com o Paulinho no banco vá, aqueles Manneken nem uma pinguinha mijariam fora do penico.
Mas num jogo disputado numa cidade apelidada de Veneza belga, meter água até foi natural, como natural começa a ser o viking não rematar à baliza. Também com o raio da falta de esquadria do malfadado losango, onde queriam que a bola fosse parar?
E por falar em parar, quando é que se pára esta desgraça?
*"Depois de quatro derrotas seguidas o próximo passo é melhorar". Eu diria que estamos à beira do precipício, só nos falta um passo em frente.