Precisamente no dia em que a selecção nacional iniciou a concentração na Rússia, para o campeonato mundial de futebol, ele anuncia aos quatro ventos no Facebook - traindo pela enésima vez uma promessa solenemente feita e repetida aos adeptos leoninos - que vai processar Rui Patrício, titular absoluto do onze português. Por "difamação e calúnia", garante. Já esquecido de tudo quanto andou a escrever e a dizer sobre o capitão do Sporting - até na véspera da final da Taça de Portugal, quatro dias após o ataque dos jagunços a Alcochete. Já esquecido de ter assistido impávido e sereno à miserável agressão ao nosso guarda-redes com tochas incendiárias por parte dos queridos membros da sua claque de estimação, em pleno estádio José Alvalade, segundos após ter começado um decisivo jogo contra o Benfica.
O padrão é o mesmo: declarar guerra aos jogadores. Talvez com inveja por ganharem mais que ele, certamente com ciúmes por serem inifinitamente mais populares que ele. O descontrolo emocional é o mesmo de sempre. Infelizmente, continuamos à mercê de alguém que, não satisfeito por ter lançado fogo ao Sporting, quer também lançar fogo à selecção.
Sexta proposta de alteração de estatutos desde que chegou ao poder. Esta por via totalmente ilegal: nenhum tribunal dará provimento a esta treta. Volta a querer mexer na lei fundamental do Sporting. Esquecido, porventura, que houve uma alteração estatutária há menos de quatro meses. Sonha com o poder absoluto.
Sim. Burrice enorme: ao querer impor esta alteração, está a assumir que a putativa "comissão transitória" é, afinal, não apenas ilegítima mas também ilegal face aos actuais estatutos.
Isto é muito grave. A AG é dia 17, antes da AG de destituição de dia 23. Se isto acontecer, ficamos com uma MAG, conselho fiscal, etc (transitórios ou não) escolhidos não pelos sócios mas pelo presidente e será impossível tirá-lo do poder. Agravando-se ainda tudo com o facto de que qualquer comissão/conselho/mesa temporária pode estar em funções durante pelo menos 6 meses. Ou seja, meio ano com orgãos sóciais não escolhidos pelos sócios.
Nem pensar nesse cenário. O Sporting é uma instituição de reconhecida utilidade pública, com direitos e deveres inerentes a tal distinção. Impossível colocar-se assim à margem da lei.